quarta-feira, 25 de junho de 2025

 

O CASO TCHERNINHO




Na Guiné-Bissau de hoje, a linha entre o poder político e a criminalidade institucionalizada tornou-se irreconhecível. O recente “caso Tcherninho”, tratado com frieza e cinismo pelo Presidente da República, não é um simples episódio disciplinar, como nos querem fazer crer. É, na verdade, a exposição pública da podridão interna de um regime que construiu o seu poder à margem da Constituição, das Forças Armadas e da legalidade republicana.

Tcherninho – também conhecido como Tcherno Bari – nunca foi militar de formação. Foi um técnico ajudante, aprendiz do reputado Zé Bissau, especialista em ar condicionado e de aparelhos electrónicos. Começou por limpar e encher os aparelhos com gás nas residências de Úmaro Sissoco Embaló. Deste relacionamento quase doméstico nasceu uma confiança pessoal que catapultaria Tcherninho da condição de limpador de aparelhos de ar-condicionados para chefe de uma força de segurança privada e extraconstitucional do Presidente da República.

Durante a antepenúltima campanha presidencial, Tcherninho integrou o núcleo duro da caravana eleitoral de Embaló. Usando o seu acesso privilegiado e capitalizando a ausência de escrutínio, organizou entre jovens acompanhantes, militantes do MADEM-G15 e “lumpens” urbanos, um grupo de segurança improvisado. Foi o embrião de uma milícia presidencial cuja existência passaria despercebida ao país — mas não ao círculo restrito do poder.

Após a vitória de Embaló, essa força informal ganhou corpo. Jovens provenientes das chamadas “bancadas” — grupos urbanos vulneráveis — foram recrutados e enviados para formações paramilitares em países como Senegal, Nigéria, Gana, Congo-Brazzaville, Venezuela, Rússia, Cuba e até Israel, onde operava um especialista identificado como Dudik Hazam (“David”). Em Bissau, os quintais do Palácio da República tornaram-se, sob a proteção de Tcherninho e os comandos de Embaló, um verdadeiro centro de instrução paramilitar.

A esta força foram atribuídas missões de repressão política e terror de Estado: raptos, espancamentos, vigilância de opositores e operações de intimidação. Sem base legal, sem estatuto formal e fora do controlo das Forças Armadas, esta milícia presidencial tornou-se o braço armado de uma autocracia que governa pela força, pela chantagem e pelo medo. 

Do narcoestado ao choque de gangues

Mas como em todo império erguido sobre a lealdade cega e o dinheiro sujo, chegou a hora da rutura interna. Com o crescimento exponencial das redes de tráfico de droga e os milhões que começaram a circular no submundo do poder, os aliados transformaram-se em concorrentes.

Tcherninho, sob orientação direta do israelita David, começou a demonstrar ambições próprias. Exigia maior controlo, autonomia operacional e parte dos lucros. Embaló, mais experiente e com mais tentáculos no aparelho do Estado, fingiu não ver, mas preparava o contra-ataque. Quando decidiu que Tcherninho se tornara um problema, acionou a máquina da repressão — não contra um desertor militar, como cinicamente declarou, mas contra o ex-braço direito que sabia demais. 

O Presidente apresentou o caso como um “assunto disciplinar”.

* Mas como pode alguém que nunca pertenceu formalmente às Forças Armadas ser acusado de deserção militar?

* Que regulamento disciplinar se aplica a uma milícia presidencial informal criada nas traseiras do Palácio da República?

* Onde estão os decretos que instituíram tal força?

* Onde está o controlo do Parlamento, do Ministério da Defesa, da Justiça, da sociedade civil? 

O verdadeiro problema: o Estado guineense já não existe

A realidade nua e crua é que a Guiné-Bissau está hoje sem Estado funcional. Não há Parlamento legítimo. O Supremo Tribunal está capturado. As Forças Armadas foram neutralizadas. E o poder real está nas mãos de milícias, mercenários estrangeiros, e redes de narcodinheiro que financiam um regime pessoalista e repressivo.

