quarta-feira, 30 de outubro de 2013

MOÇAMBIQUE, TENSÃO SOBE PARA O NORTE DO PAÍS

Detido delegado da Renamo em Nampula
Troca de tiros entre forças governamentais e homens armados, no distrito de Rapale, em Nampula, criou centenas de deslocados. A polícia diz que queria capturar guerrilheiros da Renamo
Nampula viveu, ontem, momentos de pânico! Centenas de pessoas refugiaram-se nas matas e nos principais centros urbanos, na sequência dos intensos tiroteios, provocados pelas Forças de Defesa e Segurança que, alegadamente, pretendiam desactivar um esconderijo dos guerrilheiros da Renamo, na localidade de Napome, posto administrativo de Rapale, a cerca de 50 quilómetros da capital provincial.
Consta que os guerrilheiros da Renamo se haviam instalado nas montanhas desde a passada quarta-feira, depois de abandonarem a residência do seu líder, Afonso Dhlakama, sita na rua das flores, na cidade de Nampula.
O tiroteio iniciou por volta das 08h00, altura em que os camponeses trabalhavam nos seus campos agrícolas, o que fez com que muita gente daquela localidade e das comunidades circunvizinhas não tivesse tempo de regressar às suas casas.
Conforme apurámos, através de denúncias populares, as Forças de Defesa e Segurança ter-se-ão apercebido da movimentação dos homens armados nas matas desde a semana passada. Não há informações oficiais a cerca desta operação e nem se teria havido baixas em ambas as partes, mas alguns cidadãos ouvidos pela nossa reportagem, na localidade de Napome, dizem ter visto grupos de indivíduos armados a fugirem em debandada em direcção ao vizinho distrito de Murrupula, por sinal onde estava instalada uma das principais bases da Renamo.
AMBIENTE DE PÂNICO
A nossa equipa de reportagem, que ontem que se fez ao local para se inteirar da situação, foi confrontada com cenários tristes. Pessoas carregadas de alguns bens de primeira necessidade iam cruzando os caminhos ao longo de todo o dia de ontem e num ambiente de total desespero. Algumas comunidades, que se localizam em zonas montanhosas, ficaram praticamente abandonadas.
Durante cerca de uma hora em que a nossa equipa de reportagem esteve numa das paragens da capital provincial, foi possível notar a entrada de mais de dez camionetas totalmente lotadas de pessoas visivelmente desesperadas. 

Como nos referimos anteriormente, não foi possível obter qualquer informação junto das Forças Armadas de Defesa de Moçambique. As autoridades policiais, na pessoa do seu porta-voz, Miguel Bartolomeu, limitaram-se a afirmar que as Forças de Defesa de Segurança estão, neste momento, à procura de informações exactas que facilitem a localização dos homens armados da Renamo, que se encontram dispersos desde semana passada.

PORTUGAL QUER ACEDER MERCADO DA CEDEAO ATRAVÉS DE CABO VERDE

Praia - O Governo português aposta em Cabo Verde para ser a porta de acesso de empresários daquele país europeu ao mercado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), anunciou na cidade da Praia o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal.

Luís Campos Ferreira, que se encontra de visita a Cabo Verde, disse à imprensa quarta-feira que a integração do arquipélago na união aduaneira e futuramente na zona monetária da CEDEAO, do qual é um dos 15 Estados-membros, poderá ajudar Portugal a ultrapassar a crise económica que o afecta neste momento.
O governante português precisou que as empresas portuguesas precisam de se internacionalizar de forma a aumentar a capacidade de exportação do país, criando laços com novos povos, mercados e culturas de forma que a economia portuguesa possa recuperar.
Neste sentido, Luís Campos Ferreira considera que "o mercado cabo-verdiano poderá ser a janela de abertura para os portugueses terem acesso a mercados dos países da CEDEAO que são mais volumosos e com maior capacidade de compra".
Revelou que Portugal acompanha com atenção a evolução do processo da integração de Cabo Verde no espaço da CEDEAO, "já que faz parte daquilo que é a soberania do Governo e das instituições democráticas cabo-verdianas".

Luís Campos Ferreira disse que Portugal deposita muita esperança numa maior participação de Cabo Verde nos espaço comunitário oeste-africano, uma vez que o arquipélago poderá servir de plataforma para que os produtos portugueses possam penetrar com maior facilidade num mercado de cerca de 300 milhões de pessoas.

GUINÉ-BISSAU TERÁ "ELEIÇÕES GUCCI"


A Guiné-Bissau vai ter umas "eleições Gucci", ironizou hoje o representante especial da ONU José Ramos-Horta, ao revelar que os parceiros internacionais aceitaram um orçamento inflacionado para desbloquear o processo.
Representante da ONU diz que Guiné-Bissau terá
"É um orçamento de quase 20 milhões de dólares (14,5 milhões de euros), quando se podia fazê-lo por 10-12 milhões (7-9 milhões de euros)", admitiu hoje, durante uma mesa-redonda no Instituto Real de Relações Internacionais, conhecido por Chatham House, em Londres.
O valor, disse o antigo presidente de Timor-Leste e prémio Nobel da Paz, foi acordado para pôr fim a uma discussão sobre "orçamentos altamente inflacionados" que se prolongava desde junho.
Porém, no mês passado, Ramos-Horta sentou-se à mesa com representantes de vários parceiros, nomeadamente a França e a União Europeia e propôs: "Vamos render-nos, senão não saímos daqui".
O representante especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau usou o nome de uma marca de roupa e acessórios de luxo para ironizar sobre a questão.
"Com 20 milhões de dólares têm de ser umas eleições Gucci. Terão de comprar t-shirts da Gucci, mas genuínas e não chinesas, e relógios Gucci para todos. É por isso que custará 20 milhões de dólares", gracejou.
A maioria do dinheiro está mobilizada, sendo Nigéria e Timor-Leste os dois principais, cada um com seis milhões de dólares (4,3 milhões de euros), mas referiu que algumas das promessas de apoio ainda terão de ser materializadas.
Se forem reunidos todos os fundos prometido pelos países, salientou, algum do dinheiro em excesso será aplicado em situações de emergência nas áreas da saúde e educação.
José Ramos-Horta apontou fevereiro ou março de 2014 "o mais tardar" para a realização de eleições, em vez de 24 de novembro, como chegou a estar definido no acordo que instituiu um primeiro-ministro e o Presidente interinos após o golpe de Estado militar de abril de 2012.
Além do impasse sobre o orçamento, lamentou a demora na escolha do sistema de voto, que o Presidente Serifo Nhamadjo pretendia inicialmente que tivesse tecnologia biométrica.
"Aparentemente, ele esteve em consultas que demoraram até agosto e só então nos foi dito que não seria o biométrico, mas aquele que a ONU aconselhou, um sistema manual avançado que é suficientemente bom, seguro e transparente", sublinhou.
Ramos-Horta deu conta dos esforços junto dos políticos para acordarem na formação de um Governo inclusivo, com representantes dos principais partidos.
Porém, esta solução só poderá resultar se forem eleitos "dois indivíduos extraordinários - um Presidente que deve ser conciliatório e reconciliados e construtor de pontes e é preciso um primeiro-ministro que seja um gestor excecional de Governo e de pessoas".
O representante da ONU está também já a pensar no período pós-eleições e na necessidade de a comunidade internacional, incluindo instituições como a União Africana e o Banco Mundial, pensarem num programa de três a cinco anos "para reconstruir o Estado".
O antigo dirigente timorense defendeu que deve ser definida uma estratégia para modernizar, nomeadamente, o Ministério das Finanças, o banco central, o setor das pescas, as alfândegas, a agricultura, ou a extração de minério.

