sábado, 30 de maio de 2015

SUBIDA DE PREÇOS NO MERCADO: PRESIDENTE DOS RETALHISTAS RESPONSABILIZA EMPRESA “BISSAU LINK”

Bissau, 29  Mai 15 (ANG) - O Presidente da Associação dos Retalhistas dos Mercados da Guiné-Bissau (ARMGB) responsabiliza a empresa Bissau Link  pelo aumento dos  preços dos produtos da primeira necessidade no país.
 
Em declarações à Agência de Notícias da Guiné(ANG), Aliu Seidi disse que em 2014, a Bissau Link cobrava três  milhões de francos cfa  aos importadores por cada contentor de sumo.
“Hoje, o mesmo contentor é pago por cerca de quatro milhões de Francos Cfa”, acrescentou Seide que questiona este aumento.

Bissau Link é a empresa criada pelo governo e que se encarrega da fixação das taxas aduaneiras a pagar pelas mercadorias importadas.
Aliu Seidi informou que somente três produtos foram isentos de taxas na empresa Bissau Link, nomeadamente, a farinha, o arroz e açúcar.
 
Num inquérito feito pela ANG sobre a evolução dos preços, apurou-se que   50 quilogramas de arroz que custava 15.500 mil francos  subiu para 16.500FCA, o açúcar saiu de 21.500FCA,para 23.500 cada saco e o óleo alimentar de 5litros que estava a 14.500fcfa cada caixa aumentou para 15.500CFA e o de 25 litros que custava no ano anterior 15.500 passou para 17.500 CFA.
 
O Presidente dos Retalhistas disse ter solicitado, mas sem sucesso, um encontro com os ministros da Economia e Finanças, do Comercio e a Associação dos Consumidores, para juntos poderem encontrar uma solução sobre o problema.
 
“Os retalhistas dependem dos importadores quanto ao aumento ou a diminuição dos preços dos produtos nos mercados. Eles também dependem das taxas e impostos cobrados pelo Estado”, esclareceu o Presidente dos Retalhistas.
 
Seidi considera de  elevado os custos dos impostos e cobranças que são efectuadas aos retalhistas, desde o pagamento das senhas nos mercados cobrado pela Câmara Municipal às taxas de rendimento das finanças cobrados aos proprietários de terrenos e outros.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

GUINÉ-BISSAU DISCUTE PARCERIAS COM EMPRESÁRIOS BRASILEIROS EM TRANSPORTE NAVAL E ALIMENTAÇÃO

Espero que não seja transporte de droga via marítima do Brasil para Guiné-Bissau.
 
A Embaixada da Guiné-Bissau no Brasil está a discutir parcerias com empresários brasileiros em áreas como o transporte naval, a produção de castanha de caju e o tratamento de lixo, disse a embaixadora à imprensa.
 
Eugénia Saldanha Araújo afirmou que há um projeto para incluir a Guiné-Bissau numa rota naval de transporte de carga entre Fortaleza, no nordeste do Brasil, e a Cidade da Praia, em Cabo Verde.
 
O cônsul da embaixada também discutiu com empresários brasileiros sobre a produção de castanha de caju, que hoje em dia é feita no Brasil, mas, na Guiné-Bissau, não há o costume de se aproveitar a castanha depois de consumir o caju.
 
Também está em discussão, segundo a embaixadora, está uma parceria com uma empresa de tratamento de lixo, da cidade de João Pessoa, também no nordeste brasileiro. Outra empresa brasileira está interessada em construir uma rota de transporte aéreo entre Fortaleza e Bissau, passando por Portugal, ainda segundo a diplomata, que não divulgou o nome das empresas com as quais estão a negociar estes acordos.
 
A Embaixada da Guiné-Bissau em Brasília está a realizar registos, casamentos e óbitos dos guineenses que vivem no Brasil, e a renovação do passaporte dos estudantes. Segundo a embaixadora, há atualmente 1.500 estudantes da Guiné-Bissau no Brasil, principalmente na cidade de Fortaleza. Fonte: Aqui

DIRETOR-GERAL DO GRUPO ECOBANK DESIGNADO BANQUEIRO AFRICANO DO ANO

O diretor-geral do grupo Ecobank, o ganense Albert Essien, foi designado Banqueiro Africano do Ano, durante a nona edição dos Troféus African Banker, em Abidjan, na Costa do Marfim, à margem das reuniões anuais de 2015 do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
 
«Aceito este prémio em nome do pessoal do Ecobank, pois  é a ele que atribuo o verdadeiro êxito da nossa instituição, pelo serviço prestado ao povo do nosso continente», afirmou Albert Essien.
 
Segundo o Banco, o prémio recompensa a contribuição de líderes de grandes empresas e as melhores práticas no setor bancário africano, e é patrocinado pela IC Publications, sediada em Londres (Inglaterra), sob o patrocínio do BAD.
 
Os outros nomeados para este prémio eram Segun Agbaje, do GT Bank, da Nigéria, Paulo Alexandre Duarte de Sousa, do Banco Comercial e de Investimentos, de Moçambique, Charles Kimei, do Cooperative Rural Development Bank, da Tanzânia, e Tariq Sijilmassi, do Grupo Crédito Agrícola, de Marrocos.
 
A 22 maio, lembre-se, o Ecobank foi designado o Banco Africano do Ano, durante a cerimónia dos Troféus do Global Retail Banking, em Londres. Fonte: Aqui

EUA DIZEM-SE "DECEPCIONADOS" COM CONDENAÇÃO DE RAFAEL MARQUES

Jeff Rathke, director do Gabinete de Comunicação do Departamento de EstadoAdministração Obama exorta o Governo de Angola a colocar um fim em processos contra aqueles que exercem a liberdade de expressão.
 
Os Estados Unidos dizem estar “profundamente decepcionados com a condenação de Rafael Marques por difamação e estão preocupados com o impacto negativo que esta decisão terá sobre as liberdades de expressão e de imprensa em Angola”.
 
A posição de Washington foi manifestada nesta sexta-feira, 29, num comunicado do Departamento de Estado.
 
No documento, a Administração Obama “exorta o Governo de Angola a respeitar o direito constitucional dos seus cidadãos à liberdade de expressão e a colocar um fim em processos contra aqueles que exercem esse direito”.
 
O respeito pelos direitos humanos e a  boa governação é um valor fundamental dos Estados Unidos, de acordo com o comunicado que lembra que Washington tem manifestado regularmente e de forma clara ao Governo angolano as suas preocupações “sobre direitos humanos,  liberdade de imprensa, governação e corrupção e continuará a fazê-lo como parte do diálogo bilateral em curso”, conclui o comunicado assinado por Jeff Rathke, director do Gabinete de Comunicação do Departamento de Estado.
 