O caso Tcherninho não é uma exceção — é a regra do regime sissoquiano. Um sistema que promove e despromove com base na lealdade pessoal e no silêncio cúmplice. Onde os fiéis são elevados ao estatuto de “bestiais”, e os que se tornam incômodos, caem à categoria de “bestas” — descartados, humilhados, criminalizados, silenciados. 

Conclusão: A verdade incomoda, mas liberta

O caso Tcherninho é um espelho cruel do país que nos querem impor: sem instituições, sem legalidade, sem moral. Mas é também um aviso: quem alimenta um monstro, cedo ou tarde, é devorado por ele.

É hora de a sociedade guineense, os seus quadros patriotas, os partidos democráticos, a juventude consciente, os militares de honra e a comunidade internacional tomarem posição.

 

É urgente desmontar este sistema de poder paralelo.

É vital recuperar o controlo republicano das forças de segurança.

É indispensável abrir um inquérito nacional e internacional sobre a criação e atuação desta milícia presidencial.

É inadiável devolver o país às suas instituições legítimas, antes que a Guiné-Bissau sucumba por completo ao caos institucional.

Porque quando o terror se torna norma, o silêncio torna-se cumplicidade.

 

Fonte:  João M'Bitna 

Bissau, 24 junho 2025

terça-feira, 24 de junho de 2025

 

BASE MILITAR DA MARINHA VENDIDA PELO REGIME DE ÚMARO SISSOCO EMBALÓ 

Na Guiné-Bissau de Úmaro Sissoco Embaló, os bens do Estado são entregues em bandeja de prata a interesses obscuros, enquanto os direitos dos cidadãos são esmagados pelo silêncio cúmplice das instituições. A mais recente revelação de que as instalações da Marinha de Guerra, situadas numa das áreas mais estratégicas de Bissau, foram vendidas à empresa Santy Comercial — sem concurso público, sem transparência, sem prestação de contas — é apenas a ponta do icebergue de um colosso de corrupção e branqueamento de capitais que domina hoje o país.

Segundo o próprio ex-Presidente da República, a alienação daquelas instalações militares ocorreu em 2014. Mas, ao invés de abrir um inquérito sobre como e por que motivo uma base militar foi vendida sem qualquer debate público ou controlo institucional, Embaló assume agora o negócio como um facto consumado e exige apenas que se "formalize" o acto para "apresentar ao FMI". Eis a concepção de Estado moderno segundo o atual regime: uma terra sem lei, sem soberania, onde a função pública serve de biombo para lavar os lucros do crime transnacional.

O mais chocante é que o beneficiário desta “compra” não é uma entidade empresarial qualquer. A Santy Comercial, hoje omnipresente no sector da construção, dos transportes, do turismo e do retalho em Bissau, é controlada de forma oculta, mas bem conhecida, pela oligarquia da Guiné Equatorial — nomeadamente Teodoro Nguema Obiang Mangue, o célebre “Teodorín”, vice-presidente daquele país e herdeiro do regime ditatorial de seu pai. Conhecido mundialmente pelas suas mansões em Paris, automóveis de luxo e festas milionárias, “Teodorín” é alvo de múltiplos processos judiciais por peculato, corrupção e branqueamento de capitais em várias jurisdições, incluindo França, Estados Unidos, Suíça e Brasil. Hoje, ele é o parceiro estratégico mais influente de Úmaro Sissoco Embaló na pilhagem sistemática do Estado guineense. (…).

quinta-feira, 19 de junho de 2025

 

O PIT BULL DE GABU



"(...)

José Carlos Macedo Monteiro, conhecido pela sua retórica agressiva, foi um dos mais virulentos críticos de Braima Camará. Revelou, sem escrúpulos, informações sigilosas de conversas privadas com o líder do MADEM-G15, caluniou-o publicamente, e empenhou-se em desconstruir a sua imagem. Tudo isto depois de ter beneficiado do apoio político, financeiro e moral de Braima Camará. Hoje, sem o mínimo sentido de autocrítica, reaparece a proclamar-se “amigo e irmão” de quem quase destruiu. Eis um retrato fiel da incoerência transformada em cálculo político.