"Se a comunidade internacional não tiver visão e determinação, seis meses ou um ano depois das eleições o país pode estar na bancarrota", advertiu.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

ELEIÇÕES NA GUINÉ-BISSAU

Guiné-Bissau, Presidente de Transição anuncia na 5ª feira nova data para eleições



De regresso da reunião de Dakar, o Presidente de Transição Serifo Nhamadjo iniciou contactos para a marcação de uma nova data das eleições.


Hoje Serifo Nhamadjo reuniu-se com o Primeiro-Ministro de Transição, Rui de Barros, Ministro da Administração Territorial Baptista Té e Presidente da Comissão Nacional de Eleições(CNE), Augusto Mendes.

No encontro foram analisadas questões ligadas ao processo eleitoral.

Rui de Barros, chefe do Governo de Transição disse que o executivo está a fazer os trabalhos administrativos: os kits que devem ser preparados para o recenseamento.

O governante avançou que esses trabalhos administrativos vão continuar até que ser reunido todo o apoio da Comunidade Internacional às eleições.

Para Rui de Barros Timor-Leste é um grande parceiro do Governo de Transição tendo afirmado que "Timor já anunciou apoios ao processo eleitoral e que até ao momento o governo só tem apoios da CEDEAO".

Por seu turno, o Presidente da Comissão Nacional de Eleições, Augusto Mendes disse que a CNE está preparada para realizar eleições mas ressalvou que "antes é preciso que se anuncie a data do início do recenseamento eleitoral".

Amanhã, Serifo Nhamadjo vai reunir o Conselho de Estado, seu Órgão Consultivo, na quarta-feira preside à reunião do Conselho de Ministros e na quinta-feira reúne-se com os partidos políticos ao fim da qual anunciará uma nova data para as eleições.

Já na semana passada, o Representante Especial do Secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos Horta afirmara, no programa Fórum da RTP-África, que é impossível a realização de eleições a 24 de Novembro inicialmente marcada.

José Ramos Horta indicou como motivos o atraso no início do recenseamento eleitoral...atraso devido, por sua vez, ao atraso na definição do tipo do recenseamento que se pretende para essas eleições.

Ainda na semana passada, o Representante da União Africana, Ovídeo Pequeno, promoveu um encontro com todos os partidos políticos com e sem assento parlamentar para falarem das eleições gerais.

Os partidos pediram a marcação das eleições para o primeiro trimestre de 2014.

Os partidos guineenses pediram ainda à União Africana o levantamento de sanções impostas a Guiné-Bissau desde 12 de Abril de 2012, altura em que se deu o golpe de Estado que derrubou o Governo eleito na Guiné-Bissau.
Radio Vaticano

JORGE REBELO DIZ EM ENTREVISTA AO SAVANA QUE ESTÁ DECEPCIONADO COM A FRELIMO ACTUAL

Visto por muitos como uma das últimas reservas morais do movimento de libertação, Jorge Rebelo diz em entrevista ao SAVANA que está decepcionado com a Frelimo actual, mas reconhece que neste momento não vê alternativas. Eterno admirador de Samora, Rebelo, um dos fundadores da Frelimo, onde foi o temido secretário do trabalho ideológico, afirma que se o proclamador da independência de Moçambique voltasse não ficaria contente com a situação que se vive no país. Lamenta o facto de actualmente o país estar infestado de lambebotas, porque, segundo ele, as pessoas são escolhidas na base da sua capacidade de lamber as botas do chefe. Numa conversa amena, onde a ideia era falar do legado de Samora (amanhã, sábado, passam 27 anos após a sua morte), Rebelo aceitou abordar o tema de sucessão na Frelimo e defende que não há necessidade de reuniões dos órgãos do partido (Comité Central e reunião nacional de Quadros) “porque hoje já há um pensamento comum”. O tema sobre as críticas dirigidas directamente a alguns colaboradores de Samora nalguma imprensa em que os apelida de “revolucionários da desgraça” foi incontornável. Amanhã, (sábado 19 de Outubro), passam 27 anos após a morte de Samora Machel. O sr. Jorge Rebelo conviveu muitos anos com o presidente Samora. Que recordações guarda do homem que proclamou a independência de Moçambique?