Recorde-se que o activista e jornalista angolano Rafael Marques foi condenado pelo Tribunal Provincial de Luanda por difamação nesta quinta-feira, 28, a seis anos prisão com pena suspensa por dois anos, ao pagamento de uma multa e proibido de republicar o livro Diamantes de Sangue, no qual acusa de violação de direitos humanos a nove generais e duas empresas que exploram o diamante nas Lundas. Fonte: Voz da América
 
 
Para quando uma declaração e tomada de posição da CPLP sobre a barbárie e perseguições em angola?

FUNDAÇÃO MOHAMED VI OFERECE LOTES DE MEDICAMENTOS AO GOVERNO DA GUINÉ-BISSAU

Bissau – A Fundação Mohamed VI entregou esta sexta-feira, 29 de Maio, ao Governo guineense, vários lotes de diversos tipos de medicamentos, uma oferta que surge no âmbito da visita de trabalho de três dias que o rei de Marrocos efectua ao país desde 28 de Maio.
 
A cerimónia de entrega dos medicamentos foi feita no Hospital Nacional Simão Mendes pelo patrono da fundação, o rei Mohamed VI, na presença do Presidente da República José Mário Vaz, assim como chefe do Governo, Domingos Simões, do Presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassama, e da Ministra da Saúde, Valentina Mendes e o Secretario de Estado de Gestão Hospitalar Domingos Malú, assim como alguns membros do Governo.

 Em declarações a PNN, a ministra da Saúde Publica guineense destacou a importância desta ajuda para país em particular na sua área de jurisdição, e que em muito vai ajudar a colmatar dificuldades em termos materiais que a sua instituição enfrenta. “Neste momento temos uma equipa médica marroquina que está a trabalhar com a equipa nacional no trabalho de consultas e operações de casos de oftalmologia, bem como outra equipa que efectua consultas nas tendas instalados para este feito no Bairro de Ajuda, o que para nós é muito bom”, disse a ministra.
 
(c) PNN Portuguese News Network

“SEM DESENVOLVIMENTO, A INSTABILIDADE VOLTA A INSTALAR-SE NA GUINÉ-BISSAU” - TROVOADA


JOÃO MANUEL ROCHA - Público IN PG
 
Miguel Trovoada, representante do secretário-geral das Nações Unidas, diz que o país está calmo e “há sinais de que as coisas começam a funcionar”.
 
A Guiné-Bissau está a dar passos importantes para deixar para trás anos de golpes de Estado e violência política. Mas sem meios o Governo “não poderá ir muito longe”. É o que pensa Miguel Trovoada, que sucedeu a Ramos-Horta como representante do secretário-geral das Nações Unidas.
 
Antigo primeiro-ministro e Presidente de São Tomé e Príncipe, Trovoada, 78 anos, considera positivos os resultados da mesa-redonda com os doadores em que, em Março, em Bruxelas, foram prometidos mil milhões de euros a um país que no último ano retomou o caminho da democracia. Entende que “não há qualquer ameaça iminente de golpe de Estado”, mas alerta que “se não houver desenvolvimento a instabilidade volta a instalar-se”.
 
Quando foi nomeado disse que a sua principal tarefa seria contribuir para a “consolidação das instituições democráticas” da Guiné. Essa consolidação está a ser feita?

Acho que sim. As actuais instituições foram constituídas com base nas eleições de há um ano. Funcionam regularmente. O Governo dispõe da legitimidade mais ampla possível na medida em que tem a participação de todos os partidos parlamentares, não tem havido perturbações.
 
A Guiné de hoje funciona melhor do que aquela que encontrou há nove meses?

A nível institucional funciona, as reformas estão em curso, o país está calmo. Em termos de funcionamento de serviços, há uma melhoria no fornecimento de água, de energia, vejo que as ruas da capital estão a ser reparadas. São sinais de que as coisas começam a funcionar. A Guiné dá a sensação de ter entrado num processo dinâmico. A realização da mesa-redonda em Bruxelas, a 25 de Março, veio trazer um novo impulso. As pessoas pensam que agora há instrumentos para fazer avançar o processo de estabilização, de normalização da vida política e económica.

O que é necessário para que não haja um retrocesso?

O fundamental é que o Governo funcione. Quando falo de Governo refiro-me ao conjunto de instituições de governação, Assembleia, executivo, Presidente, tribunais. Durante muitos anos de conturbações houve uma estagnação e em alguns casos retrocesso. O Governo tem uma ampla legitimidade mas não dispõe de meios. A mesa-redonda foi um sucesso, houve grande mobilização interna, todas as forças vivas da nação participaram; a comunidade internacional respondeu de forma maciça, participaram 70 países, instituições; e o sector privado também esteve representado. Há confiança neste Governo, nestas instituições. Agora o que é preciso é o Governo gerir as expectativas e os parceiros concretizarem as promessas.
 
A fase de golpes e assassinatos políticos está definitivamente ultrapassada?

É sempre difícil dizer que está definitivamente ultrapassada porque algumas dinâmicas político-militares continuam. O que posso dizer é que não há aquela ameaça iminente de uma perturbação do tipo golpe de Estado. As reformas começaram. Há várias questões que se prendem com o processo de reformas: fundo de pensões, reconversão dos militares, redimensionamento de efectivos. Tudo isso exige meios. Se o Governo não dispuser de meios não poderá ir muito longe. Há vontade de fazer, há passos importantes que começaram a ser dados, agora é necessário que o Governo tenha meios para prosseguir. A estabilidade é fundamental para o desenvolvimento mas se não houver desenvolvimento a instabilidade volta a instalar-se.
 
Falou do clima de estabilidade e da composição alargada do Governo, que são aspectos importantes. Do seu ponto de visto o diálogo e a reconciliação estão a ser feitos?

Sim. Vai haver uma cerimónia de lançamento do diálogo nacional. Fomos solicitados e manifestámos disponibilidade das Nações Unidas para apoiar esse processo. A comissão de diálogo nacional foi criada. Vamos apoiar e esperamos que daí resulte uma melhoria do relacionamento institucional e do clima social.

Não há o risco de se reavivarem feridas que ainda não sararam? Não houve julgamentos.

O diálogo poderá contribuir para uma resposta a essa questão. Está-se a referir à impunidade. Está-se a referir a uma eventual amnistia. São temas que estão no ar. Eu creio que ninguém é apologista da impunidade. Porque é o maior dos estímulos à criminalidade. Hoje, no estádio actual da Guiné-Bissau, estou convencido que as condições não estão ainda reunidas para que se possa avançar com margem de sucesso no apuramento das responsabilidades e na punição de culpados.
 
Os eventuais arguidos têm ainda força para impedir julgamentos?

