terça-feira, 31 de março de 2015

BISSAU: SOCIEDADE CIVIL ESFOMEADA

Djumblumani na baliza di bás! Segundo se noticiou, hoje, a Sociedade Civil Guineense  - congregando mais de 100 organizações sindicais - sem contenção e respeito pelos prazos propostos para as iniciativas e programas, já delira. Atirou pelo ar um comunicado, visando os doadores da Guiné-Bissau em Bruxelas, em que diz: "O Movimento espera que, desta vez, haja um andamento mais rápido possível na concretização das promessas assumidas por parte da comunidade internacional na conferência de doadores de financiamento dos projectos, num total de 1,8 mil milhões de dólares". Ai, eles não sabem que os fundos prometidos estão aquém desse montante? 
 
Até já fazem política partidária e tudo. É que o comunicado foi ainda mais insolente ao sugerir a existência de clivagem interna no país. Que país do mundo é isento de discordâncias políticas internas? Só nos Estados déspotas ou no paraíso! Diz, então, o comunicado da embrulhada Sociedade Civil: "exorta os titulares dos órgãos de soberania a terem maior cooperação, colaboração institucional e diálogo de forma a garantirem a estabilidade político-constitucional condição essencial para que o país possa merecer a confiança da comunidade internacional e desta forma desbloquear os fundos anunciados".  Que tolice! Merecer a confiança da comunidade internacional só depois de se terem apresentado de forma esfarrapada em Bruxelas? Será que a dita "comunidade internacional" desconhece o de democracia e dos seus limites? Devem pensar que a "comunidade internacional" não sabe que esta legislatura pertence ao PAIGC e não a Nhu Morgado. Era só o que faltava!
 
Kin ke bô na panta?
 
Uenhar-kantambe!

NHÚ MORGADO – NAS ANTÍPODAS DO PODER PRESIDENCIAL

A mesa redonda não foi suficiente para amenizar a relação tensa entre a Presidência da República e Primatura.
Depois de Bruxelas ficou claro que o mal-estar continua.
 
De um lado o Presidente da República veio garantir o cumprimento dos compromissos assumidos em Bruxelas, isto é, dívida, muita dívida. Enquanto se exprimia em Lisboa junto da comunidade, num encontro em que proferiu um discurso eloquente, com um grande impacto, motivando os Guineense a regressarem a sua pátria, o presidente foi esclarecedor e galvanizador como normalmente acontece quando um presidente fala aos seus concidadãos.
Do outro o primeiro-ministro que insiste em prolongar o seu estado de angustia, desdobrando-se em comunicados, entrevistas (há mais uma prevista para esta noite), com a finalidade de ofuscar a figura do Presidente da Republica em todo lado, mas as coisas vão de mal a pior, depois do fracassado encontro com “os pombos em Lisboa” (os mesmos 10 ou 11 de sempre – bô burgunho dja, guintis ta tchoma bôs klakeros ou bariduris di padja), até a um mini festival no bairro da ajuda, muito longe do pretendido, Nhú Morgado já sofreu tentativa de agressão, apupos e arremesso de objetos nesse bairro no passado mês de Fevereiro. O chefe do governo continua a alimentar a sua dor de cotovelo com mais um entrevista a RTP-Africa, não se arisca a mais uma fraca adesão popular a sua presença em público.
 
Este duelo sobejamente conhecido de todos os guineenses tem sido alimentado pelo narcisismo de um primeiro-ministro que não “encaixa” a ideia de que há na Guiné-Bissau uma figura pública que se sobre põe a ele, precisamente a figura de JOMAV, alguém mais considerado pelo que já fez, não pelo que promete e que nunca faz.
 
Todos os órgãos de comunicação alinhados, assim como a entourage envolvente, estão expressamente mobilizados com a ordem clara de elevar a figura do Nhú Morgado até a divindade.
 
De Bruxela, nada de novo, deixamos mais elementos para reflexão:
 
·         objetivo de 1,8 Bilhões foi falhado, conseguiram apenas se em 1,1 (graças a deus pabia té nô tutur-netos na bata padidoba ku mon di timba);
 
·         Nesta operação Nhú Morgado endividou o país mais do que todos os outros governos juntos desde de 1973;
·         Só em 2017 começam a chegar as primeiras transferências de verbas SE A GUINÉ-BISSAU CUMPRIR, Nhú Morgado não fará caso mas JOMAV já alertou que será intransigente;
 
·         O caderno de encargos (kil ke Guiné tem di fassi pa recibi é dinheiro) é pesadíssimo, o provável é falhar o cumprimento e por isso não receber;
 
·         Função pública COM 2 MESES DE ORDENADOS EM ATRASO, na ressaca da mesa redonda, as pessoas vão acordar sem dinheiro no bolso, O POVO VAI CONTNAURÁ A BATER PALMAS DE BOLSO VAZIO? A conversa de que precisam de tempo já não convence;
·         Onde está o balanço dos 100 dias?
 
·         Alguém se lembra da remodelação prometida? As únicas que foram feitas, foi porque o presidente da república interveio ficando o país a ganhar com elas.
 
·         Nhú Morgado terá coragem de voltar para o seu partido, ou vai continuar colado ao PRS?
 
·         Clientelismo vai continuar?
 
Bô Djudano pensa, kê ku Nhú Morgado na bin kel é bias?
Congresso mundial di kumpós, kanssarés, kankurans, kassissas, fengatus, kús, pé-di-cabras, futcerus, póterus, mutrucis ku labrons?
 
Kila dja son ke falta.
 