MOÇAMBIQUE, SEQUESTRADORES ASSASSINAM CRIANÇA



Um menor de 13 anos de idade, de origem asiática, foi assassinado sábado, por sequestradores na cidade da Beira. Em causa está o facto de a família ter revelado à polícia todas as pistas acordadas com os malfeitores para o pagamento do resgate do menor.
A criança foi raptada na passada terça-feira, supostamente, quando regressava da escola. Os pais desesperados procuraram-na em todos os cantos da cidade, incluindo hospitais e esquadras da polícia, mas só no dia seguinte, isto é, quarta-feira, é que receberam chamadas dos raptores a confirmarem o sequestro e a exigir, para o resgate, um milhão de dólares, equivalentes a cerca de 30 milhões de meticais.
Não dispondo do valor, os familiares do menor negociaram com os “bandidos”, tendo os mesmos baixado de 30 milhões de meticais para 10 milhões, mas a família disse que também não dispunha desse valor. Depois, os malfeitores reduziram o valor para 5 milhões e, finalmente, fixam-no em um milhão de meticais, segundo dados revelados pela mãe do finado.
Mas, mesmo assim, a família teve dificuldades em arranjar esse dinheiro e hipotecou todos os seus bens, incluindo a casa onde vive, os txopelas que têm e o restaurante, para conseguir um milhão de meticais exigido pelos sequestradores.
E, para pressionar a família, os malfeitores enviaram um vídeo da criança a pedir a mãe para pagar o valor do resgate, porque ele estava a passar mal no cativeiro, não conseguia comer e nem beber nada. “Mãe, ajuda-me, por favor! pague o que eles querem, estou a passar mal aqui”, diz o menino no vídeo a que tivemos acesso.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

CARTA A PROCURADORA GERAL DA REPÚBLICA PORTUGUESA - ADRIANO PARREIRA

À Digníssima Procuradora Geral da República
Procuradoria Geral da República
Rua da Escola Politécnica
Lisboa
Adriano Alfredo Teixeira Parreira, filho de Adriano da Costa Parreira e de Flávia Rosa Teixeira Parreira, nascido a 16 de Abril de 1952, em Angola, de nacionalidades portuguesa e angolana, portador do BI português n.o 04961156, emitido em Lisboa, morador da Rua Professor Queirós Veloso, 232, 1600-658, Lisboa, telefone 217579276, telemóvel 968913287, e-mail adriano232parreira@hotmail.com,
vem muito respeitosamente solicitar a V. Excelência se digne mandar averiguar a veracidade da notícia que anexo, “PORTUGAL APANHA AVIÃO DE GENERAL ANGOLANO A CARREGAR PROSTITUTAS”, fonte: Clube-K.net, de 25 de outubro de 2013, o que, a ser verdade, denuncia uma situação intolerável, ou seja, das Autoridades portuguesas pactuarem com o crime, assim como a subordinação da Justiça e da Lei aos interesses políticos de circunstância, em claro contraste com o recente caso, semelhante e igualmente referido Código Penal de Portugal, da actuação da Polícia e do Ministério Público brasileiros, que emitiram mandatos de captura contra os cidadãos angolanos General, político, empresário e alto dirigente do MPLA, BENTO DOS SANTOS “KANGAMBA” e o empresário e membro do MPLA FERNANDO VASCO INÁCIO REPUBLICANO, acusados de “formação de quadrilha, favorecimento de prostituição, tráfico internacional de pessoas para fim de exploração sexual, cárcere provado, e formação de quadrilha, tráfico internacional de pessaos para fins de exploração sexual, favorecimento de prostituição, rufianismo, cárcere privado, ambos considerados chefes da quadrilha.”
A ser verdade, é inadmissível que crime tão abjecto tenha sido e continue a ser “abafado” com total impunidade dos que o cometeram e inteira cumplicidade das Autoridades portuguesas, o que, no mínimo, é pactuar e ser co-autor de um crime da parte de quem nunca o poderá fazer, as Autoridades de Portugal. Muito solicito a V. Excelência se digne mandar instaurar um inquérito criminal para apurar a quem pertencia o título de proprieadade da aeronave e sua identificação, assim como, quando, em que circunstâncias, porque razão e quem é, segundo a publicação, o responsável por ter “abafa[do] o caso para evitar um escândalo político”, uma vez que, alegadamente, o abominável crime, de carácter transnacional e transcontinental, foi tolerado em Portugal, onde, a confirmar-se a notícia, se consumou.
Pede deferimento!
Lisboa, 26 de Outubro de 2013. 
Adriano Parreira
Fonte:Aqui

Portugal apanha avião de general angolano a carregar prostitutas

Lisboa – Em finais de Setembro de 2012, um grupo de cinco  generais angolanos, teve problemas em Portugal quando se deslocaram aquele país, para depor,  na 4.ª Secção do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, no Campus de Justiça.
Fonte: Club-k.net

De acordo com  informações em posse do Club-K, os mesmos tinham no avião particular de um deles (nome propositadamente omitido) várias prostitutas brasileiras. As autoridades portuguesas, entretanto, abafaram o caso para evitar um escândalo político.
Esta semana, do lado do oceano atlântico, a Policia Federal Brasileira anunciou investigações de figuras envolvidas em casos de tráficos de prostitutas ao qual é citado uma alta  militar e ex- parlamentar angolano como envolvido nestes episódios. Os nomes dos angolanos vão aparecer, nos próximos dias, na lista de procurados pela Interpol.
Fonte:Aqui

ELITE ANGOLANA NA MIRA DA INTERPOL

Depois das acusações ao general Beto kangamba, agora é a vez do Fernando Republicano, a Justiça Brasileira emite “mandado de prisão” contra Fernando Republicano.

Brasil  - A Justiça Federal brasileira emitiu igualmente um mandato de prisão preventiva ao responsável máximo da produtora de espectáculos LS-Republicano de Angola, Fernando Vasco Inácio Republicano. O mesmo é acusado de formação de quadrilha, tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual, favorecimento da prostituição, rufianismo.
        Responde por tráfico internacional de pessoa e cárcere privado
Fonte: F. de São Paulo
Fernando Republicano – que é apontado como a sexta pessoa que mandava na quadrilha, juntamente com cinco cidadãos brasileiros e o BK – será detido pela Polícia Federal, caso desembarque no Brasil, foi também incluído na lista (vermelha) das pessoas mais procuradas pela INTERPOL (Organização Internacional de Polícia Criminal), cuja Angola é membro desde 05 de Outubro de 1982.