Enquanto o sistema judicial não estiver suficientemente reforçado é muito difícil obter resultados em termos de Justiça. Isto em qualquer lugar. E a Guiné-Bissau conhece ainda alguma fragilidade nesse aspecto. Tenho perguntado aos parceiros bilaterais: O que é que pretendemos, afinal? Se pusermos muita pressão sobre as entidades, que têm mil e uma preocupações, para que julguem e prendam, isso será em benefício de quem? É preciso não confundir velocidade com precipitação. Temos de entender a situação de determinados países. Não se faz tudo de uma forma mecânica ou uniforme. Há situações concretas e é preciso entender isso. Aqueles que exercem pressões muitas vezes exercem-nas segundo um critério de geometria variável. Há violações em determinados países de que fingem não saber quando estão em causas os seus próprios interesses. Mas para outros casos há rigor. O problema para mim é saber se há vontade política das actuais autoridades.
 
E há?

Na minha perspectiva há. Querem resolver os problemas. Mas é preciso dar-lhes tempo, é preciso dar-lhes meios. Vamos apoiá-las. Falava-se muito do general [António] Indjai [chefe do Estado Maior e líder do golpe de 2012], [que] era o papão. Foi removido e está tranquilo! Não temos indicações de que haja efervescência por causa disso. Outras altas patentes estão a ser mudadas. Há uma dinâmica que se está a instalar, que devemos apoiar, em vez de estarmos sempre de pé atrás. Se tivermos essa posição não se fará nada. E é muito mais oneroso o custo da instabilidade do que os sacrifícios para manter a estabilidade.

Falou dos militares. A reforma do sector de defesa é sempre referida como a chave para a estabilização, o que exige meios. Parte dos meios garantidos na conferência de doadores de Bruxelas são para isso. O que está a ser feito?

Quando falo da reforma do sector da defesa e da segurança acrescento imediatamente a Justiça. Acho que as duas estão ligadas. Houve mudança das chefias. O chefe do Estado Maior foi removido. Há um pacote de sanções no plano internacional contra determinadas entidades e o Governo, de uma forma muito prudente, adoptou na substituição de altas patentes um critério de base – quem está sob sanção não é passível de promoção ou mesmo manutenção em certos casos. Houve um decreto já promulgado que contempla a criação de um fundo de pensões. É preciso atender às pessoas que saem, o que vão fazer. Há uma lista, fala-se em cerca de 500 nomes, os primeiros que irão para a reforma. Há passos que estão a ser dados. Em Bruxelas houve promessas de apoio para o fundo de pensões, sem o qual não se pode começar a fazer reforma. Há parceiros que têm estado a intervir na área da defesa e segurança. Há a CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental] que tem uma força na Guiné, que participa activamente na reforma do sector. Tudo isso está em marcha. Por isso é necessário que haja meios para suportar a reforma.
 
Desta vez a reforma está em marcha? Digo desta vez porque foi sendo anunciada ao longo dos anos.

O mote fundamental da mesa-redonda de Bruxelas era Terra Ranca, quer dizer que o país está a arrancar. Há esse sentimento. Se não houver fenómenos que perturbem a serenidade que se vive hoje, estou convencido de que estamos no bom caminho.
 
Há a imagem de marca negativa do narcotráfico que se colou à Guiné. Como está a ser encarado o problema?

Uma das narrativas ligadas à Guiné-Bissau é o narcotráfico. A Guiné nunca foi um narcoestado. Continua-se a falar em droga, droga, droga. É das tais coisas que têm vida longa.
 
Então como descreve a situação?

Neste momento não existem casos notórios, inquietantes, de tráfico. Há um ou outro mas não é o tal fenómeno de que se fala. Porquê? Há acções no plano interno mas também há uma sinergia regional e para além disso. Há uma acção conjugada. Assim como há uma cadeia do crime também há uma cadeia de combate ao crime. A Guiné-Bissau não é país de consumo, é de trânsito. O caso mais falado foi o do contra-almirante Bubo Na Tchuto, que foi preso, condenado e está a cumprir pena nos EUA. Tudo isso fez com que alguma rede que existia na Guiné tenha ficado fragilizada e hoje não se manifesta. Mas é preciso estar atento, continuar a desenvolver mecanismos de vigilância e repressão.
 
O que exige meios que o Estado não tem.

Ora! Estamos num ciclo vicioso. É preciso romper o ciclo. Não podemos dar garantias de que problemas com a droga não possam existir ou conhecer alguns picos. É necessário não baixar os braços, não diminuir a vigilância. E mais uma vez a Justiça é fundamental.

A missão das Nações Unidas na Guiné-Bissau data do final dos anos 90. Um dia chegará ao fim. Acha que esse dia está próximo ou ainda vem longe?

A vertente política desta missão tem um mandato que vai até Fevereiro de 2016. O que vai acontecer depois não lhe posso dizer. Esta missão, a UNIOGBIS, é uma missão integrada: tem uma vertente política, de apoio às reformas de que estivemos a falar, e uma vertente de desenvolvimento. Esta julgo que irá continuar. Agora a área política depende da evolução da situação.

Veio a Portugal para uma homenagem da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) aos antigos membros da Casa dos Estudantes do Império. Como foi a sua vivência desse tempo, em que medida contribuiu para a sua formação?

A Casa dos Estudantes do Império, onde estive de 1954 a 1960, foi projectada pelo regime para enquadramento e formatação das elites africanas, para depois executarem a política colonial. Mas muitas vezes o ‘tiro sai pela culatra’. E foi o caso. As situações de repressão nos nossos países, a luta das forças democráticas de Portugal, a evolução nos países vizinhos dos nossos, tudo fez com que em Lisboa começássemos a reflectir. Havia muita coisa que fazia trabalhar as nossas mentes. Tudo isso criou em nós o sentimento de que era preciso fazer alguma coisa. A política assimilacionista era um mito. A unidade da nação portuguesa era outro mito. Era necessário que as identidades nacionais pudessem exprimir-se, reforçar-se. [Criou-se] o sentimento de que a mudança teria de vir da luta pela independência.
 
Essa vivência continuou em Conacri, onde fomos quase todos parar. Costumo fazer uma ligação histórica entre tudo isso quando vejo as consequências da Casa dos Estudantes do Império. Criou-se a CONCP [Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas], em 1961, em Casablanca. Nessa organização, na direcção dos partidos, encontramos ex-estudantes da Casa. Mais tarde, os partidos da CONCP assumiram a liderança dos [novos] estados [africanos], com excepção de Moçambique. Estudantes da Casa estiveram nos movimentos de libertação e nas estruturas que se seguiram, a CONCP, os PALOP [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa] e a própria CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa]. Tudo isto tem uma raiz, que vem da Casa dos Estudantes do Império. Esse aspecto não é suficientemente posto em evidência mas para mim é fundamental.


