segunda-feira, 29 de novembro de 2021

 A RESERVA MORAL DA NAÇÃO GUINEENSE

Haverá, com certeza, várias definições sobre o conceito de “Reserva moral” numa sociedade, mas eu assumo o que é definido como sectores (instituições) ou figuras (pessoas) que se constituem em depositários da interpretação do que é bom ou mau, portanto, atuando como oráculos éticos e referências sobre o que se deve ou não fazer.

Partindo-se, portanto, desta premissa, e aplicando-a a nossa realidade social, entendo que o nosso regime político constitucional, convida a todos os cidadãos guineenses a salvaguardarem a função de Presidente da República como última “Reserva moral” da nação.

Por esta razão, a figura e o lugar de Presidente da República, seja ele qual for, não pode ser trivializado ou teatralizado por um único cidadão que seja, a começar pelo próprio Presidente da República. 

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

 PÃO, PÃO, QUEIJO, QUEIJO!




Meio século de total desgovernação deixou, de facto, o nosso país de cócoras. O país não pode apenas focalizar-se na defesa militar do território. Porque a "defesa territorial" militar, pressupões, também, a "defesa" de todos os limites nacionais (teóricos e práticos), sejam eles, culturais, comerciais, desportivas, económicas, políticas, etc.

No âmbito económico, precisamos de robustecer financeiramente os nossos agentes, para que possam - a par da "defesa militar" – contribuir na proteção e defesa do nosso mercado, face às tentações hegemónicas estrangeiras no nosso país.

Como é possível que sejam os estrangeiros (nanias) a controlar o negócio da farinha de trigo e venda de pão no mercado guineense?

Bem sabemos que não se pode fazer milagres, mas o governo precisa de arregaças as mangas em vários sectores da nossa economia, para que possamos ser verdadeiramente independentes.

Até quando vamos continuar a comer o pão que o Diabo amassou? 

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

CMB: LARÁPIOS DE LUÍS INTCHAMA EM AÇÃO? 


A equipa do actual Presidente da CMB, Luís Ntchama, que nós elogiamos, há dias, aqui neste blogue, continua a extorquir dinheiro aos moradores dos bairros populares da capital, através de falsos “avisos de taxa de ocupação” assinados por um tal Samuel J. Sá.

 A demanda não tem nenhum enquadramento administrativo e oficial. Os larápios de Luís Intchama visam apenas às casas junto a estrada, com estabelecimentos comerciais fixos, tentando confundir e intimidar os moradores com a cobranças absurdas de “taxas de licença comercial” e “taxa de ocupação”. Duas ordens, portanto, que nunca se influenciaram na Guiné-Bissau.

Atenção: vamos correr com estes gatunos senão, qualquer dia não poderemos arrendar nem anexos nas nossas humildes e precárias habitações.

terça-feira, 2 de novembro de 2021

 

SISTEMA DE GOVERNO: SEMIPRESIDENCIALISMO OU PRESIDENCIALLISMO?

“Cada cabeça sua sentença”. Creio que não vamos aproveitar esta alteridade de pontos de vista para agravar ainda mais as nossas divergências. 

Até porque alterando ou não a constituição da República, a vida do povo continua a correr o seu curso normal e natural. O povo guineense nunca beneficiou com propaladas  imaginações teóricas. Afinal das contas é preciso saber distinguir mudança de regime político (Mudança Constitucional) e Revisão Constitucional. Nesta matéria, portanto, não adianta misturar "alho com bugalho". São dois processos radicalmente distintos.

Há quem acredite que o sistema presidencialista - não tendo vivido nunca nele - serve melhor os nossos interesses, porque nós somos aprendizes da democracia que já praticamos há mais de vinte e cinco anos. Os partidários do “presidencialismo” dizem, ainda, que “… ter um governo que não tem a mesma cor que o presidente é sinónimo de conflito.” 


Contrariamente, os adeptos do  semipresidencialismo, advogam que a questão da “cor partidária” do presidente, está desde logo salvaguardada pelo próprio sistema em si, na medida em que a questão de "conflito" que os apoiantes do presidencialismo alegam, tenha mais a ver com o carácter pessoal (personalidade) dos líder políticos que temos, e com a definição clara, no texto da própria constituição, das atribuições do chefe de Estado, que inevitavelmente deveria ser presidente de todos os guineenses, tendo em conta as nossas fragmentações culturais ou étnicas.

Atenção: quando nós lutávamos pela nossa soberania dando nosso sangue suor e lágrimas, alguns povos da África que juntamos, cantavam e dançavam.  

Aviso sério: por mais unidos que estejamos por uma causa, não adianta "forçar a barra" para a mudança do regime político, neste momento. Está na cara que o povo não está afim.