REKADOS KE NÔ TEM PA KÔNTA:
O presidente JOVAM VAI CONVOCAR E PRESIDIR O CONSELHO DE MINISTROS SEMPRE QUE QUISER E ENTENDER, PORQUE A CONSTITUIÇÃO LHE DÁ ESSA PERROGATIVA.
 
Força PRESI JOMAV, não deixes o governo afeteré (tchuna baby) assaltar a Guiné-Bissau, o conselho de ministros até parece clube de fans do blog PN. Tarpaceros.

NHÚ MATCHÚ MORGADO NÃO RESISTE AO CIFRÕES E DESCARADAMENTE ENTRA NO NEGÓCIO DA MADEIRA!

Negócio que já fez correr muita tinta na Guiné Bissau, ganha novo protagonista na grande área como ponta de lança imbativel  o nosso grande  Matchú Morgadu.
Ao aperceber- se dos Bilhões gerados no negócio da madeira Nhú Morgado não perde tempo e ataca de forma ferrôz e implacavél os muitos milhões de dolares que representam a estratégia por ele delineada e lançada para ganhar terreno e iluminar a concorrência neste negócio de bilhões.
Sem perder tempo resolve confiscar toda a madeira cortada e entrega- la, sem concurso público a um amigo de peito para exporta- la e assim repartirem os chorrôsos lucros que este negócio proporciona.
Não crendo perder esta oporunidade de ganhar bilhões, o nosso avançado centro Nhú Morgado desfere um remate a MATATEU arrasando a tudo e a todos pelo caminho, tornado- se assim ele, atravéz do seu amigo de peito no unico exportadôr de cerca de 5 mil contentôres de madeira preciosa (PAU CONTA), facturando 50 MIL MILHÕES de Francos cfas.
A ambição desmedida e talvêz influenciado pelos Bilhões da mesa redonda  Nhú Morgado não faz mais negóciozinhos de aluguer de camiões de 70 Milhões Mensais, isso deixa para o filhote brincar aos negócios.
Nhu Morgado, um conselho, não se atreva a confiscar esta madeira porque será o seu fim, isto porque esta madeira é 90 por cento da população guineense que face a miseravél vida que leva, encontrou esta segunda alternativa, depois da campanha de caju, de arranjar dinheiro para educar e preservar a saúde dos seus entes queridos, por isso armou- se de Norte ao Sul do País com moto serras.
Quem o avisa, seu amigo é NHU MORGADU, ao pretender confiscar 90 por cento da madeira do povo, provocará concerteza um levantamento popular jamais visto na Guiné Bissau e isso será o seu triste fim.
JOMAV deixará de ignorar a tudo e aí veremos na realidade quem é o BIG BOSS- JOMAV.
Apesar de me ter mandando prender de uma forma ilegal e abusiva, eu Doka internacional sou pela estabilidade do meu país e pela defesa do meu povo.
Cuidado, não se aventure qualquer maneira, poruque isto é mau e perigoso.
Recorde- se que foi o povo que o elegeu.

AGRICULTURA: GUINÉ-BISSAU BENEFICIA DE 19 MILHÕES DE DÓLARES DO FIDA

Bissau, 31 Mar 15 (ANG) - O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) vai disponibilizar 19 milhões de dólares americanos para financiar projectos agrícolas na Guiné-Bissau.
Para efeito, uma delegação do governo guineense, chefiada pelo ministro de Economia e Finanças Geraldo Martins, deslocou-se segunda-feira a Dakar para rubricar um contrato com o FIDA.
Segundo um comunicado da assessoria de imprensa do gabinete do Primeiro-ministro, o referido financiamento vai, essencialmente, suportar projectos agrícolas de cultivo de arroz, pecuária e iniciativas socioprofissionais nesse domínio, nas regiões de Quinará, Tombali e Bolama Bijagós, por um período de  6 anos , a partir de Junho deste ano.
A delegação guineense integra o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural e técnicos dos dois ministérios.  
 
AFONTE: NG/JD/SG

Angola. CONTRA OS DITADORES MARCHAR, MARCHAR

A Drª. Milocas Pereira(jornalista guineense e professora universitária em Angola), Eng. Mamadú Bobo Baldé e mais guineenses, foram engolidos pelo feiticeiro JES.
 
Mário Motta, Lisboa
A luta de libertação de Angola do colonialismo português produziu heróis que nunca será demais recordar e enaltecer. A maioria heróis anónimos que saídos do ventre do povo deram corpos, almas e vidas para que o país obtivesse a libertação. Jamais podemos não mencionar esses heróis que se destacaram contra o salazarismo fascista e colonialista.
 
Alguns desses opositores ao regime salazarista conheceram os tribunais plenários e as prepotentes decisões de condenação de juízes títeres que nem com a revolução de Abril de 1974 foram devidamente punidos pelo seu servilismo ao regime fascista. Aliás, esses juízes ao condenarem opositores a regimes ditatoriais ou pseudo democratas que violam os Direitos Humanos deviam ser responsabilizados pelos seus desempenhos na violação do estabelecido pelas Nações Unidas.
 
É o caso em Angola. Juízes ao serviço do regime que nem por sombras respeita os Direitos Humanos condenam à reclusão cidadãos que mais não fazem que ser pacíficos opositores de práticas antidemocráticas do governo e presidente José Eduardo dos Santos. É o caso em Cabinda, onde se encontram reclusos, à ordem de um juiz servil ao regime, dois pacíficos opositores das políticas emanadas de Luanda que impõem a mordaça e a repressão ditatorial de que só há memória em Angola durante o regime colonialista. É o caso de José Marcos Mavungo e de Arão Bula Tempo, Presidente da Ordem dos Advogados, responsáveis pela organização de uma manifestação, no início deste mês, contra a alegada má governação e abuso dos direitos humanos em Cabinda, manifestação que não se realizou. É o caso de outros presos políticos em Cabinda, o enclave que reclama a independência ao abrigo de um tratado histórico com Portugal, e que lhe dá razão na ótica de imensos legalistas e analistas. Só num regime como o de Salazar há memória em Angola e no Portugal colonialista da existência de presos políticos. Mas, na atualidade, em Angola é assim. Com a cumplicidade no silêncio de muitos países alegadamente democráticos.
 