Importa salientar que o Ministério Público Federal em São Paulo denunciou e a Justiça Federal abriu processo contra cinco brasileiros e dois angolanos por tráfico internacional de pessoas, rufianismo, favorecimento de prostituição e associação criminosa.
Os mesmos foram alvos da “Operação Garina”, da Polícia Federal, que desarticulou a quadrilha que traficava mulheres brasileiras para Angola, Portugal e África do Sul para prostituí-las.
Foram denunciados os brasileiros Wellington Edward Santos de Souza, também conhecido como Latyno, Luciana Teixeira de Melo, Rosemary Aparecida Merlin, Eron Francisco Vianna e Jackson Souza de Lima, além dos angolanos Fernando Vasco Inácio Republicano e Bento dos Santos Kangamba, que é general das FAA.
A denúncia foi feita pela Procuradora brasileira Stella Fátima Scampini em 19 de Setembro e recebida no último dia 21 pela juíza da 8.ª Vara Federal Criminal de São Paulo, Maria Isabel do Prado, que também acatou os pedidos do Ministério Público Federal de decretação de prisão preventiva de todos os acusados, expedição de mandados de busca e apreensão em 11 endereços relacionados aos réus, nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Cotia e Guarulhos, além de sequestro de bens.
A Polícia Federal aponta o secretário para área de mobilização e organização periférica e rural do MPLA em Luanda   de chefiar o esquema internacional de tráfico de mulheres do Brasil para África do Sul, Portugal, Angola e Áustria.

Na Operação Garina, deflagrada nessa quinta-feira, 24, a PF pediu e a Justiça concedeu a prisão contra general, caso ele desembarque no Brasil, e incluiu seu nome e o de um comparsa na lista de procurados da Interpol.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã de quinta-feira, 24, pela Polícia Federal, enquanto os acusados estrangeiros, que encontram-se em Angola, tiveram seus nomes inseridos na difusão vermelha – lista de procurados da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).
Durante as investigações que deram base à denúncia oferecida à Justiça, na qual o Ministério Público Federal relata como operava a quadrilha, foi apurado que a organização criminosa internacional contava com dois núcleos, um no Brasil, liderado por Wellington Edward Santos de Souza, e outro em Angola, liderado por Bento dos Santos Kangamba.
Segundo a denúncia, Kangamba “mostrou-se o principal financiador de todo o esquema criminoso responsável, em média, pela promoção, intermediação e facilitação da remessa mensal de cerca de 7 mulheres brasileiras ao exterior para prostituição, movimentando por mês o valor aproximado de 500 mil dólares norte-americanos. A Procuradoria da República estima que, ao longo dos 7 anos em que a organização agiu, foram movimentados aproximadamente 45 milhões de dólares.
Segundo a denúncia, foi constatada a utilização dos nomes do grupo musical Desejos e das empresas Showtour e LS Republicano, a primeira sediada no Brasil e a segunda em Angola, “para facilitar a obtenção de vistos para as mulheres enviadas ao exterior, bem como para ludibriar as autoridades brasileiras e estrangeiras em relação às práticas criminosas relacionadas ao tráfico internacional de pessoas”.
O Ministério Público Federal em São Paulo divulgou a lista de acusados e os crimes a eles atribuídos.

1) Wellington Edward Santos de Souza, denunciado por quadrilha, favorecimento da prostituição, tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual e cárcere privado.

2) Rosemary Aparecida Merlin, quadrilha, favorecimento da prostituição, rufianismo, tráfico Internacional de pessoa para fim de exploração sexual, cárcere privado, estelionato, perigo para a vida ou saúde de terceiros.

3) Eron Francisco Vianna. quadrilha, favorecimento da prostituição, rufianismo, tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual, cárcere privado.

4) Luciana Teixeira de Melo, quadrilha, favorecimento da prostituição, manter, por conta própria, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, rufianismo, tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual.

5) Jackson Souza de Lima, quadrilha, favorecimento da prostituição, rufianismo.
6Fernando Vasco Inácio Republicano, quadrilha, tráfico internacional de pessoa para fim de expg para os evloração sexual, favorecimento da prostituição, rufianismo, cárcere privado.
7) Bento dos Santos Kangamba, quadrilha, favorecimento da prostituição, tráfico Internacional de pessoa para fim de exploração sexual, cárcere privado.
*Andreza Matais e Fausto Macedo
Fonte:Aqui

DEPUTADOS DA RENAMO ACUSAM PR MOÇAMBICANO DE PRETENDER USAR DHLAKAMA COMO “TROFÉU”


A bancada parlamentar da Renamo acusou hoje o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, de alegadamente pretender assassinar o líder do principal partido da oposição moçambicana, Afonso Dhlakama, para o usar como "troféu político-militar".

Há uma semana, as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FADM) anunciaram um ataque e ocupação do local onde Afonso Dhlakama viveu durante um ano, e, segundo a imprensa moçambicana, houve pilhagens de bens do líder da oposição.

Desde que foi desalojado do acampamento em que vivia em Sandjudjira, na província de Sofala, centro de Moçambique, pela ofensiva do exército moçambicano, Afonso Dhlakama é dado pela imprensa local como "fugitivo", mas desconhece-se se pesa sobre ele um mandado judicial.

Numa declaração hoje à imprensa, a chefe da bancada parlamentar da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Angelina Enoque, disse que o ataque do exército moçambicano à Sandjudjira, local onde o líder da oposição viveu no último ano, "visava o seu aniquilamento físico, atitude que se consubstancia na prática dos crimes de homicídio frustrado, invasão ao domicílio, fogo posto e roubo".

"O comandante em chefe das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e o seu Governo pensam que, ao tentar matar o presidente Afonso Dhlakama, é o fim da Renamo", disse Angelina Enoque, que repudiou "veementemente esta forma antidemocrática de ser e estar".

Na mensagem aos jornalistas, que não tiveram o direito a perguntas, Angelina Enoque lançou um repto para um "diálogo sério, sincero e responsável para se alcançar a paz" em Moçambique e questionou "a legitimidade das FADM de atacar, ocupar e saquear a residência de um cidadão moçambicano".

"Os moçambicanos questionam o senhor Armando Guebuza, chefe de Estado e Comandante em chefe, quem autorizou o uso das FADM para consumar aquele ataque macabro, uma vez que não houve prévia consulta à Assembleia da República, ao Conselho de Defesa e Segurança, bem como ao Conselho de Estado", disse a parlamentar.

Para Angelina Enoque, o ataque "é a prova irrefutável de que as Forças Armadas de Defesa de Moçambique estão partidarizadas. Por isso, a Frelimo e o seu Governo retiraram forçadamente do exército e à margem do Acordo Geral de Paz os moçambicanos provenientes da Renamo".

"Nós, deputados da bancada parlamentar da Renamo e todo o povo moçambicano, estamos chocados e denunciamos tais atos macabros", que, lembrou a responsável parlamentar, vitimou o deputado da Renamo, Armindo Milaco.