(...)"

Homi di Apili bai buska mindjer nobo...

terça-feira, 17 de junho de 2025

 

INSULTUOSA COMPANHA PARA II MANDATO DE SISSOCO


SÍMBOLOS ALIENÍGENAS DE SISSOCO

Isto é tudo menos Presidência Aberta!

Primeiro, para que fosse Presidência, era condição que quem a protagonizasse, fosse Presidente da República, e, na verdade, não é o caso. Este senhor e cidadão deixou de ser Presidente da República, desde 27 de fevereiro de 2025.

Segundo, para que fosse Presidência Aberta, era condição que não só tivéssemos perante um Presidente da República ainda em exercício do seu mandato, como, também, investido nessa qualidade, fosse o cenário em que se envolvesse, nessa sua acção, carregado dos símbolos do Estado da República da Guiné-Bissau: Bandeira Nacional, Insígnias da República e Cores Nacionais (para já não falar de discurso preenchido com mensagens e declarações que consubstanciassem preocupações, problemas que afectam o quotidiano dos guineenses e agendas com soluções para o atendimento dessas preocupações e a resolução desses problemas).

Mas, o que, tristemente, se assiste nesta autêntica campanha eleitoral insolente e insólita, é uma autêntica vergonha (o COLID-GB sente muita pena daqueles que estranha e incompreensivelmente, apoiam esta atitude de falta de respeito para com o nosso país e seu humilde povo).

Não é admissível tamanha desconsideração e tamanho insulto à consciência colectiva do povo da Guiné-Bissau, a quem com isto se pretende passar certificado de tolice. Que se saiba, com larga margem de segurança, este povo nunca levou, nem nunca levará desaforo algum, de ninguém para a casa.

Fonte: Dr. Juliano Fernandes Líder do COLID-GB, um dos legisladores da atual Constituição da República. Texto editado por Mário Imbana.    

sexta-feira, 13 de junho de 2025

 

INTERDITADAS "MISSÕES AO ESTRANGEIRO"?

Foi publicado um Circular Informativo n.º 22/GMF, de 15 de Maio de 2025, emitida pelo Ministério das Finanças, anunciado a suspensão das despesas com deslocações ao exterior, alegando falta de liquidez no Tesouro Público. Segundo o Ministro, a medida faz parte de um plano mais amplo de contenção de despesas públicas, visando o cumprimento dos compromissos assumidos com o Fundo Monetário Internacional (FMI), no quadro da oitava avaliação do Programa de Facilidade de Crédito Alargado.

Ontem, quinta-feira, o ex-Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, assumiu esta quinta-feira - dia 12 de junho, em Bissau, depois da reunião semanal do Conselho de Ministros - que foi ele quem orientou o Governo a suspender o financiamento de "missões ao Estrangeiro", garantindo que, em casos de viagens devidamente justificadas, os financiamentos poderão ser assegurados.

Apenas o ex-Presidente Sissoco pode viajar?


Entre 2020 e 2024, o ex-Presidente da República protagonizou um verdadeiro carnaval diplomático internacional, realizando mais de 130 viagens ao estrangeiro, muitas das quais sem agenda clara, sem resultados concretos e sem relatórios públicos de missão. O custo médio de cada deslocação ultrapassava facilmente 100 milhões de francos CFA, contabilizando aviões fretados, ajudas de custo, comitivas de luxo e estadias em hotéis de cinco estrelas. Um verdadeiro escândalo de proporções imorais para um país classificado entre os mais pobres do mundo.

O país foi gerido como um património privado, onde os recursos do Estado foram usados pelo ex-Presidente Sissoco para recompensar lealdades políticas, pagar favores e silenciar opositores, enquanto as populações vivem sem acesso a água potável, saúde básica ou escolas com telhados.