Há mais casos. São bastantes. Há desaparecimentos de cidadãos angolanos a que o regime não dá uma explicação plausível. Aliás, tem por princípio fechar-se em copas, recorrendo ao silêncio. Isso mesmo fez com dois jovens desaparecidos em Luanda (Cassule e Kamulingue). Mais tarde veio a concluir-se que haviam sido raptados e assassinados por agentes ao serviço do regime do presidente José Eduardo dos Santos. Em Cabinda, segundo responsáveis de FLEC, os desaparecidos já somam 115 cabindenses. Também já foram assassinados? O governo de Luanda não dá uma explicação. O que perfila um regime pautado por regras de puro banditismo, semelhantes a muitas ditaduras na América Latina ou até na ditadura salazarista em Portugal, onde o general Humberto Delgado desapareceu… Para mais tarde se concluir que tinha sido assassinado pela PIDE, junto com a sua secretária, Arajaryr Campos, cidadã brasileira.
 
Outros cidadãos angolanos opositores do regime têm merecido a repressão pura e dura que vai desde bastonadas da polícia a jovens até a disparos criminosos como o que mais recentemente vitimou o jovem Ganga. Aquele jovem foi assassinado pela guarda presidencial quando pacificamente colava panfletos de protesto pelo assassinato de Cassule e Kamulingue – jovens já aqui referenciados.
 
Recentemente, Rafael Marques, escritor e opositor do regime, foi presente a tribunal, em Luanda, acusado de alegadamente caluniar generais no livro Diamantes de Sangue. O que falta saber é como é que esses generais enriqueceram deslumbrantemente e por que não são investigados os enriquecimentos ilícitos demonstrados até por sinais exteriores de riqueza a olho nu. Calúnia? Que calúnia? Siga-se o adágio mais antigo que Portugal colonial: “quem cabritos vende e cabras não tem, de algum lado vem”. São cabritos roubados, já se vê.
 
Na constância de o regime angolano pretender silenciar os opositores e dar um ar de legalidade às ilegalidades cometidas são bastantes os angolanos a cair nas malhas da desgraça que o setor judiciário para eles representa. Até parece que existem condenações por encomenda, salvo algumas exceções. Foi nessas malhas que Rafael Marques caiu. É na constância de silenciar opositores que jornais e jornalistas que reivindicam a democracia para Angola são assassinados, desaparecem, ou simplesmente são vítimas de sofisticados boicotes e pressões que desembocam no silenciamento ambicionado pelo regime. Obra feita, dirão os que com todo o maniqueísmo engendram os planos que acabam por resultar. Há em Angola um cerco muito apertado à comunicação social e escritores que ali vivem e são seres pensantes que expõem nas letras e outras artes a sua reprovação ao atual regime.
 
Assim sendo, como se constata e todo o mundo tem conhecimento, como é possível que Angola tenha assento no Conselho de Segurança da ONU? Que enorme falta de credibilidade recai sobre a ONU ao aceder a autêntico conluio com regimes não democráticos! 
 
Tão ou mais grave é o facto de Portugal fazer parte do Conselho dos Direitos Humanos e descaradamente apadrinhar, proteger e cumpliciar-se com o regime angolano – autêntico buldozer dos Direitos Humanos no seu território.

 O regime angolano tem merecimento nas críticas de todos os verdadeiros democratas. Ainda mais daqueles que têm por ideologia as políticas de esquerda tão condenadas por Salazar, Pinochet e outros ditadores. Não podemos criticar essas ditaduras - que reprimiram, prenderam e assassinaram seus concidadãos - e pretender ignorar ou desculpar o que acontece em Angola, alegadamente sob a fachada de uma democracia... que não é.  

TACIANA BALDÉ CONQUISTA MEDALHA DE BRONZE NA TURQUIA

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A judoca nacional, Taciana Rezende Lima Baldé conquistou no passado Domingo (28 de Março) medalha de bronze em Grand Prix Samsung da Turquia.
 
Baldé começou o ano 2015 em grande, conquistando a terceira colocação na sua categoria numa prova internacional como é o caso do Grand Prix Samsung realizado no solo turco.
“A medalha de 2015 chegou e que venha mais e mais… Obrigada a todos que longe ou perto estão sempre a me enviar energias boas e que torcem por mim”, escreveu a judoca na sua página oficial da rede social facebook.
 
Com a terceira posição obtida naquela prova internacional de judo, Baldé esta a arrecadar pontos que lhe coloca cada vez mais perto dos jogos Olímpicos Rio de Janeiro 2016, no Brasil a terra que a viu nascer.
 
Numa entrevista exclusiva em Dezembro do ano passado, Taciana revelou a’ O Democrata que o seu maior sonho é de desenvolver um projecto de judo escolar na Guiné-Bissau com o apoio da Federação Internacional (FIJ) da modalidade que já ajudou alguns países.
 
A judoca avançara na mesma entrevista ao nosso jornal que pretende pendurar a sua “Kimono”, roupa que profissionais de judo usam na arena para os combates, depois dos jogos Olímpicos 2016 no Rio de Janeiro para de seguida assumir os comandos da selecção nacional de judo.
 