Foto: Daniel Rocha

REI DE MARROCOS DIRIGE ORAÇÃO NA MESQUITA DE ATTADAMUM EM BISSAU

Bissau – No seu segundo dia de visita de trabalho à Guiné-Bissau, o soberano do Reino de Marrocos, Mohamed VI, vai dirigir dia 29 de Maio a tradicional oração muçulmana de sexta-feira na Mesquita de Attadamum, em Bissau no Bairro de Ajuda.
 
Depois da oração em Attadamum, o monarca marroquino segue em visita de trabalho para Hospital Nacional Simão Mendes em Bissau.

Na sua chegada a Bissau esta quinta-feira, Mohamed VI foi recebido no Aeroporto Internacional pelo Presidente da República José Mário Vaz que estava acompanhado pelo presidente da Assembleia Nacional Popular assim como pelo primeiro-ministro, Cipriano Cassamá e Domingos Simões Pereira, para além dos deputados, membros do Governo e corpo diplomático acreditado na Guiné-Bissau.

No princípio da tarde o reino de Marrocos assinou 16 acordos de cooperação com a Guiné-Bissau, com destaque para, entre outras áreas a pesca, agricultura, energia, justiça, segurança e educação.
Além destes acordos, o reino de Marrocos, através da Fundação Mohamed VI, ofereceu um lote de medicamento à Direcção-geral da Veterinária da Guiné-Bissau com vários medicamentos para tratamento e vacinas para bovinos, suínos e caprinos.

Apesar do intenso sol durante todo o dia não afastou milhares de pessoas que afluíram às ruas de Bissau para saudar e receber Rei Mohamed VI.

Foi neste sentido que o monarca foi obrigado a estar de pé numa viatura apropriada para este efeito e que o transportou, com Presidente da República, para o Palácio Presidencial, onde era aguardado na Praça dos Heróis Nacionais com multidão, tendo mais tarde subido ao último piso do palácio, sempre ao lado do chefe de Cstado guineense, para saudar a multidão entre os gritos e aplausos para o rei que terminará a visita ao país neste Sábado, 30 de Maio.

Devido aos repetidos golpes de estado, desde 1998 que um Chefe de Estado não pernoitava em Bissau durante uma visita de trabalho.
 
(c) PNN Portuguese News Network

NOVO PRESIDENTE DA NIGÉRIA VAI INTENSIFICAR CAMPANHA MILITAR CONTRA BOKO HARAM

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O novo presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, prometeu hoje intensificar a campanha militar contra o grupo radical islâmico Boko Haram, um dos "enormes desafios" que a Nigéria enfrenta, no seu discurso de tomada de posse.
 
"O Boko Haram é um grupo de gente louca e sem Deus, que está o mais longe do Islão que possamos imaginar", declarou Buhari, um muçulmano do norte da Nigéria, a zona do país onde mais se tem feito sentir a revolta dos fundamentalistas iniciada em 2009, com um balanço de mais de 15.000 mortos.
 
O novo chefe de Estado nigeriano disse que pretende instalar um novo centro de comando militar em Maiduguri (nordeste), reduto do grupo 'jihadista', considerando que "a vitória não pode ser conseguida a partir de um centro de comando em Abuja (centro)", a capital federal onde tomou posse.
 
A Nigéria enfrenta "desafios enormes", incluindo agitação generalizada e dificuldades económicas, afirmou, perante a multidão e os dignitários que assistiram à cerimónia.
 
"Vamos enfrentá-los com determinação, os nigerianos não vão lamentar terem-nos confiado esta responsabilidade", adiantou.
 
Buhari prometeu ainda fazer tudo o que for possível para resgatar os milhares de pessoas que se crê estarem reféns do Boko Haram, incluindo as 219 estudantes que os radicais levaram da cidade de Chibok em abril de 2014.
 
Classificou como "vergonha nacional" a produção de eletricidade na Nigéria, o maior produtor de petróleo de África, cujos habitantes enfrentam frequentes cortes de energia que podem durar dias e, por vezes, semanas.
 
"Não permitiremos que isto continue", disse o presidente nigeriano.
Eleito a 28 de março, Muhammadu Buhari, de 72 anos, substitui Goodluck Jonathan, sendo esta a primeira vez que um opositor vence um chefe de Estado cessante na primeira potência económica e país mais populoso de África.
 
Os presidentes da África do Sul e do Ruanda, Jacob Zuma e Paul Kagame, respetivamente, assim como o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius, assistiram à cerimónia.

PAL // JMR
Lusa/fim

PERSONALIDADES NACIONAIS OPINAM SOBRE A VISITA DO REI MOHAMED VI

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Na perspectiva da visita do rei Mohamed VI de Marrocos, O Democrata auscultou as opiniões de um historiador (Mário SissokO), de um político (Juliano Fernandes) e do Imame Bodjam. Na opinião das três individualidades, a visita do monarca ao nosso é importante e dela poderão resultar muitas vantagens caso as autoridades nacionais fizerem o trabalho de casa.
 
Mário SISSOKO: “AUTORIDADES GUINEENSES NÃO TÊM SABIDO TIRAR O PROVEITO DE MARROCOS”
 
O historiador guineense Mário Sissoko considera que a relação entre o povo guineense e o povo marroquino teve o seu início deste seculo XVII, concretamente no tempo do império marroquino “Grande Mauritânia”.

Sissoko explicou ainda a O Democrata que a amizade existente entre esses dois povos não ficou só confinado ao período do império, mas também houve forte apoio por parte das autoridades marroquinas e, sobretudo do Rei Mohammed V à luta pela Independência da Guiné-Bissau.
Revelou por outro lado que a ajuda deste país africano não era apenas em armamentos militares, mas também houve apoio político e até financeiro ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-verde.

“O apoio de Marrocos à Guiné-Bissau deve-se ao compromisso moral assumido pelo falecido Rei Mohammed V que era um pan-africanista comprometido, por isso os seus sucessores tem feito ao longo destes tempos esforços para salvaguardar a relação criada pelo Rei Mohammed V para com o PAIGC”, explicou.
 
Na visão do historiador, as autoridades guineenses não têm sabido tirar o proveito das relações históricas para o bem-estar de país, sobretudo, para aproveitar o investimento dos empresários marroquinos em diferentes áreas na Guiné-Bissau.

 Lembrou, no entanto, que houve duas tentativas de pôr em causa a relação de amizade entre o PAIGC e as autoridades marroquinas. Explicou ainda que o próprio Amílcar Cabral decidiu aproximar os partidos e movimentos ideologicamente comunistas que punham em causa o sistema monárquico.
 
“Essa decisão de Cabral não era bem vista pelo Rei Mohammed V, portanto isso teve como consequência a saída de Amílcar de Marrocos, onde vivia com ajuda financeira do Rei. Foi assim que o Amílcar saiu de Marrocos para a Guinée-Conacri. A segunda decisão mal tomada, foi precisamente após a independência quando o regime liderado por Luís Cabral reconheceu e permitiu a abertura no país de um escritório da Frente para Libertação de Sara Ocidental”, contou o historiador, que entretanto, avançou ainda que mesmo com todas essas “traições” o reino do Marrocos continua a estar ao lodo do povo e do Estado da Guiné-Bissau.
 