Conclusão: esta situação não é fruto do acaso, do FMI ou Banco Mundial, nem de fenómenos naturais, mas sim resultado direto de escolhas políticas desastrosas, da captura do Estado por redes mafiosas e da ausência de uma verdadeira cultura de prestação de contas.

Atenção quando o ex-Presidente Sissoco assume dizendo que tem poucos amigos e bons e que as suas viagens não são suportadas pelo Tesouro Público, estará a afirmar publicamente que é um marioneta  ao serviço de cartéis do narcotráfico com o objectivo de criação de um Narco-Estado na Guiné-Bissau.

Não é por acaso que o território nacional é usado como corredor de tráfico internacional de droga, com envolvimento documentado de altos oficiais do regime. As portas das fronteiras estão escancaradas, e o Estado funciona como facilitador do crime organizado, com efeitos devastadores sobre a soberania nacional.


Apili ka bu larga bu kurpu...

Bardadi di Partido ka ta pirdi!


Fonte: Anonima

terça-feira, 10 de junho de 2025

 

“BOCA DE FUMO” EM BISSAU?

Para quem presta atenção, torna fácil perceber que existem pontos de venda de drogas, conhecidos popularmente como “boca de fumo”, espalhados pelos bairros próximos à cidade de Bissau. O comércio de drogas acontece livremente na rua pública e sem medo. Para as autoridades públicas, isso não é um negócio ilegal? É surpreendente a falta de preocupação das autoridades com a circulação dos traficantes nas ruas, tanto de dia como de noite. É sabido que a indiferença pública está, diretamente, ligada à cumplicidade de alguns agentes com o tráfico, além do fato de que muitos deles atuam de forma pouco profissional nas ruas.

O que está a acontecer hoje com a nossa juventude em Bissau é revoltante. As bocas de fumo estão por toda parte, inclusive nos bairros mais afastados, e já chegaram às escolas. Por exemplo, elas podem estar escondidas dentro dos cacifos que vendem frangos na rua. A linguagem usada para atrair a clientela jovem costuma ser através dos reprodutores (buffer) áudio com cantigas típicas da marginalidade, cujos versos carregam uma moralidade indecente e até insultuosa.

Em breve divulgaremos a localização específica de diferentes “boca de fumo” espalhados em Bissau.

 

“DRUNK DENS” IN BISSAU?

For those who pay attention, it is easy to see that there are drug sales points, popularly known as “drug dens”, scattered throughout the neighborhoods near the city of Bissau. Drug dealing takes place freely in the capital and without fear. For the public authorities, this does not an illegal business? It is surprising how little concern the authorities have about the circulation of drug dealers on the streets, both day and night. It is known that public indifference is directly linked to the complicity of some agents with drug trafficking, in addition to the fact that many of them operate in an unprofessional manner on the streets.

What is happening today with our youth in Bissau is revolting. Drug dens are everywhere, including in the most remote neighborhoods, and have even reached schools. For example, they can be hidden inside the lockers that sell chicken on the street.

The language used to attract young customers is usually through audio buffers with songs typical of marginality, whose verses carry an indecent and even insulting morality.

We will soon disclose the specific locations of different “drug dens” spread throughout Bissau.          

segunda-feira, 9 de junho de 2025

 

GOVERNO CAPTURADO POR CRTEIS DE GROGA?

 


O imame da Mesquita Central de Mansoa, Cheik Mamadu Djau Djaló, manifestou hoje (07/06/2025) a sua profunda preocupação com o comportamento de muitos jovens guineenses que consomem diferentes tipos de estupefacientes, criticando a passividade das autoridades na criação de estratégias eficazes para combater o problema.

Em entrevista à Rádio Sol Mansi, após a oração da Tabaski, o líder religioso afirmou que esta questão não deve ser uma preocupação exclusiva dos líderes religiosos, mas de toda a sociedade.