Recorde-se que, Taciana Baldé arrecadou nove títulos em 2014. Nomeadamente, o ouro no Campeonato africano de Judô realizado nas Ilhas Maurícias, quando defendeu com êxito o seu título de campeã de 2013 em Maputo (Moçambique). Esta última vitória fez da Taciana a bicampeã africana, primeira classificada no ranking africano e sexta colocada no ranking mundial da Federação Internacional de Judô.
 
Além do título de campeã africana, Baldé foi bronzeada na grand slam de Abu Dhabi – Emirados Árabes, Grand Slam Tyumen, Rússia e Grand prix Zagreb, Croácia. Foi medalha de bronze na Grand prix Samsung, Turquia e European Open Varsóvia, Polónia, medalha de prata na European open em Roma, Itália e foi a medalha de ouro nos jogos da lusofonia em Goa, Índia. A atleta sublinhou que o ano 2014 foi a melhor em toda a sua carreira de judoca.
 
Por: Redação

NIGÉRIA/ELEIÇÕES:CANDIDATO OPOSITOR AVANÇA NAS ELEIÇÕES, MAS RESULTADO É INCERTO

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Abuja - O candidato opositor na Nigéria, Muhamadu Buhari, conseguiu um importante avanço nas regiões do norte do país mais afectadas pelo grupo Boko Haram, segundo os primeiros resultados, mas a definição das eleições presidenciais celebradas no fim de semana permanecia duvidosa segunda-feira.
 
Os nigerianos, que votaram em massa no fim de semana passado, ainda esperavam para conhecer o resultado de eleições presidenciais muito disputadas, cujos primeiros números publicados não deixam adivinhar se o vencedor será o presidente em fim de mandato, Goodluck Jonathan, ou seu principal adversário, Muhamadu Buhari, em meio a temores de que haja uma onda de violência quando os resultados definitivos forem anunciados.
             
A Comissão Eleitoral Independente (INEC) informou que o opositor Buhari, de 72 anos, venceu no Estado de Kano, no norte do país, por mais de 1,7 milhão de votos. Este reduto é chave nas eleições mais disputadas desde o fim da ditadura, em 1999, escreve Ola Awoniyi para a AFP.
Em Kano, o candidato do Congresso Progressista (APC) obteve mais de 1,9 milhão de votos, enquanto o presidente em fim de mandato teve a preferência de 215.799 eleitores. Esta região do norte do país é uma das mais castigadas pelo grupo jihadista Boko Haram, cuja insurreição provocou mais de 13 mil mortos desde 2009.
             
Buhari, que governou a Nigéria na metade dos anos 1980 à frente de uma junta militar, garante ser "um convertido à democracia". É visto por muitos como o candidato que terá mão de ferro contra os jihadistas.
             
No entanto, Jonathan ainda tem possibilidades caso vença nos Estados do sul, já que na Nigéria, o vencedor deve obter a maioria de votos emitidos, pelo menos 25% dos votos em dois terços dos 36 Estados da federação aos quais se soma o território da capital federal, Abuja.
             
Teme-se que haja novos confrontos quando forem anunciados os resultados, assim como nas eleições de 2011, que deixaram pelo menos mil mortos.
             
Os primeiros incidentes já ocorreram domingo em Port-Harcourt, capital do Estado petrolífero de Rivers (sul), protagonizada por defensores de Jonathan; e o presidente da INEC, Attahiru Jega, prometeu examinar todas as queixas e pediu calma.
             
No entanto, os protestos continuam e as autoridades declararam toque de recolher na segunda-feira.
             
Em Kaduna, grande cidade do centro do país e uma das que mais sofreu com a violência dos confrontos entre grupos cristãos e muçulmanos em 2011, "tinha medo" de que se repetisse o massacre de cristãos que ocorreu há quatro anos, quando Buhari perdeu para Jonathan.
             
No nordeste do país, o exército lançou no domingo ataques aéreos e uma operação terrestre contra os insurgentes perto da cidade de Bachi e instaurou um toque de recolher ilimitado nesta cidade e em outros dois distritos do Estado.
             
O chefe do grupo jihadista, Abubakar Shekau, tinha prometido perturbar as eleições e seus combatentes lançaram vários ataques sem conseguir impedir que o povo fosse votar.
             
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, cumprimentou os nigerianos por estas eleições e pediu para rechaçar a violência quando forem anunciados os resultados.
             
Pelo menos 67 milhões dos 173 milhões de habitantes do país votaram para eleger, além do presidente, 109 senadores e 360 deputados do país mais populoso da África, primeiro produtor de petróleo e primeira potência económica do continente.
             
Pela primeira vez, os eleitores foram identificados com leitores de digitais, o que em tese evitaria a fraude observada em eleições precedentes.
             
Para a União Africana (UA), "os processos de credenciamento, votação e contagem foram, no geral, muito transparentes".
             
Mas Washington e Londres mencionaram certa preocupação com "possíveis interferências políticas" na contagem dos votos.
             
À margem das negociações sobre o programa nuclear iraniano na Suíça, o secretário de Estado americano, John Kerry, e seu homólogo britânico, Philip Hammond, afirmaram que embora não se visse uma "manipulação sistemática do processo" eleitoral na Nigéria, existiam "indícios preocupantes de que o processo de contagem dos votos fosse sujeito de interferências políticas deliberadas".
             