"A bancada parlamentar da Renamo na Assembleia da República apoia incondicionalmente Afonso Dhlakama e reafirma que continua coesa e leal ao seu líder e partido", concluiu Angelina Enoque.

Moçambique atravessa a sua pior tensão política e militar desde a assinatura do Acordo Geral de Paz em 1992.

LUSA 

domingo, 27 de outubro de 2013

EXÉRCITO MOÇAMBICANO "TEM IDENTIFICADO LOCAL ONDE ESTÁ" DHLAKAMA -- FONTE MILITAR

*** Luís Andrade de Sá (texto) e António Silva (fotos), da agência Lusa ***
27 de Outubro de 2013, 13:23




Gorongosa, Moçambique, 27 out (Lusa) - As forças do exército moçambicano que na segunda-feira tomaram a base da Renamo em Sadjundjira, expulsando dali o líder do partido da oposição, Afonso Dhlakama, sabem onde este se encontra, disse à Lusa uma fonte militar sob anonimato.
"Está lá em cima" disse, apontando para a serra da Gorongosa, que domina a base de Sadjundira.
Exército moçambicano "tem identificado local onde está" Dhlakama (RM)
"Está na margem do rio Vunduzi, entre duas montanhas", acrescentou, referindo uma primeira serra, visível da base, que tem atras de si uma outra elevação, da qual está separada por aquele rio, que nasce na Gorongosa.
A mesma fonte, que acrescentou pormenores sobre o alegado estado de saúde do líder da Renamo, recusou afirmar se decorrem operações para a sua captura.
"Se fosse para o apanhar, já tínhamos saído", disse, por sua vez, um soldado ali estacionado.
Durante a presença da Lusa, hoje, de manhã, naquela antiga base da Renamo, foram ouvidos, por duas vezes, disparos de armas automáticas.
Durante a noite, a Vila da Gorongosa a 30 quilómetros da base foi acordada por disparos de armas, disseram vários populares à Lusa, numa incidente confirmado pelo padre católico, Adérito.
António Castigo, jornalista da rádio comunitária da Gorongosa, assegurou que os tiros foram provocados "por um soldado embriagado".
Uma outra fonte militar disse que, na noite de sábado, "foram vistos 300 homens carregando sacos de arroz, vindos da Casa Banana (antigo quartel general da Renamo, durante a guerra civil) e a caminho da montanha" onde estará Dhlakama.
"Pensamos que tenham criado aquele incidente ontem para poderem passar melhor pela montanha", disse, referindo-se a um ataque no sábado a uma viatura em Muxúngué, 250 quilómetros a sul, que causou um morto, mas que hoje foi repudiado pela Renamo.
A presença de jornalistas na base de Sadjundjira é permitida pelas autoridades, mas os militares estão proibidos de prestarem declarações.
A caminho da base, numa picada de 30 quilómetros desde e a estrada nacional, veem-se cenas de uma vida "a dois tempos" - mulheres lavam, tranquilas, roupa nos riachos; outras, com filhos, galinhas e roupas, fogem da região, com medo do que está para vir.
"Não podemos ficar aqui, não estamos tranquilos com todos estes homens por aqui", disse Lúcia, rodeada de filhos, galinhas e cabritos, de partida para a Vila da Gorongosa, na caixa aberta de uma camioneta.
LAS // SO
Lusa//Fim

DEMOCRACIA EM ANGOLA

JORNAL DE ANGOLA

26 de Outubro, 2013

Os angolanos vivem numa democracia aberta onde são respeitados os direitos humanos e amplas liberdades. Os últimos 11 anos permitiram um desenvolvimento social e económico sem paralelo no mundo. Quando terminou o esforço de guerra e foi possível concentrar recursos no desenvolvimento, os angolanos perderam a conta às vitórias alcançadas, diariamente, sobretudo no que diz respeito às condições que sustentam a liberdade.

A democracia só existe onde há direitos, liberdades e garantias. Mas todos os direitos e todas as liberdades. Angola partiu do nada e percorreu um caminho notável. A esperança de vida aumentou mais na década de paz do que em todos os anos após a Independência Nacional. A mortalidade infantil está em queda acentuada há dez anos. Estes sucessos só foram possíveis porque vivemos numa democracia real. 

Pelo contrário, a democracia está em causa em países da Europa onde a mortalidade infantil tinha caído para números baixíssimos e nos últimos três anos aumentou perigosamente. Onde há crianças com fome, a democracia é um simulacro ridículo. 

A destruição sistemática das indústrias e do comércio, da rede de estradas, dos portos e aeroportos, de tudo o que eram equipamentos públicos, provocou em Angola a depressão económica e níveis elevadíssimos de desemprego. Todas as guerras geram estes problemas. Mas graças à democracia e à paz, a economia angolana hoje cria milhares de postos de trabalho por dia. O desemprego na Europa, sobretudo nos países da Zona Euro, mede-se aos milhões. Só Portugal tem mais de um milhão de desempregados, muitos sem qualquer protecção social porque perderam o direito ao subsídio. Esta realidade mostra o enfraquecimento da democracia ou mesmo a sua suspensão. Na Europa não há guerra, não foram destruídos os circuitos de produção e de distribuição, não houve o êxodo em massa de milhões de pessoas. O desemprego alastra porque estão a ser confiscados direitos, liberdades e garantias. A democracia está em perigo.

Em Angola os criminosos são perseguidos e levados a Tribunal. Em Portugal a violação do segredo de justiça, por parte de magistrados e outros agentes processuais, é estimulado e aplaudido. Desde que sirva para vender papel de jornal e reforçar audiências no audiovisual, está tudo bem. Mas é ainda melhor se com base nesse crime, as vítimas forem julgadas na praça pública, sem direito a qualquer defesa. Num país onde agentes do Poder Judicial cometem crimes e ficam impunes, a democracia está em perigo. Nem se pode falar propriamente em democracia. Porque o Estado de Direito é indissolúvel da democracia.