“A delinquência está a destruir a nossa sociedade. (...) A cada dia que passa, a nossa comunidade caminha para o pior”, lamentou.

O imame acusou as autoridades nacionais de cumplicidade face ao agravamento da situação, sublinhando que estas possuem os meios necessários para agir, mas optam por não intervir.

As nossas autoridades têm poder e meios para pôr fim a esta situação de forma decisiva, mas são cúmplices. Sabem quem vende essas drogas. Há uma necessidade urgente de assumirem as suas responsabilidades para travar esta calamidade que ameaça o futuro da nossa juventude”, afirmou.

Cheik Mamadu Djau Djaló salientou ainda que esta não é uma realidade desejada por nenhuma sociedade e alertou para o crescimento descontrolado do consumo de drogas entre os jovens, uma situação já várias vezes denunciada por organizações juvenis no país.

 

Fonte: Conosaba do Porto


quinta-feira, 5 de junho de 2025

 

NARCOTRÁFICO E LAVAGEM DE DIHEIRO

A Guiné-Bissau volta a estar no centro das atenções internacionais, desta vez por suspeitas crescentes de envolvimento em esquemas de lavagem de capitais associados ao narcotráfico internacional. De acordo com fontes próximas a organismos internacionais de fiscalização financeira, os lucros provenientes do tráfico de droga estariam a ser canalizados através de estruturas estatais, por intermédio de empresas e instituições bancárias no país, levantando sérias preocupações sobre a integridade do sistema financeiro guineense.

Mais alarmante ainda, surgem agora indícios de que parte das finanças públicas da Guiné-Bissau poderá estar a ser sustentada por capitais ilícitos, provenientes diretamente do narcotráfico. Relatórios recentes de organizações internacionais e de instituições como o Banco Mundial levantam suspeitas fundamentadas com base em análises de desempenho macroeconómico e fluxos financeiros anómalos, que não coincidem com a produção interna nem com os investimentos oficiais declarados.

Enquanto isso, a presença contínua de supostos cidadãos norte-americanos no país tem gerado inquietação. Publicamente apresentados como parte de uma alegada cooperação técnica com o governo guineense, fontes bem posicionadas garantem tratar-se, na verdade, de agentes ligados aos serviços secretos dos Estados Unidos, com uma agenda oculta e estratégica. Estes elementos estariam muito próximos do círculo do Senhor  Umaro Sissoco Embaló, o que aumenta as especulações sobre a natureza real da sua missão em solo guineense.

Fontes próximas ao círculo do poder em Bissau apontam o atual Diretor-Geral da Contribuição e Impostos, Senhor Ufé Vieira, como peça-chave e orquestrador de um vasto esquema de lavagem de capitais através das finanças públicas. De acordo com informações recolhidas, fundos oriundos do narcotráfico estariam a ser integrados no orçamento do Estado sob pretexto de receitas legítimas. Esta prática, segundo vozes internas do próprio regime, tem gerado forte contestação e inquietação nos bastidores. Alguns altos quadros estariam a preparar denúncias públicas, face à crescente degradação da credibilidade institucional. A situação ameaça desestabilizar ainda mais a já frágil estrutura do Estado guineense.

Organismos internacionais alertam que a execução orçamental da Guiné-Bissau não se justifica com as receitas públicas tradicionais nem com as reservas cambiais disponíveis, levantando suspeitas quanto à proveniência dos recursos utilizados para financiar algumas obras financiadas pelo atual regime. A comunidade internacional acompanha com crescente preocupação os desenvolvimentos em Bissau, perante o receio de que a Guiné-Bissau continue a ser utilizada como plataforma de operações ilegais com implicações globais, colocando em risco não só a estabilidade interna, mas também a segurança regional e internacional.

Alerta vermelha: libertação total e imediata da Guiné-Bissau da presença das organizações criminosas internacionais tais como Primeiro Comado da Capital (PCC) atuando no controlo da logística de tráfico de drogas. Essas organizações estão a transformar o porto e aeroporto de Bissau, porto de Pikil em Biombo e pistas de aterragem no interior do país como rota de entrada e passagem de drogas para Europa.    