Indagado sobre o que se deve fazer para fortificar mais a relação entre o povo marroquino e o povo guineense, Sissoco disse que para a manutenção da cooperação histórica entre os dois países é preciso o respeito pela relação que no seu entender, passa necessariamente pelo estudo da história de amizade entre os nossos povos pelos políticos.
 
Juliano Fernandes: MARROCOS FOI UM PARCEIRO IMPORTANTE DURANTE A LUTA PELA INDEPENDÊNCIA

 O Secretario Geral do Partido Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU – PDGB), Juliano Fernandes, afirmou que a visita do Rei Mohammed VI não pode ficar restrita só a parte formal, mas deve ser feito um bom trabalho de casa para que o país possa tirar vantagens quer para sector económico, quer o político e quer para sector cultural.
 
Juliano Fernandes considera que é de aplaudir a decisão tomada pelas autoridades nacionais, uma vez que Marrocos constitui uma potência económica em África, para além disso, Marrocos foi um parceiro importante durante a luta pela independência.

 O político diz ter muita reserva se tem havido, efectivamente, um trabalho de rigor por parte das autoridades. No entanto, Lembrou que na mesa redonda de Bruxelas, Marrocos não fez qualquer tipo de anúncio de apoio financeiro, dai considerar que é importante que a visita seja bem preparada com vista a obtenção de maiores ganhos para a sociedade.
 
Apesar da reserva que tem em relação a preparação da visita da sua Majestade, Juliano Fernandes mostra-se confiante que haverá algum resultado de bom para o povo da Guiné-Bissau.
 
O Secretário-geral de APU – PDGB, disse estar ciente que volumes de acordos de cooperação poderão ser assinados entre as partes. Todavia, sustentou que as partes devem trabalhar na criação das condições para efectivação na prática dos acordos que serão rubricados no âmbito da visita do Rei Mohammed VI. Acrescentou neste particular que “é chegada a hora para que haja um entendimento entre os principais responsáveis dos órgãos de soberania”.
 
O político diz esperar que o clima de resfriamento da relação entre o Presidente da República e o Chefe do Governo não venha a afectar os resultados pôs visita do monarca marroquino.

 Juliano Fernandes afirmou que poderá haver uma rotura no país caso a situação de mal-estar no seio dos responsáveis dos órgãos de soberania não seja ultrapassada. Sublinhou que o seu partido está disponível para trabalhar para que seja encontrada a paz, bem como o entendimento entre os titulares dos órgãos da soberania.
 
IMAME BODJAM: “PODEREMOS BENEFICIAR DE BOLSA DE FORMAÇÃO DE IMAMES EM MARROCOS”

O Imame principal da Mesquita de Attadamun, Aliu Bodjam, disse a O Democrata que a comunidade muçulmana guineense poderá beneficiar de muitas coisas com a visita do Rei Mohammed VI à Guiné-Bissau, sobretudo no que concerne a formação dos imames (padres) no reino de Marrocos.
 
Acrescentou ainda que anualmente o reino de Marrocos oferece uma bolsa de formação aos imames para os países da África Ocidental, mas que não se lembra se o país chegou a beneficiar desta bolsa, pelo que e de acordo com informações que dispõe, é possível que o país venha a beneficiar da bolsa de formação dos imames depois da visita do rei à Guiné-Bissau.
 
“Também podemos beneficiar de uma formação realizada em Marrocos no período de ramadão. Oferece-se uma ou duas bolsas para cada país da África, para a formação em matéria do ensino corânico durante o mês de ramadão”, explicou o imame.

 Indagado se convidaria o Rei Mohammed VI para dirigir a reza de sexta-feira, o imame da Mesquita Attadamun, Aliu Bodjam disse que seria um prazer e honra para ele convidar o emir (Chefe religioso) de Marrocos, Mohammed VI para dirigir a reza de sexta-feira na sua mesquita.
 
“Se Sua magestade estiver disponível para dirigir a reza de sexta-feira, seria bem-vindo. E para nós seria uma grande coisa rezar ao lado da sua magistade. Se ele não estiver disponível e se vier a escolher qualquer outra pessoa da sua delegação, portanto isso também não tem problema nenhum”, contou.
 
O imame assegurou neste particular que a população guineense, em particular, os citadinos de Bissau devem sair à rua em massa para receber a sua magistade, Mohammed VI. Sustentou ainda que a população guineense em geral deve aproveitar a ocasião para mostrar ao mundo que os “guineenses são unidos e que a Guiné-Bissau é um país que conseguiu encontrar o caminho de paz e da estabilidade”.
 
“O Rei deve sentir que está na segunda pátria e por isso devemos organizarmo-nos muito bem para a sua recepção. Todo o país deve se juntar, sobretudo as autoridades devem diligenciar na criação das condições necessárias para a receber o Rei Mohammed VI, porque é o nosso país que tem a ganhar com a sua visita através de assinatura de acordos de cooperação e apoios em diferentes sectores”, assinalou.

 
Por: Tiano Badjana

MUHAMMADU BUHARI TORNA-SE ESTA SEXTA-FEIRA PR DA NIGÉRIA

Un portrait du nouveau président nigérian, Mohammadu Buhari, à Abuja le 28 mai 2015. , Le processus de passation de pouvoirs entre le président sortant du Nigeria, Goodluck Jonathan, 
Muhammadu Buhari, Presidente eleito da Nigéria, toma posse esta sexta-feira, numa cerimónia que se espera longa e replete de «pompa e circunstância».
 
Mas Buhari tem uma tarefa árdua pela frente. Desde logo, toma posse na ressaca de uma crise de combustível que paralisou a economia nacional durante dias. Apesar de ser o maior produtor africano de petróleo, a Nigéria não tem capacidade para refinar, e por isso importa os derivados.
 
O governo subsidia o preço, mas, devido a uma dívida aos empresários da área, o país ficou privado de combustível. Por outro lado, há a inevitável questão do Boko Haram. Mais de um milhão de pessoas fugiram do nordeste do país para evitar cair nas mãos do grupo, que continua a colocar em perigo a região.
 