Em Angola a reforma é aos 60 anos. Mas se um trabalhador quiser continuar no activo, deixa de pagar Imposto sobre o Rendimento do Trabalho. A democracia é isto. Proporcionar aos que estão no fim da vida activa uma vida digna, é um imperativo democrático. Angola está a criar todas as condições para dignificar os idosos. Em alguns países da Europa o caminho é inverso. Os reformados estão a ver as suas pensões confiscadas. A idade para a reforma aumenta todos os anos. Os Governos mais radicais lançam impostos apenas sobre os que estão na reforma e perderam poder de reivindicação e de protesto. Em Angola o partido que ganhou as eleições teve 72 por cento dos votos. Mas não é um “partido dominante”. Na Europa nenhuma organização política, mesmo que em coligação, consegue semelhante feito. Mas é preciso analisar porquê. A democracia na Europa perdeu força porque os políticos perderam credibilidade e mentem aos eleitores. Em Angola está cada vez mais pujante porque os eleitores acreditam nos políticos. Em Portugal há dois partidos que têm nomes diferentes mas são o mesmo produto: PSD e PS. Os dois juntos têm mais ou menos a mesma votação do MPLA, que ganhou as últimas eleições.

Em Angola a abstenção é baixa. Os angolanos vão em massa às eleições. Na Europa a abstenção é superior a 50 por cento. Mais os votos brancos e nulos, dá números superiores a 60 por cento. A democracia está em falência. Pelo contrário, as baixas abstenções, os votos brancos e nulos em número residual e a concentração de votos no partido que dá garantias aos eleitores, são sinónimo de força democrática.

A democracia angolana é forte. As liberdades em Angola são amplas, sobretudo no que diz respeito às condições concretas que as suportam: emprego, habitação, educação, saúde e medicamentos gratuitos. Em Angola ninguém anda a espiar os telemóveis dos líderes mundiais, violando grosseiramente direitos fundamentais. Angola não arma guerras para confiscar fundos soberanos depositados nos seus bancos ou roubar o petróleo. Nunca as Forças Armadas Angolanas invadiram países soberanos ou derrubaram Governos legítimos. Algumas grandes potências estão permanentemente a violar o Direito Internacional e a agredir estados soberanos. Angola nunca mandou ninguém morrer em Lampedusa. A nossa democracia é forte, real e profunda.

sábado, 26 de outubro de 2013

PROPOSTA: IMPEACHMENT …

A ideia não é nova e já se pratica nos países da Europa e da América do Norte e do Sul. 
É o processo de cessação abrupta de mandato de presidente da república ou do executivo pelos poderes legislativos (assembleias estaduais ou municipais). 

Estas medidas não estão escritas nas constituições, praticamente, de nenhum país de África ao sul do sahara. Mas, mesmo que estejam previstas na Lei, são contornadas pelo despotismo. 

Os golpes de Estados em Africa são aplicação “costumeira” do Impeachment. Porque tem-se notado nos nossos países que os votos eleitorais funcionam como “cheque em branco” para matar. 

Exemplos não faltam de crime comum, abuso de poder, desrespeito às normas constitucionais, ou simplesmente “perda de confiança política”, por parte dos chefes, sem que se possa obriga-los a renunciar os cargos.

Pergunto: guardiões da Lei, que juraram cumprir e mandar cumprir, para depois traí-la? É obra! Proponho, por isso, para a aproxima revisão constitucional, a figura de Impeachment, dando possibilidade ao povo (cidadãos) de denunciar os “traidores da pátria” com a finalidade de impugnar os seus mandatos. 

Moção de Censura, por exemplo, é tendencialmente inviabilizada pelas “maiorias absolutas” nos regimes parlamentares. Portanto, será preciso sábia regulamentação da Lei sobre a violação da constituição, de modo a acautelar às destituições políticas por via da força das armas.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

ADEUS LUSOFONIA – JORNAL DE ANGOLA

Jornal de Angola, editorial - 21 de Outubro, 2013
 
O termo lusofonia nunca foi do agrado dos angolanos porque faz lembrar a “francofonia”, um instrumento fundamental para perpetuar os interesses de França nas suas antigas colónias. Mas não havendo melhor, foi aceite como plataforma de suporte à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, um bloco muito importante que permitiu congregar afectos, boas vontades e políticas capazes de cimentar os laços entre todos os que falam a língua de Agostinho Neto, José Craveirínha, Eugénio Tavares, Alda do Espírito Santo ou Camões.
 
A CPLP foi fundada há 17 anos, altura em que Angola estava em guerra, mas foi fruto da vontade dos Governos dos povos que falam a Língua Portuguesa. Os avanços têm sido muitos e Angola está na primeira linha dos esforços para consolidar a organização.

O secretário executivo da CPLP, Murade Murargy, está em Luanda e a primeira coisa que disse no aeroporto foi que conta com Angola “como suporte fundamental” na consolidação da organização. Brasil, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor-Leste compreendem esta realidade e agem em conformidade. Só Portugal diverge perigosamente. E não venham desculpar-se com a situação de protectorado, porque já antes a sua cúpula tinha um comportamento que em muitos casos se assemelhava a relações pouco ou nada amistosas.

A crise social e económica em Portugal retirou a políticos e comentadores algum discernimento e perspicácia. O Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, anunciou que a parceria estratégica com Portugal, que estava a ser construída laboriosamente pelos dois Estados, não pode avançar nas actuais condições. Porque a cúpula portuguesas está a ser desleal em relação aos entendimentos que tem com Angola.

A postura actual do Estado português representa uma verdadeira agressão a Angola. A agressão mediática de Portugal vem de alto a baixo, de representantes de órgãos de soberania, de políticos, deputados, magistrados, partidos políticos portugueses. É evidente que damos um desconto quando alguns se comportam como crianças tratando de assuntos sérios e dizem que a democracia deles é melhor do que a nossa. Ou que os portugueses respeitam a separação de poderes e os angolanos não. Afirmar que os angolanos querem acabar com a liberdade de imprensa em Portugal, é mais do que criancice. Entra no domínio da enfabulação infantil.

Em Angola, o Ministério Público informou que está a investigar vários casos de corrupção e lavagem de dinheiro que envolvem cidadãos portugueses. Nunca os Procuradores responsáveis por esses processos deram aos jornalistas angolanos informações que lhes permitissem fazer manchetes, assassinando na praça pública cidadãos que gozam da presunção de inocência e só podem ser julgados nos Tribunais. Não somos melhores que ninguém. Mas também não somos os piores do mundo, como dizem dirariamnete elites portuguesas ignorantes e corruptas.