 

Lisboa, 04 de junho de 2025

Fonte: Anónimo

segunda-feira, 2 de junho de 2025

 

II MANDATO DE SISSOCO EMBALÓ?

Caros compatriotas,

Estará em curso, neste momento, negociações secretas entre Sissoco Embaló e Braima Camará. A ação está a deixar os seus partidários contrariados. No fundo, reina confusão e vergonha, porque a âncora das conversações confidenciais é centrada em pilares religiosos e não políticos.

Objectivo 1: para Sissoco Embaló, alcançar, a todo o custo, o II mandato, portanto, “não olha meios para atingir o fim”. Ele já confessou ter comprado o primeiro mandato, faltando agora comprar o segundo. Para isso, prometeu, na voz do Secretário de Estado da Ordem Pública, José Carlo Macedo, rasgar a actual Constituição da República, rumo ao presidencialismo dos francófonos africanos;

Objectivo 2: para Braima Camará, capitulação política. Não vislumbra nada em seu favor que não seja capital financeiro.    

sexta-feira, 30 de maio de 2025

 

O ESCÂNDALO DE 353 PASSAPORTES

A recente reação do Governo da Guiné-Bissau, expressa pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Carlos Pinto Pereira, a propósito da apreensão de 353 passaportes pelas autoridades portuguesas no aeroporto de Lisboa, constitui uma manobra perigosa de encobrimento institucional e uma tentativa de vitimização religiosa absolutamente inaceitável no plano diplomático e político.

Em vez de apresentar à Nação uma explicação honesta, fundamentada e juridicamente sustentada, o regime escolheu atacar o Estado português, questionar a idoneidade das suas forças de segurança e insinuar, de forma leviana e irresponsável, motivações discriminatórias de cariz religioso, tentando fazer crer que se trata de uma suposta perseguição ao Presidente cessante Úmaro Sissoco Embaló por este ser muçulmano. Tal argumento, para além de ofensivo à inteligência coletiva, é um insulto à memória democrática e multicultural de Portugal, e revela a absoluta falta de escrúpulos de um poder em colapso moral. 

1.   Não se transportam passaportes como se transportam sacos de amendoim (ou droga)

O transporte de centenas de passaportes num voo comercial, sem qualquer comunicação diplomática prévia, sem escolta consular formal, e sem o cumprimento dos requisitos estabelecidos pelas convenções internacionais — nomeadamente a Convenção de Viena sobre Relações Consulares — é uma violação grosseira das normas internacionais que regem a matéria de documentação e segurança migratória.

Pretender justificar esse transporte com “razões religiosas” ou “mera cortesia governamental” aos cidadãos guineenses na diáspora, é um ato de desinformação deliberada. A verdade é que esses passaportes foram fabricados e transportados em violação da legalidade nacional e internacional, sem conhecimento de várias autoridades competentes, incluindo membros do próprio Governo.

 

 2. Falsas justificações, verdadeiras intenções: manipulação eleitoral transfronteiriça

De forma intencional, o Ministro Carlos Pinto Pereira omitiu um dado essencial: grande parte dos passaportes apreendidos teria sido emitida para cidadãos da República da Guiné (Conakry), com o objetivo de serem fraudulentamente incorporados nos cadernos eleitorais da Guiné-Bissau, em Portugal e em outros países do espaço Schengen, a fim de participarem nas próximas eleições legislativas e presidenciais. Esta manobra, para além de criminosa, compromete gravemente a integridade do processo eleitoral e configura um atentado contra a soberania popular guineense.

5. Aos guineenses: não se deixem enganar

Este caso não é sobre religião, nem sobre Portugal. É sobre a incompetência, a ilegalidade e a desonestidade de um regime que perdeu toda a autoridade moral para governar.