Estes temores não têm "fundamento" e não há "nenhuma prova de interferência política", respondeu rapidamente a Comissão Eleitoral.
 Fonte: Aqui

segunda-feira, 30 de março de 2015

PJ APRESENTA AO MP 8 SUSPEITOS DE ROUBO DE CABOS ELÉTRICOS DE ALTA TENSÃO NO ESTÁDIO NACIONAL

Estádio Nacional 24 de Setembro, Guiné-BissauOs cinco fardados, são polícias de ordem pública, detidos por roubo de cabos elétricos. 
 
Bissau (ANG, 30 de Março de 2015) – A Polícia Judiciária (PJ) apresentou hoje ao Ministério Público (MP), oito indivíduos detidos na sequência de investigações em curso sobre o furto de cabos subterrâneos de alta tensão no Estádio Nacional 24 de Setembro, em Bissau.
 
Entre os oito indivíduos, figuram cinco fardados, três civis compostos de dois gambianos e um guineense.
 
Fernando Jorge Barreto Costa, diretor nacional adjunto da PJ, assegurou à imprensa que existem ainda muitas pessoas suspeitas a monte.
 
De acordo com a agência Lusa, os danos causados pelo furto são estimados em 450 mil dólares, ou seja, 410 mil euros, que deixaram o recinto impraticável.
 
O estádio 24 de setembro tem capacidade para 15 mil espetadores, é o único do país dotado de relvado natural. Foi construído nos anos de 1990 pela cooperação chinesa.
 

FOGO DEVASTA MAIS DE 200 HECTARES DE PLANTAÇÕES DE CAJU NO LESTE DO PAÍS

Cajú, uma das maiores exportações da Guiné-Bissau
Bissau (Rádio Bombolom-FM, 30 de Março de 2015) – O fogo já devastou, só este mês de março, mais de 200 hectares de plantações de caju na região de Gabú, leste da Guiné-Bissau.
 
A ocorrência motivou a deslocação, no último fim-de-semana, de uma delegação da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS) para aquela região a fim de manifestar sua solidariedade para com os proprietários da plantações, ofertando arroz, açúcar, óleo alimentar entre outros produtos.
 
O fogo ateou-se nesta época de floração das plantações, o que risca de deixar seus proprietários sem a possibilidade de colheitas este ano agrícola.
 
O fenómeno atinge também a região de Bafatá na área de Bambadinca.
 
Fonte: gbissau.com
 

INVESTIMENTO RURAL: GOVERNO VAI ASSINAR CONTRATO COM FIDA

FIDA Fundo Internacional para Desenvolvimento da Agricultura
Bissau (30 de Março de 2015, Comunicado do Gabinete do Primeiro Ministro) - Uma delegação do Governo guineense chefiada pelo Ministro de Economia e Finanças, Sr. Geraldo Martins, que integra o Ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Sr. João Aníbal Pereira e elementos de ambos Ministérios, hoje desloca-se a Dakar, para rubricar um contrato com o FIDA – Investir na população rural, num valor, cerca de 19 (dezanove) milhões de dólares americanos. 
 
Trata-se de um contrato com duração de 6 anos, cujo início será ainda este ano, no mês do junho, que destina-se a financiar projetos de agricultura, a nível do cultivo do arroz, do desenvolvimento da pecuária e sócio profissionais, na Região de Quinará, Tombali e uma parte de Bolama.
 
Bissau, 30 de Março de 2015

Carlos Vaz, Conselheiro de Comunicação e Informação

Fonte: gbissau.com

VIH/SIDA: TÉCNICOS DA SUB-REGIÃO TROCAM EXPERIÊNCIAS DE COMBATE DA DOENÇA

Bissau 30 Mar 15 (ANG) – As praticas tradicionais constituem factores de propagação do VIH/SIDA nos centros urbanos e nas linhas fronteiriças na sub-região.
 
A constatação é do Director de Promoção e Prevenção da Saúde Pública, Nicolau de Almeida, e foi revelada na abertura do ateliê sobre a melhoria do atendimento e seguimento clínico aos grupos vulneráveis, que hoje teve início e organizado pela ONGs Não Governamental ENDA Tiers-Monde.
 
Almeida agradeceu aos promotores do evento e disse que o projecto “Fronteiras e Vulnerabilidades do VIH / SIDA na África Ocidental (FEVE) ”, visa reduzir a vulnerabilidade a transmissão e o impacto de VIH/ SIDA no seio das populações. 
 
“O evento se reveste de uma importância singular visto que o VIH / SIDA constitui um problema de saúde pública no nosso país. Todos nós sabemos que as capitais das regiões são as que apresentam maior prevalência de infecções da doença e as zonas fronteiriças de grande influência são sítios onde ocorrem boa parte das transmissões “ disse Nicolau de Almeida.
 
O Director Geral a Prevenção destacou ainda os aspectos da excisão feminina, o casamento precoce ou a pratica da poligamia envolvendo maridos muito mais velhos, pratica de herança, aleitamento de crianças órfãs por outras mulheres que são muito frequentes nas comunidades.
 
Nicolau de Almeida disse ainda que a referida pratica aceite nas comunidades africanas pode contribuir para a propagação do VIH / SIDA, como a negação da existência da doença, medo do SIDA, inicio precoce da vida sexual principalmente com parceiros muito mais idosos, sexo comercial disfarçado entre outros.
 
“ Apesar de todas estas adversidades, tem-se estado a verificar resultados importantes na luta contra este flagelo graças a uma ampla parceria e a promoção de sinergia entre os principais actores e intervenientes tanto político como financeiro que operam nesta área", informou, acrescentando que esta reunião é um exemplo disso “ concluiu o Director Geral de Saúde.  
 