Estas questões fazem parte das prioridades que Buhari enumerou logo após ganhar as eleições, em março, e que incluem ainda combater a corrupção e o desemprego. O ex-governante militar tem, claro, milhares de opositores. Por outro lado, os seus apoiantes acreditam que os próximos quatro anos serão de melhorias na maior economia africana. E, pelo menos em teoria, não faltam a Buhari ferramentas para concretizar a sua agenda – desde logo porque o seu partido controla o parlamento e a maioria dos estados do país. Mas o poder político está nas mãos indivíduos, acima de tudo, e Buhari deverá entrar em concertação com todos se pretende cumprir as suas promessas.
 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Visita histórica: REI MOHAMMED VI DE MARROCOS ESTÁ EM BISSAU PARA UMA VISITA DE 72HORAS

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O Rei Mohamed VI de Marrocos chegou esta quinta-feira, 28 de Maio, a cidade de Bissau para uma visita de três dias. O avião do monarca marroquino aterrou no aeroporto internacional Osvaldo Vieira por volta das 14 horas e 35 minutos, proveniente da cidade de Dakar (Senegal) onde se encontrava de visita no quadro de um périplo por alguns países africanos, designadamente a Costa de Marfim, Senegal, Guiné-Bissau e Gabão.
 
Mohamed VI que se fez acompanhar de uma importante delegação de membros do seu governo e de grupos de empresários de diferentes sectores, pisou o solo pátrio de Amílcar Cabral, por volta das 14 horas e 47 minutos, onde foi recebido por Chefe de Estado da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, que igualmente foi acompanhado pelo presidente de Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassama e por primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira para receber o monarca na pista de avião.
 
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A chegada do Rei Mohammed VI foi testemunhada pelos membros do Governo da Guiné-Bissau, chefias militares, corpos diplomáticos acreditados no país, chefes religiosos e tradicionais que também marcaram a presença para desejar a boa vinda ao monarca.
 
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 POPULARES DE BISSAU SAIRAM A RUA PARA SAUDAR O MONARCA MARROQUINO
A população guineense em particular os citadinos de Bissau saíram a rua para desejar boas vindas ao Rei Mohammed VI. Durante o percurso de aeroporto para o Palácio da República, pode-se ouvir os gritos dos populares que diziam: “Viva o Rei, Viva Presidente JOMAV”.

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Por: redação
fotos: Marcelo Na Ritche
 

NIGERIANO AKINWUMI ADESINA ELEITO NOVO PRESIDENTE DO BANCO AFRICANO DE DESENVOLVIMENTO

O nigeriano Akinwumi Adesina(Foto) foi hoje eleito presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) durante a 50.ª edição das reuniões anuais do banco que decorre em Abidjan, Costa do Marfim.
 
Akinwumi Adesina, atual ministro da Agricultura da Nigéria, venceu na sexta e última ronda de votações o chadiano Bedoumra Kordjé e a cabo-verdiana Cristina Duarte, noticiou a agência France Presse. 
 
O candidato nigeriano obteve 58,10% dos votos, enquanto Bedoumra Kordje, segundo mais votado alcançou 31,62% e Cristina Duarte ficou-se pelos 10,27%.
 
Akinwumi Adesina sucede no cargo ao ruandês Donald Kaberuka, que ocupava a presidência do BAD desde 01 de setembro de 2005.
 
A 50.ª edição das Reuniões Anuais do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) termina na sexta-feira.

EL // JMR
Lusa/Fim
 

PARLAMENTO GUINEENSE VAI ERIGIR ESTÁTUA AO FALECIDO PRESIDENTE "NINO" VIEIRA

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Só vão erigir a estátua do Nino Vieira? e os outros(Pansau Na Isna, Paulo Correia, Viriato Pã, Joaquim Mantam Biague, Domingos Ramos, etc..)?
 
O Parlamento guineense vai erigir uma estátua em memória do falecido Presidente do país João Bernardo "Nino" Vieira na sua qualidade de primeiro líder da instituição, foi hoje anunciado em comunicado.
 
De acordo com uma resolução aprovada por unanimidade na terça-feira em sessão plenária do Parlamento guineense, a que Lusa teve hoje acesso, a estátua de "Nino" Vieira será erigida em frente à sede do hemiciclo em Bissau, em data a anunciar.
 
Cuba já se prontificou a erguer a estátua, que será de corpo inteiro, assim que o Governo acolher a decisão tomada pelos deputados.
 
O Parlamento "vai propor ao Governo a atribuição do título de herói nacional e a construção de uma estátua de corpo inteiro em memória de João Bernardo Vieira enquanto primeiro presidente da Assembleia Nacional Popular", lê-se na resolução.
 
No mesmo documento, os parlamentares aprovaram recomendar ao Governo que os "restos mortais" de "Nino" Vieira fossem transladados do cemitério municipal de Bissau para a Fortaleza de Amura, lugar onde repousam os corpos de outras figuras do país, nomeadamente Amílcar Cabral, "pai" da independência, e o ex-Presidente Kumba Ialá, entre outros.
 
"A homenagem ao Presidente "Nino" Vieira perfila-se na linha de um processo de reconhecimento formal de figuras históricas e da reconstituição da memória coletiva do nosso povo", assinala-se ainda no documento.
 
Para os deputados, "Nino" Vieira teve um papel preponderante na luta armada pela independência da Guiné-Bissau, e mais tarde na abertura política do país ao pluralismo democrático, factos que devem ser preservados e transmitidos às novas gerações.
 
Até agora, apenas Amílcar Cabral tem uma estátua em corpo inteiro erigida junto ao aeroporto internacional de Bissau.

MB // VM
Lusa/Fim

GUINÉ-BISSAU: GOVERNO PROÍBE VENDA DE COMBUSTÍVEL NOS RESERVATÓRIOS SITUADOS SOB EDIFÍCIOS

 

Bissau - O Governo da Guiné-Bissau anunciou a proibição, em todo o território nacional, da venda de combustível nos postos de abastecimento em forma de reservatórios ou depósitos de armazenamento, localizados sob edifícios na via pública e em contentores.
 
A medida consta de um despacho do ministro da Energia e Indústria, Florentino Mendes Pereira, datado de 25 de Maio, que a PNN consultou.
Com a entrada em vigor dentro de sete meses, ou seja, a partir da primeira quinzena de Janeiro de 2016, o documento informa que os postos de abastecimento em causa, para serem autorizados, deverão estar ajustados às exigências apreciadas caso a caso, mediante a necessidade de realizar obras e adaptações, de forma a conseguir uma maior adesão às novas regras do sector da Energia.

«Ordenar com o efeito a partir da primeira quinzena do mês de Janeiro do ano de 2016, a remoção completa dos postos de abastecimento de combustível em todo território nacional que pelas suas características não se adaptam às normas de segurança», lê-se no documento.

De salientar que na Guiné-Bissau, em particular na capital, são vários os postos de abastecimento de combustível improvisados, que não oferecem garantias mínimas de segurança tanto para os seus utentes como para a população em geral.
 
(c) PNN Portuguese News Network

FEIRA AGRÍCOLA: EDIÇÄO 2015 VAI SER ABERTA SEXTA-FEIRA EM BAFATÁ

Bissau, 28 Mai 15 (ANG) - A Feira Agricola/2015 vai ser aberta sexta-feira em Bafata, no Leste da Guiné-Bissau, anunciou quarta-feira uma fonte do Ministerio da Agricultura e Desenvolvimento Rural.
 