Recusar-se a dizer a verdade ao povo e utilizar o nome de Deus para justificar práticas corruptas e criminosas, é o mais alto grau de cinismo político. O povo guineense, maioritariamente muçulmano, sabe distinguir fé de fraude, e não aceitará ser instrumentalizado numa operação de manipulação eleitoral.

Conclusão

Não se tapa o céu com a peneira. E não se varre a verdade para debaixo do tapete diplomático. A dignidade da Guiné-Bissau exige governantes responsáveis, transparentes e fiéis ao interesse público, não acrobatas da mentira institucionalizada.

Este escândalo deve ser investigado até às últimas consequências. Os autores morais e materiais desta operação devem ser identificados, responsabilizados e afastados da vida pública. Só assim a Guiné-Bissau poderá retomar o caminho da legalidade, da ética republicana e do respeito internacional.

Fonte: Anónima

quinta-feira, 29 de maio de 2025

 

“O PAU-MANDADO”

De acordo com o deputado Manuel Nascimento Lopes (Manelinho), absolvido pela justiça portuguesa, no dia 27 de maio, o pau-mandado foi o seu sobrinho “Ivan da TAP” quem lhe entregou a bagagem suspeita no aeroporto Osvaldo Vieira, em 7 de maio de 2024.

Deputado Manelinho vítima de complot da elite política e traficantes de droga





quarta-feira, 28 de maio de 2025

 

VERDADEIROS PATRIOTAS

O ex-Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Eng. Nuno Gomes Nabiam, se pode encaixar no grupo de verdadeiros patriotas pelo facto de ter denunciado durante um comício popular em Bissorã, juntamente com o PRS, em janeiro de 2024, dizendo que: "Tudo indica que, nesta altura em que estamos a falar, há droga em abundância na praça de Bissau". Acrescentou ainda dizendo o seguinte: "Apelamos à comunidade internacional para nos assistir, porque não temos a capacidade de controlar a droga nas nossas águas e no nosso aeroporto. Pedimos à comunidade internacional para nos ajudar, porque a droga acaba com a população e acaba com uma geração."

Nabian teve a coragem de pôr o dedo na ferida, afirmando: "Hoje, na Guiné-Bissau, todos os políticos querem ser bilionários e há [por isso] sinais de droga no país. Quando eu era primeiro-ministro, trabalhei com as Nações Unidas e demais parceiros da Guiné-Bissau, e disse-lhes que não temos a capacidade de controlar o nosso país."

Nove meses depois, em setembro de 2024, cinco estrangeiros foram apanhados com 2.6 toneladas de cocaína, em carregamentos distribuídos em 78 fardos no interior do Gulfstream IV, jato privado de luxo proveniente de América-latina (México).

Esta é a nossa pátria amada!

segunda-feira, 26 de maio de 2025

 

HIPOCRISIA POLÍTICO MUNDIAL?

Há um silêncio perturbador da comunidade internacional, neste preciso momento, sobre o que tem estado a acontecer na Guiné-Bissau, desde o fim do mandato de Sissoco Embaló, no dia 27 de fevereiro deste ano. Trata-se de uma estratégia mundial respaldada, como sempre, no princípio fundamental do direito internacional que estabelece que os Estados não devem interferir nos assuntos internos de outros Estados. Mas, imaginemos, que o que tem estado a acontecer estivesse relacionado com levantamento militar ou golpe de Estado, eles manteriam em silêncio? Não, todos esses estados se lançariam para as restrições internacionais ou acção de retaliação, a fim de salvaguardar seus interesses.

 

WORLD POLITICAL HYPOCRISY?