Por seu turno, a Coordenadora da ONG ENDA, Magda Lopes Queta disse que a sua organização está a operar no país desde 2008 nas áreas da saúde, educação e protecção ambiental e que o seu foco são pessoas cuja vulnerabilidade económica as obriga a recorrerem ao comércio de sexo, ou ao relacionamento entre homossexuais.
 
Magda Lopes Queta elogiou a cooperação com o Ministério da Saúde, frisando que a estratégia da ENDA é levar a saúde junto à população alvo e é por isso que depois de oito anos de exercício decidiu-se que os responsáveis das clínicas móveis dos quatro países que fazem fronteira com a Guiné-Bissau se reunissem para partilhar experiencias e principalmente poder harmonizar os pacotes de serviços que são oferecidos aos grupos alvos.  
 
O ateliê conta com as presenças dos responsáveis da clínica móvel do Senegal, Cabo Verde, e da Guiné-Conakry, e termina terça-feira, 31 e Março.
 
FONTE: ANG/MSC / JAM/SG  

"KASAMENTI DI DJIBA"

Gostaria de pedir, aqui, permissão ao nosso ilustre artista Justino Delgado, para dizer umas palavras, a partir da sua canção dos finais dos anos oitenta, sobre a minha "CASA". A tradução é livre. Não pretendo, por isso, contribuir para a sua viciação. É que o tema é inspirador e sempre actual! MULHER, quero dizer-te que esta casa está em teu nome; não esqueças que sou eu o teu marido; que és linda e eu confio em ti; que mulheres bonitas são sempre famosas e que as amizades masculinas são sempre chatas. É claro que os amigos do teu marido são teus cunhados, mas, muitas das vezes, na tua ausência, costumam tornar-se em donos de casa. Mas, se um dia, amor, viesses a cometer a infidelidade e eu descobrir, juro-te que só se nessa altura não pensasse em ti como dona da minha cama, porque naquele dia ou tu sais de casa ou saio eu de casa. Estas janelas, MULHER, e os trincos das portas são as vozes destes pobres filhos que assustas tanto para não contarem ao pai o que se passa na nossa casa. Sempre que vou ao trabalho, dás café; quando volto do trabalho estas a dormir a sesta; quando viajo em missão no estrangeiro, os meus amigos ficam a tomar conta de casa, da cama...
Oh MULHER, mataste-me!
Oh MULHER, degolaste-me!
Oh MULHER, mataste-me!
Oh MULHER, degolaste-me!

VIVA JUJU DELGADO!

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE: PR FELICITA GUINÉ-BISSAU PELOS RESULTADOS DA CONFERÊNCIA DE BRUXELAS

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São Tomé - O Presidente são-tomense, Manuel Pinto da Costa, felicitou domingo as autoridades da Guiné-Bissau pelos resultados obtidos na conferência internacional realizada quarta-feira em Bruxelas.
 
Numa mensagem endereçada ao seu homólogo guineense, José Mário Vaz, o chefe de Estado são-tomense considerou que os resultados alcançados são "fruto de um excelente trabalho de preparação a um primeiro nível e outro de execução que envolveu toda a sociedade guineense e que a todos deve orgulhar".
 
Pinto da Costa disse estar certo de que a Guiné-Bissau "apegada aos valores democráticos e com o saber de experiencia adquirido nos mártires de um passado recente, saberá canalizar todo o apoio agora expresso pela comunidade internacional a bem do progresso económico, social e cultural do povo guineense".
 
Na mensagem, o chefe de Estado são-tomense aproveitou para reiterar ao Presidente da República da Guiné-Bissau "a disponibilidade em tudo fazer para o reforço das relações de amizade, solidariedade e cooperação existentes entre os dois povos e países".
 
A conferência internacional sobre a Guiné-Bissau celebrada na quarta-feira, em Bruxelas, permitiu mobilizar mais de mil milhões de euros de apoios prometidos pela comunidade internacional, com Portugal a comprometer-se com um programa de cooperação de 40 milhões de euros.
 
A União Europeia comprometeu-se, em Bruxelas, a conceder 160 milhões de euros à Guiné-Bissau, para consolidar a democracia, reforçar o Estado de direito, acelerar a retoma económica e melhorar as condições de vida dos cidadãos.
 
O encontro juntou a comunidade internacional e a Guiné-Bissau no intuito de apoiar a estratégia própria do Governo em matéria de desenvolvimento para os próximos dez anos e visou também incentivar os doadores internacionais a assumir um compromisso quanto a uma assistência financeira, bem como a coordenar este apoio. Fonte: Aqui

CIDADES AFRICANAS E REVISTA BRITÂNICA AFRICAN BUSINESS LANÇAM «PRÉMIO AFRICANO JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS»

Bolas! Só pode ser brincadeira de mau gosto!
 
A União das Cidades Africanas e a revista britânica African Business vão lançar já em abril o «Prémio Africano José Eduardo dos Santos», para homenagear presidentes de câmaras, governadores de cidades de África e outras individualidades que se destacarem «nas boas práticas a nível da gestão urbana».
 
Este anúncio foi feito numa entrevista exclusiva concedida pelo ministro do Urbanismo e da Habitação, José António da Conceição e Silva, à agência de notícias angolana, a Angop, para abordar o estado atual do sctor no país e o balanço de 40 anos de independência.
 
José Silva explicou que o lançamento do prémio ocorrerá entre 29 e 30 de abril deste ano, durante a realização de um fórum sobre infra-estruturas em África. Para o ministro, a criação da distinção com a designação «José Eduardo dos Santos» «revela, por si só, o reconhecimento da comunidade internacional daquilo que Angola tem estado a gizar na área de urbanismo e habitação», algo «encabeçado pelo Presidente da República».
 