Na democracia portuguesa, o antigo Primeiro-Ministro José Sócrates viu o seu nome referido na comunicação social como corrupto, a propósito do licenciamento da Freeport em Alcochete. O Ministério Público, durante sete anos, andou a julgá-lo na praça pública, com manchetes e notícias falsas. Depois o processo foi arquivado sem que alguma vez tivesse sido acusado nem constituído arguido. O mesmo Ministério Público quer fazer o mesmo a cidadãos angolanos e todos os titulares dos órgãos de soberania de Portugal consentem isso. Usando os impérios mediáticos que sobreviveram aos diamantes de sangue de Jonas Savimbi, os Procuradores vão julgando honrados cidadãos angolanos na praça pública e os comentadores dizem que querem vingança com um “Angolagate à Portuguesa”. A democracia deles não respeita o direito à inviolabilidade pessoal. E assim, de nada serve a separação de poderes. O “Angolagate” em França foi um autêntico fiasco, como se viu.

Esta situação configura uma agressão intolerável. A cúpula em Portugal, Presidência da República, Assembleia da República, Governo, Tribunais, tem pesadas responsabilidades no actual clima de agressão a Angola, que recrudesceu nas últimas semanas e atingiu níveis inaceitáveis.

Enquanto persistir a onda de deslealdade e agressão que vem de Lisboa não são aconselháveis cimeiras. E é um rotundo erro desvalorizar a posição tomada pelo nosso Chefe de Estado. Com isso, estão a enganar as pessoas. Dizem cinicamente que já está tudo bem, enquanto ao mesmo tempo o Ministério Público faz mais manchetes nos jornais e são violados os entendimentos feitos com Angola. Portugal já não está nas grandes obras públicas no nosso país. Não está no petróleo. Não está na transferência de tecnologias. Aí estão a China e o Brasil. Portugal parece estar apenas reduzido à chantagem e à falta de respeito. Está tudo mal e a CPLP é altamente prejudicada com isso. Assim, estão a dizer adeus à lusofonia.

BETO KANGAMBA, GENERAL ANGOLANO, CASADO COM SOBRINHA DO PRESIDENTE DE ANGOLA, NA LISTA DOS PROCURADOS PELA INTERPOL POR TRÁFICO DE MULHERES E PROSTITUIÇÃO

Brasil - A Polícia Federal (PF) acusa um parente do presidente de Angola de chefiar esquema internacional de tráfico de mulheres do Brasil para África do Sul, Portugal, Angola e Áustria. O Estado apurou que, na Operação Garina deflagrada ontem, a PF pediu e a Justiça concedeu a prisão do general Bento dos Santos Kangamba, caso ele desembarque no Brasil, e incluiu seu nome e o de um comparsa na lista de procurados da Interpol.
Fonte: Yahoo Brasil
Chamado de “tio Bento” ou “tio Chico” pelos integrantes da quadrilha, o general é casado com uma sobrinha do presidente de Angola, José Eduardo Santos, no cargo desde 1979. O general é dirigente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), mesmo partido do presidente, e tem influência no governo por meio de sua mulher, uma filha de Avelino dos Santos, irmão do presidente.
Presidente do grupo Kabuscorp, um complexo industrial com sede em Angola, o general também é influente no mundo dos negócios. Kangamba é o maior patrocinador do Vitória Sport Clube, da primeira divisão de Portugal, e tem, ainda, um time de futebol no país africano. Duas atividades usadas na lavagem de dinheiro do crime organizado.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o braço do esquema do general no Brasil é Wellington Eduardo Santos de Sousa, que a PF identificou nos relatórios de inteligência como Latino, um ex-pagodeiro da banda Desejos.
 Em um ano de investigação, a PF descobriu que a quadrilha aliciava mulheres em casas noturnas paulistanas no bairro de Indianópolis, zona sul de São Paulo, mediante promessa de pagamento de US$ 10 mil para se prostituírem pelo período de uma semana para clientes de elevado poder econômico. Modelos de capas de revistas masculinas e que participavam de programas de TV receberam até US$ 100 mil para se relacionar sexualmente com o general.
 Há fortes indícios de que parte das vítimas foi privada temporariamente de sua liberdade no exterior e obrigada a manter relações sexuais sem preservativos com clientes estrangeiros. Para essas vítimas, os criminosos ofereciam um falso coquetel de drogas antiaids. Foram cumpridos ontem 16 mandados judiciais: 5 de prisão e 11 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, São Bernardo, Cotia e Guarulhos. A PF apreendeu 11 carros de luxo, 23 passaportes, 9 cópias de passaportes, 14 pedidos de visto para Angola, moeda estrangeira e drogas.
Luxo
Segundo a PF, a organização movimentou US$ 45 milhões com o tráfico internacional de mulheres desde 2007. O enriquecimento da família do presidente de Angola tem sido noticiado em todo o mundo. A filha do presidente, Isabel dos Santos, foi apontada pela revista americana Forbes como a mulher mais rica e poderosa da África. A revista noticiou que a fortuna tem origem em corrupção: ela fica com uma parte de empresas que querem estabelecer-se em Angola e recebe comissão em troca da assinatura do pai numa lei ou decreto.

Em julho, a imprensa de Portugal noticiou que Kangamba comprou uma casa de 12 milhões nos arredores de Madri, no mesmo condomínio em que mora o jogador Cristiano Ronaldo. O nome da operação, Garina, significa menina na gíria de Angola. A Embaixada de Angola no Brasil foi procurada, mas não respondeu à ligação. (Colaborou Bernardo Caram). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
LI:Aqui

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

HOLLANDE E MERKEL VÃO DEBATER ESPIONAGEM DOS EUA


O Presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, vão analisar hoje o caso das escutas norte-americanas, à margem da cimeira europeia de Bruxelas, disse fonte diplomática francesa.
Hollande e Merkel vão debater espionagem dos EUA


"Este encontro bilateral, pedido por Merkel, não foi organizado por causa desse assunto, mas eles vão, evidentemente, falar sobre ele para coordenar uma reação", indicou.
Berlim convocou hoje de manhã o embaixador dos Estados Unidos para pedir explicações sobre o caso.
O Governo alemão anunciou, na quarta-feira à noite, que o telemóvel da chanceler "poderá ter sido vigiado pelos serviços secretos norte-americanos".

Merkel pediu de imediato explicações ao Presidente Barack Obama, que lhe garantiu que os Estados Unidos não vigiavam as comunicações da chanceler.