Segundo Hipólito Djata, chefe de gabinete do ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural nesse mesmo dia o governo procedera a abertura do ano agricola .
 
Djata adiantou que a feira vai ajudar a promover os produtos agrícolas guineenses no mercado regional e servirá também para demonstração de novas tecnologias usadas pelos agricultores para melhorar os rendimentos no campo.
 
Hipólito Djata disse também que o governo vai aproveitar este certame para levar a cabo acções de sensibilização junto de criadores de gado no sentido de aumentarem as respectivas manadas, assunto que será o tema central da campanha agrícola deste ano.
 
A feira agricola é organizada anualmente  pelo governo  e nela säo  expostos vários produtos agrícolas produzidos no país e geralmente adquiridos por comerciantes que os revendem em mercados dos paises vizinhos.
 
ANG/FGS/JAM/SG

PJ DETEVE DOIS CIDADÃOS CHINESES COM PASSAPORTES DE SERVIÇO DA GUINÉ-BISSAU

Inauguração da sede da Polícia Judiciária em Bissau.

Dois cidadãos chineses foram detidos com passaportes do serviço da Guiné-Bissau na passada terça-feira, 26 de Maio, pela Polícia Judiciária junto do posto fronteiriço de São Domingos, concretamente em Djegui, (região de Cacheu) no norte do país.

Os dois cidadãos chineses vinham do Senegal quando foram abordados pelos agentes dos Serviços de Migração e Fronteiras e apresentaram passaportes de serviço da Guiné-Bissau. O Jornal O Democrata apurou que os agentes da PJ encontravam-se na zona fronteiriça no âmbito de uma investigação sobre a falsificação de passaportes.

Os agentes da PJ seguiram e detiveram os dois cidadãos chineses por porte ilegal de passaportes de serviço da Guiné-Bissau. Os dois cidadãos chineses se encontram detidos nas instalações da PJ em Bissau, onde aguardam a legalização da prisão preventiva da parte do Ministério Público.

Por: Redacção

REGRESSO DI DJUKU DI BANDÉ

Fonte: Doka Internacional Denunciante

O dito-cujo que usa "súmbia" da Feira da Ladra falou do seu regresso a Bissau a Rádio Deutsch Welle, uma notícia publicada, ontem, dia 27,  no PÁGINA GLOBAL

A notícia publicada misturou alho com bugalho. Como se uma coisa tivesse a ver com a outra. Diz assim: "O representante da ONU na Guiné-Bissau está confiante na reforma das Forças Armadas em curso. Só quando estiver garantida a sua segurança é que o ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior pensa regressar ao país." Credi! Mas o que é que o processo de apetrechamento das nossas forças de defesa e segurança tem a ver com o regresso do antigo furriel da tropa colonial portuguesa a Guiné-Bissau, Cadogo Jr.? 


Não posso acreditar que o actual representante das Nações Unidas em Bissau, Miguel Trovoada, estivesse a engendrar o regresso daquela eterno candidato à presidência da República da Guiné-Bissau. Pensa pôr o nosso Presidente JOMAV aonde, em Calequisse? Nós não estamos a dormir! Se porventura, essa conspiração se confirmar, garanto-vos que o Estado da Guiné-Bissau não hesitará, a qualquer altura,  em aplicar o artigo 9 da Convenção de Viena, declarando-o, sem necessidade de justificação, "persona non grata".  

 Djuku di Bandé, furriel dos tugas, respondeu a Deutsch Welle, dizendo"A responsabilidade da comunidade internacional não passa somente pelas eleições. As Nações Unidas têm de assumir a sua responsabilidade. Uma delas é a segurança e a estabilidade dentro do país". Ai, cuidado o dito-cujo não bate bem da bola! Bruxo, ele! Vaticina perca da nossa soberania? Outro palhaço! A dada altura da sua entrevista disse: "Enquanto não se completar a reforma no sector da defesa e segurança para que tenhamos umas Forças Armadas republicanas, que devam obediência ao poder político, nada está feito." O Cadogo Jr., funciona como aqueles maridos quando acaba o casamento dizem que a ex-mulher não presta. Com a reforma no sector da defesa e segurança concluída, nessa altura, nem ele ou gente como ele, poderá mandar naquele país, porque ele próprio pertence e foi actor no período do "nada feito". Cadogo Jr., furriel dos tugas, também participou na barafunda e tirou proveito e bem da desordem no nosso país.
 
Son na boka, conversa para boi dormir, lero-lero, desculpas esfarrapadas, "cock-and-bull story"...

CÔTE D'IVOIRE: PRÓXIMO GOVERNADOR DO BAD É ANUNCIADO HOJE

8 candidats pour la presidence de la BAD. De gauche à droite et de haut en bas : Jalloul Ayed, Tunisie; Birama Boubacar Sidibé, Mali; Samura Kamara, Sierra Leone; Cristina Duarte, Cap Vert; Bedoumra Kordjé, Tchad; Zondo Thomassakala, Zimbabwe; Akinwumi Adesina, Nigeria; Ato Soufian Ahmed, Ethiopie | 27avril.com
Fotos de Oito candidatos à presidência do BAD
 
O próximo governador do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) é hoje anunciado em Abidjan, e entre as oito candidaturas figura a da ministra das Finanças e do Planeamento cabo-verdiana, Cristina Duarte.

À sucessão do rwandês Donald Kaberuka, que termina o segundo e último mandato de cinco anos, concorrem oito candidatos, numa eleição que encerrará as festividades do 50.º aniversário da criação do BAD, e que conta com a presença, em Abidjan, o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves.
 
Cristina Duarte, ministra das Finanças desde 2006, reivindica ter "experiência" sobre questões económicas africanas e mundiais e realçou que, pela primeira vez, haverá uma mulher a concorrer a um cargo que nunca foi ocupado por um quadro lusófono nem de um país insular.
 
A candidata cabo-verdiana vai enfrentar Birama Boubacar Sidibé (vice-presidente do Mali), Jalloul Ayed (Tunísia, presidente da Confederação MED), Bedoumra Kordje (ministro das Finanças do Chade), os quatro candidatos considerados com maior potencial para suceder a Kaberuka, tal como tem insistido a imprensa económica internacional.
 
Os outros candidatos são Akinwumi Adesina, (Ministro da Agricultura da Nigéria), Samura Kamara (ministro dos Negócios Estrangeiros da Serra Leoa), Thomas Sakala (Zimbabué, antigo vice-presidente do BAD para os Programas Nacionais e Regionais) e Sufian Ahmed (ministro das Finanças da Etiópia). Fonte: Aqui

EX-MINISTRO BRASILEIRO CONSIDERA AJUDA A GUINÉ-BISSAU «GRANDE RESPONSABILIDADE»

O embaixador brasileiro e ex-ministro brasileiro das Relações Exteriores e da Defesa Celso Amorim afirmou na terça-feira à noite que a grande responsabilidade do Brasil em África é a ajuda à Guiné-Bissau.
 