O prémio terá periodicidade anual e vai abranger vários países. Quanto ao fórum, o ministro salientou que servirá para a discussão de infra-estruturas urbanas em África e que está a despertar muito interesse no continente e noutras partes do mundo. «Quase todo o mundo quer vir a Angola para discutirmos estas iniciativas», disse o governante. Fonte: Aqui

UM AMIGO DO DOKA INTERNACIONAL DENUNCIANTE E ÍNTEGRO(DIDI)

Confesso que sou um seguidor muito antigo do teu blog, mesmo antes de seres conhecido como hoje, e sempre admirei a tua coragem e humildade, aliás, não é qualquer um que desafia o poder, mas o motivo que me leva a escrever-te é outro...
 
Hoje deparei-me com um post teu que me deixou algo triste, refiro-me à família de Rafael Barbosa, com que tive a honra e o privilégio de partilhar alguns momentos nos idos anos 80 e inícios de 90, o homem era de uma inteligência, humildade e integridade  que só por isso merecia a não alusão do seu nome nesta querela.
Considero-me um grande amigo da família e tenho a maior admiração pela Sra. D. Helena, uma pessoa muito respeitada e com um perfil intocável, que faço um esforço por visitar sempre que vou a Bissau. Bem, o teres um blog acarreta alguma responsabilidade no que escreves e quando muito, convém verificar muito bem a fidelidade das tuas fontes, porque ao menor erro, trata-se de calúnia ou difamação.
 
Pelo que conheço dessa família que tanto prezo a sua amizade, é IMPOSSÍVEL que algum dos filhos tenha alguma ligação com o PAIGC, porque as divergências com essa gente já vem de há muito tempo, ainda eras jovem nesse tempo Doka. Duvido e aposto a minha honra de que nenhum filho da Helena alguma vez terá conotações com esse partido e muito menos andar a gabar o DSP e companhia, e ainda por cima a insultar o Braima Camará!! A ultima vez que falei com a Helena sobre o Camará, ela disse-me que eram vizinhos e que se tratava de uma pessoa mui respeitosa e educada e com quem nunca teve problema nenhum...
Por isso Doka,se alguém te disse isso, é calúnia e falsa informação, quando muito o miúdo pode até ser colega de escola ou trabalho de algum desses indivíduos do PN, o que é perfeitamente normal porque a Guiné é pequena e até nisso ele tem direito, porque ninguém questiona a cor política ou clubes dos amigos.
 
Amanhã conto ligar à Helena para saber como ela se sente e até porque a saúde já não está grande coisa e saber pormenores deste caso, porque se trata de um miúdo que trato como sobrinho e está de certeza a ser difamado.
 
Se algum dia, Doka, tirares este assunto a limpo, espero que tenhas a humildade e a hombridade digna de um homem para te retratares no te blog do mesmo modo que já te vi reconhecer e muito bem, várias vezes no teu blog ( aliás, deves ser o único que faz isso e aplaudo a tua humildade e coragem).
Abraço fraterno e sempre ao dispor,
 
C. Tavares
PS - já agora, queria pedir-te que deixes dessas guerras com esse blog do PN, são miúdos, filhos do PAIGC, 'barriduris di padja' sem nível nenhum, não vale a pena perderes o teu tempo com eles, ao falares com deles, estás a levar as pessoas a conhecer o blog deles, eu não os conhecia e agora já os conheço, embora não perca o meu tempo...
Obs: Muito obrigado, meu irmão Tavares, pelos conselhos e por tudo o que disseste a propósito da publicação do PN e não só. Partilho exactamente os mesmos sentimentos em relação à família do nosso pai, avó e herói nacional Rafael Barbosa, que Deus o tenha em paz no outro mundo. É uma família respeitada, humilde, educada e digna. Mas, meu irmão, acredita que, hoje em dia, já não podemos "pôr mão no fogo" pelos nossos miúdos. Eles estão a ser aliciados e capturados pelo poder do dinheiro para trabalhos sujos que não dignificam a ninguém nem à política na nossa terra. 

domingo, 29 de março de 2015

NETANYAHU ANUNCIA O FIM DA “SOLUÇÃO DE DOIS ESTADOS”


Thierry Meyssan*
Os acordos de Oslo, que Yitzhak Rabin e Yasser Arafat haviam imposto aos seus povos, foram liquidados durante a campanha eleitoral israelita. Benjamin Netanyahu mergulhou os colonos judeus num impasse, que será forçosamente fatal para o regime colonial de Telavive. Tal como a Rodésia não aguentou mais que 15 anos, os dias do Estado hebreu estão agora contados.
 
Durante a sua campanha eleitoral, Benjamin Netanyahu afirmou, com franqueza, que, enquanto ele vivesse, jamais os Palestinianos teriam o seu próprio Estado. Ao fazê-lo, pôs fim a um «processo de paz» que prolongadamente se arrasta, desde os acordos de Oslo, há mais de 21 anos. Assim se acaba a miragem da «solução de dois Estados».
 
Netanyahu apresentou-se como um “rambo”, capaz de assegurar a segurança da colónia judia esmagando para isso a população autóctone. 

- Ele tem dado o seu apoio à al-Qaida, na Síria.

- Ele atacou o Hezbolla, na fronteira do Golã, matando, nomeadamente, um general dos Guardiões da Revolução e Jihad Moghniyé.

- Ele foi desafiar o presidente Obama denunciando, no Congresso, os acordos que a sua administração negoceia com o Irão.
 