Em França, de acordo com o diário Le Monde, que citou documentos do ex-consultor da agência de segurança nacional dos Estados Unidos (NSA) Edward Snowden, foram efetuados 70,3 milhões de registos de dados telefónicos de franceses, entre 10 de dezembro de 2012 e 08 de janeiro passado.

O diretor dos serviços de informações norte-americanos, James Clapper, disse duvidar destes artigos.
Fonte:Aqui

GEORGE CHICOTY DIZ QUE EM PORTUGAL NÃO HÁ RESPEITO PELAS AUTORIDADES DE LUANDA

Ministro angolano diz que relação com Portugal deixou de ser prioritária

O ministro das Relações Exteriores de Angola diz que em Portugal não há respeito pelas autoridades de Luanda e que há poucas condições para uma parceria estratégica entre os dois países. Na primeira declaração do governo angolano depois do discurso de José Eduardo dos Santos, Georges Chicoty diz mesmo que a relação com Portugal deixou de ser prioritária e que existem alternativas.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

“UNITA LANÇA LENHA PARA A FOGUEIRA…”

O Jornal de Angola, a principal voz do regime, virou, desta vez o canhão contra o líder da Unita, Isaías Samakuva. 
O dirigente do segundo maior partido da oposição defendia, há dias, que, os processos judiciais a decorrer em Portugal, que envolvem “atos privados, não soberanos” de dirigentes angolanos, não fossem arquivados. O referido jornal critica a UNITA por ter manifestado apoio à investigação da Procuradoria-Geral da Republica portuguesa. Diz o jornal:  "ao furtar-se a condenar as violações do segredo de justiça em Portugal que atentam contra direitos de honrados cidadãos angolanos, demonstra uma absoluta falta de maturidade política e coloca a UNITA, mais uma vez, no lado errado da história." 
Diz mesmo que "Samakuva conseguiu ir mais longe do que a linguagem de agressão vinda Portugal. Quando toda a cúpula em Portugal já percebeu que está metida num beco sem saída na relação com Angola, por violar direitos de angolanos e por desrespeitar entendimentos de Estado, Samakuva vem lançar mais lenha para a fogueira, à maneira da Jamba.”
É de reparar que o termo “honrados cidadãos angolanos” utilizado pelo Jornal de Angola tem o mesmo significado com o de  “dirigentes angolanos”, também, utilizado por Samakuva. O que indica que todos sabemos que as figuras que estão a ser investigadas pertencem à “roda dentada” e não podem, de maneira alguma, confundir-se com a postura de empresários ou investidores privados nacionais fortes e eficientes que o país precisa para impulsionar a criação de mais riqueza e emprego, como disse, o Presidente José Eduardo dos Santos no seu discurso de Estado da Nação. 
Portanto, tudo indica que estamos todos sintonizados na mesma frequência, incluindo o Jornal de Angola. Falamos todos do mesmo: “os ricos angolanos”. Figuras que, segundo o académico e político, Nelson Pestana Bonavena, nunca chegaram a ser “empresários”, como o Presidente queria pintar no citado discurso. 
Descreveu melhor o académico à Voz de América, dizendo: “tal dita acumulação primitiva de que ele já tinha falado no passado de se estar a efectuar a mais de uma década e meia e ate hoje nós não vemos os resultados desta acumulação primitiva”.

EMPRESÁRIO RUSSO PROCESSA GENERAL KOPELIPA

Lisboa - O empresário Arkady Gaydamak instaurou um processo em que o general Kopelipa é visado pela acusação de intimidação. O primeiro terá sido levado a aceitar o pagamento inscrito num acordo legal com vista a fechar um processo com um negociante de diamantes russo.
Fonte: Negócios
O empresário e multimilionário, Arkady Gaydamak, instaurou um processo num tribunal superior do Reino Unido em que acusa o general Manuel Hélder Vieira Dia, conhecido por general Kopelina, de intimidação, revela o “The Guardian”.

O processo interposto pelo empresário nascido na Rússia e que se encontra radicado em Israel inclui uma acusação ao general Kopelipa, chefe da Casa Militar do presidente da República, José Eduardo dos Santos, que também está a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República portuguesa. A intenção do general seria o de evitar embaraços para o governo angolano, no processo contra Leviev explica a publicação.

A acusação dirigida a Kopelipa é feita de forma a explicar a assinatura de um acordo legal com o negociante de diamantes russo, Lev Leviev, em 2011, no valor de 500 milhões de dólares (365 milhões de euros).

Gaydamak diz que foi intimidado pelo general Kopelipa a aceitar o acordo, com o responsável angolano implicar que estava por detrás da oferta feita por Lev Leviev. Além disso, ter-lhe-á proposta imunidade diplomática numa altura em que França pedia a sua extradição para o acusar de fraude fiscal, alega o empresário. 

“A posição do general Kopelipa em Angola era tal que estava dentro dos seus poderes impedir que este abandonasse Angola e prendê-lo sem motivo ou julgamento”, dizem os documentos do tribunal citados pelo “The Guardian”. “Em Angola, a sua palavra tinha força de lei”, acrescentam.

O julgamento tem sido marcado por diversas particularidades. Uma delas é o facto de o queixoso só poder depor por teleconferência já que a sua entrada no Reino Unido teria como consequência a extradição para França. Outros elementos de prova são descritos como “bizarros”.

No início do mês de Outubro, o chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, foi convidado para uma visita oficial à Grã-Bretanha. A iniciativa partiu do primeiro-ministro britânico, David Cameron, tendo o convite formal sido entregue em Luanda por Lord John Marland, enviado especial do chefe de Governo britânico.

Tribunal decidiu contra Gaydamak no primeiro julgamento
O tribunal britânico onde decorreu o primeiro julgamento em que Arkady Gaydamak reclamava o direito a parte dos lucros de uma parceria para o negócio de diamantes decidiu contra o queixoso. O juiz Geoffrey Vos citou a existência de um acordo de Agosto de 2011, e afirmou que Gaydamak não foi "fiável" e que o seu depoimento foi "palavroso" e "desestruturado".

Por outro lado, também foram dirigidas criticas ao réu Lev Leviev a quem foi apontada "arrogância" e a tentativa de "reescrever a história, deixando alguns personagens cruciais de fora", segundo o juiz.
Fonte:Aqui