«O Brasil tem uma grande responsabilidade hoje, em minha opinião, se tivesse que singularizar uma, na África, [que é a] Guiné-Bissau. O Brasil tem de ajudar a Guiné-Bissau a se reerguer e a resolver os problemas», disse Amorim aos jornalistas, após uma conferência sobre as relações Brasil-África, promovida pelo Instituto Lula.
 
Amorim opinou que seria uma vergonha para o Brasil nada fazer perante eventuais problemas, como a existência de grupos extremistas ou uma epidemia de Ébola, atingirem o país. «Deus nos livre de esse problema, do Boko Haram, ou de o problema do ébola chegarem à Guiné-Bissau e o Brasil não fazer nada. Vai ser uma vergonha, porque o país não vai conseguir sobreviver», disse.
 
Questionado sobre um possível papel do Brasil como mediador para África, o ex-ministro realçou que, no caso do Boko Haram, não acredita que o país «tenha necessariamente algo para ensinar à Nigéria», mas que, caso a Nigéria solicite, o Brasil deve ajudar.
 
Celso Amorim, conhecido por promover uma política externa de aproximação entre Brasil e África durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, negou-se a comentar a atual gestão da política externa brasileira, e, após ser abordado a esse respeito, não se pronunciou sobre um eventual retrocesso nesse relacionamento com os países africanos. Fonte: Aqui

Leia também: Rei de Marrocos inicia hoje visita oficial à Guiné-Bissau

quarta-feira, 27 de maio de 2015

REFORMA DAS FORÇAS ARMADAS GUINEENSES SERÁ “PROVA DE MATURIDADE”


ovídio pequeno i tené boka suma roda de carro, Miguel Trovoada i mole boka suma badadje. Bô ba ta cria só complô, i ka na  sedu bô trás
 
Miguel Trovoada, não é representante da ONU na Guiné-Bissau, mas sim um representante da corja mafiosa da CPLP, um bando de criminosos que quer a todo o custo ter um criminoso(Cadogo) no poder. O  Cagado Júnior, sendo guineense, pode e deve   regressar a sua terra natal, porém,  deve levar  na bagagem um caixão, porque será linchado publicamente pelos crimes hediondos que cometeu durante o seu consulado sangrento.
 
Os disfarçados  representantes da CPLP com camisolas da ONU e UA respetivamente, devem ser considerados personas non gratas, visto que as suas intervenções e ações podem perigar a paz e estabilidade do nosso país.
 
A obsessão de desmantelar as nossas FARP(única instituição que ainda defende a soberania), tem um único propósito, que é de colocar um tosco no poder e controlar as nossas riquezas.
 
Porque é que esses bandidos não se falam das reformas em Angola e Moçambique?
 
Que eu saiba, em angola, são  os generais que controlam a riqueza do país, ou seja, são os mais ricos e o povo na miséria, matam quando lhes apetece e os ditos representantes acima referidos ficam quietos, não se pronunciam, o caso mais gritante foi o de Kalupeteka, onde centenas foram mortos e a CPLP ficou muda. A mesma postura foi adotada aquando dos violentos confrontos entre a renamo e as tropas de moçambique. Para terminar, podem ter a certeza de uma coisa, jamais conseguirão desmantelar as nossas FARP porque não permitiremos. Bandidos!
 
 
O representante da ONU na Guiné-Bissau está confiante na reforma das Forças Armadas em curso. Só quando estiver garantida a sua segurança é que o ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior pensa regressar ao país.
 
A Guiné-Bissau tem de dar provas da sua maturidade depois do sucesso da mesa redonda dos doadores e parceiros de desenvolvimento, que teve lugar em Bruxelas a 25 de março. Para o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas em Bissau, Miguel Trovoada, o país da África Ocidental ainda enfrenta vários desafios, depois do longo ciclo de instabilidade política e militar encerrado com o restabelecimento da normalidade constitucional.
 
"A reforma das Forças Armadas era um imperativo absolutamente prioritário", diz.
 
O antigo Presidente são-tomense ao serviço de Ban Ki-moon está confiante em relação à nova postura das Forças Armadas, que, numa democracia, devem estar submetidas ao poder político. "Já há projetos que estão em curso. Há várias questões que se prendem com esta reforma: o fundo especial de pensões, a reabilitação das instalações, a formação dos militares e a reconversão daqueles que vão deixar as fileiras das Forças Armadas. Há toda uma série de problemas que estão a ser contemplados no quadro da reforma que está em marcha."
 
A reforma impõe-se ao nível de todo o aparelho do Estado, incluindo o setor da Justiça, cabendo à Assembleia Nacional um papel determinante, por ser o órgão que detém o poder legislativo, adianta Miguel Trovoada em entrevista à DW África em Lisboa.
 
Regresso de "Cadogo" só em segurança
 
Também de passagem pela capital portuguesa, o ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, considera imperiosa a reforma das estruturas de defesa e segurança para o seu desejado regresso ao país, ainda sem data definida.
 
"Em nome da paz e estabilidade, estou a aguardar melhores dias e melhores oportunidades", afirma.
"Cadogo" pede um maior empenho da comunidade internacional, depois de ter sido afastado do poder com o golpe de Estado de 12 de abril de 2012.
"A responsabilidade da comunidade internacional não passa somente pelas eleições. As Nações Unidas têm de assumir a sua responsabilidade. Uma delas é a segurança e a estabilidade dentro do país", diz Carlos Gomes Júnior. "Enquanto não se completar a reforma no setor da defesa e segurança para que tenhamos umas Forças Armadas republicanas, que devam obediência ao poder político, nada está feito."
 
O representante da ONU na Guiné-Bissau sublinha, porém, que essa responsabilidade é fundamentalmente dos dirigentes do país. Trovoada diz que são eles que "têm a legitimidade de velar pela estabilidade e segurança de todos aqueles que lá habitam".
 
"As Nações Unidas estão lá e têm um mandato muito específico. Elas devem alinhar a sua ação em função das prioridades do país. Obviamente, se houver situações conturbadas, as Nações Unidas procurarão, no plano da comunidade internacional, também com os parceiros bilaterais, encontrar a melhor forma de apoiar para que a calma e a estabilidade se possam manter."
 
A missão política das Nações Unidas em Bissau, com mandato até finais de fevereiro de 2016, espera deixar o país num perfeito clima de estabilidade, reservando depois às respetivas agências o papel de impulsionar o desenvolvimento social e económico para o regular funcionamento das instituições.
João Carlos (Lisboa) – Deutsche Welle