Os eleitores escolheram a sua via, a da lei da força.
Portanto, olhando para isto, mais de perto, tudo, nisso, é pouco glorioso e não tem futuro.
Netanyahu substituiu a força de paz das Nações Unidas pelo ramo local da Al-Qaida, a Frente Al-Nusra. Ele providenciou-lhe um apoio logístico transfronteiriço e fez-se fotografar com os chefes terroristas, num hospital militar israelita. No entanto, a guerra contra a Síria mostra-se uma derrota para o Ocidente e para os países do Golfo. Segundo a ONU, a República Árabe da Síria só consegue garantir o contrôlo de 60% do seu território, mas, este numero é enganoso já que o resto do país é um terreno totalmente desértico, por definição incontrolável. Ora, segundo as Nações Unidas, os «revolucionários» e as populações que os apoiam, quer sejam jiadistas ou «moderados» (quer dizer abertamente pró-israelitas), não atingem mais que 212 mil entre os 24 milhões de sírios. Quer dizer, menos de 1% da população.
 
O ataque contra o Hezbolla matou, é certo, algumas personalidades, mas ele foi imediatamente vingado. Enquanto Netanyahu afirmava que a resistência libanesa estava atolada na Síria e não conseguiria replicar, o Hezbolla, com uma fria precisão matemática, matou, alguns dias mais tarde, à mesma hora, o mesmo número de soldados israelitas na zona ocupada das granjas de Chebaa. Ao escolher as granjas de Chebaa, a zona mais guardada pelo Tsahal (significa Forças de Defesa de Israel- ndT), o Hezbolla lançava uma mensagem de poderio, claramente, dissuasora. O Estado hebreu compreendeu que não era, mais, o senhor do jogo, e encaixou esta chamada à ordem sem estrebuchar.
 
Finalmente, o desafio lançado ao presidente Barack Obama arrisca sair caro a Israel. Os Estados Unidos negoceiam com o Irão uma paz regional, que lhes permita retirar a maior parte das suas tropas. A ideia de Washington é a de apostar no Presidente Rohani, para fazer de um Estado revolucionário uma normal potência regional. Os Estados Unidos reconheceriam o poder iraniano no Iraque, na Síria e no Líbano, assim como também no Barein e no Iémene, em troca do qual Teerão deixaria de exportar a sua Revolução para África e para a América Latina. O abandono do projecto do Imã Khomeini seria garantido por uma renúncia ao seu desenvolvimento militar, especialmente, mas não apenas, em matéria nuclear (ainda uma vez mais, não se trata da bomba atómica, mas de motores de propulsão nuclear). A exasperação do presidente Obama é tal, que o reconhecimento da influência do Irão poderia chegar até à Palestina.
 
Netanyahu imita as acções de Ian Smith que, em 1965, recusando-se a reconhecer os direitos civis dos negros da Rodésia, rompeu com Londres e proclamou a sua independência. Mas, Ian Smith não conseguiu manter o seu estado colonial, que foi devorado pela resistência da União Nacional Africana de Robert Mugabe. Quinze anos mais tarde Smith teve que desistir, enquanto a Rodésia se tornava no Zimbabué e a maioria negra chegava ao poder.
 
As bravatas de Netanyahu, como antes as de Ian Smith, visam mascarar o impasse no qual ele mergulhou os colonos. Tendo ganho tempo, durante os últimos seis anos, em vez de aplicar os acordos de Oslo, ele só aumentou a frustração da população indígena. E, assim, vangloriando-se que conseguiu empatar a Autoridade palestina, para nada, ele provoca um cataclismo.
 
Desde logo, Ramallah anunciou que cessaria toda a cooperação securitária com Telavive se Netanyahu fosse, de novo, nomeado Primeiro-ministro, e aplicasse o seu novo programa. Se uma tal ruptura ocorrer, a população da Cisjordânia, e a de Gaza certamente, deverão ter, de novo, de se enfrentar com o Tsahal(FDI). Isto daria a Terceira Intifada.
O Tsahal (FDI)teme de tal modo esta situação que os seus principais oficiais superiores, na reserva, formaram uma associação, os Commanders for Israel’s Security (Comandantes pela Segurança de Israel - ndT), que não parou de alertar contra a política do Primeiro-ministro. Este último, mostrou-se incapaz de formar uma outra associação para o defender. Na realidade, é o exército, em conjunto, que se opõe à sua política. Os militares compreenderam, muito bem, que Israel poderia ainda estender a sua hegemonia, como no Sudão do Sul e no Curdistão iraquiano, mas que ele não poderia, mais, expandir o seu território. O sonho de um Estado colonial do Nilo ao Eufrates é irrealizável, e pertence a um século passado.
 
Ao recusar a «solução de dois Estados», Netanyahu acredita abrir a via para uma solução à rodesiana. No entanto, este exemplo mostrou que isso não era viável. O Primeiro-Ministro pode celebrar a sua vitória, mas ela será de curta duração.
 
Na realidade, a sua cegueira abre a via a duas outras opções: quer uma solução à argelina, quer dizer a expulsão de milhões de colonos judeus, dos quais muitos não têm nenhuma outra pátria para os acolher, ou uma solução à sul-africana, quer dizer a integração da maioria palestina no Estado de Israel segundo o princípio «um homem, um voto» ; a única opção humanamente aceitável.
 
 
*Intelectual francês, presidente-fundador da Rede Voltaire e da conferência Axis for Peace. As suas análises sobre política externa publicam-se na imprensa árabe, latino-americana e russa. Última obra em francês: L’Effroyable imposture: Tome 2, Manipulations et désinformations (ed. JP Bertrand, 2007). Última obra publicada em Castelhano (espanhol): La gran impostura II. Manipulación y desinformación en los medios de comunicación(Monte Ávila Editores, 2008).