There is a disturbing silence from the international community, at this very moment, about what has been happening in Guinea-Bissau since the end of Sissoco Embaló's term on February 27 of this year. This is a global strategy supported, as always, by the fundamental principle of international law that states that States should not interfere in the internal affairs of other States. But, let's imagine that what has been happening was related to a military uprising or coup d'état, would they remain silent? No, all these States would resort to international restrictions or retaliatory action in order to safeguard their interests.

sexta-feira, 23 de maio de 2025

 

JOGO POLÍTICO SUJO

O ex-Presidente Sissoco Embaló não surpreende ninguém. Ele sempre se comportou como árbitro e jogador, ao mesmo tempo. Em resposta aos jornalistas sobra a manifestação marcada pela Sociedade Civil contra o Governo, no dia 25 de maio, advertiu que “os participantes vão saber que aqui não há desordem”. E ameaçou, ainda, lançar, no próximo domingo, um contraprotesto nas ruas.


CARAS DA CONTRAMANIFESTAÇÃO
COUNTER-DEMONSTRATION FACES

DIRTY POLITICAL GAME

Former President Sissoco Embaló surprises no one. He has always behaved like a referee and a player at the same time. In response to journalists about the demonstration organized by civil society against the government on May 25, he warned that “the participants will know that there is no disorder here”. He also threatened to launch a counter-protest in the streets next Sunday.

quinta-feira, 22 de maio de 2025

 

PAMONHA POLÍTICA?

Ainda lembramos do caso do chefe de Estado ausente, que, em cinco anos, virou as costas para o povo que o escolheu.  Em cinco anos na cadeira do poder, ele, no máximo, ficou três meses no país e, o resto do tempo, viajava para o exterior de jato privado, na média de três vezes por semana, totalizando, mais de mil voos nesse período. Vimos, depois, saber que, ao fim e ao cabo, não se tratava de uma simples gaivota flutuando no ar, mas sim de um mercenário que "adquiriu" através da compra o "assento do poder" na Guiné-Bissau.

Infelizmente, essas viagens do dito-cujo não trouxeram benefícios para ele ou para a Guiné-Bissau. Pelo contrário, acabaram piorando a imagem do país, com denúncias de tráfico de drogas e a suspensão de relações de cooperação tanto na região (CEDEAO) quanto internacionalmente.


Pergunto: será esse mesmo Chefe de Estado ausente que volta ao terreiro e em “presidência aberta”, a implorar, ou comprar, confiança e voto do povo? Otário,  não sou eu!      

quarta-feira, 21 de maio de 2025

 CASAMENTO

AOS 25 ANOS

É INCONSTITUCIONAL

Nos termos da Constituição e das leis, a maturidade civil é definida a partir dos 18 anos de idade, condição a partir da qual a pessoa, homem ou mulher, adquire plena capacidade para exercer seus direitos e cumprir suas obrigações perante a lei, como assinar contractos, contrair casamento, etc.

A Constituição estipula ainda, Artg.º24,  que todos os cidadão são iguais perante a lei, gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos aos mesmos deveres, sem distinção de raça, sexo, nível social, intelectual ou cultural, crença religiosa ou convicção filosófica.

Porém, Sissoco Embaló, na sua dita “presidência aberta”, num país sem Assembleia Nacional Popular (ANP), enquanto poder legislativo, em pleno funcionamento,  e sem um ensino gratuito, declarou, ontem, em Guiledje, região de Tombali, dizendo o seguinte: "Peço aos jovens e aos anciãos desta zona para que parem com o casamento precoce das meninas (...) que devem estudar. O casamento só é aceite na Guiné-Bissau a partir dos 25 anos, quem casar antes disso vamos dizer que é pedófilo". 

Esta mensagem não passa de uma estratégia de distração do público menos atento.  Trata-se de conceito de "pedofilia" em pensamento anárquico, porque o que está em voga tem sido o debate sobre "circuncisão feminina" (fanado de mulher) que eles recusam discutir.


terça-feira, 20 de maio de 2025

 

ALERTA MÁXIMA

Camaradas e compatriotas

Chamamos atenção a todos os patriotas de que há um “Capo” à solta, procurando capturar, de novo, o Estado. Ele está vagueando em falsa campanha eleitoral, com lenço islâmico, pelo sul, Quinara e Tombali, querendo comprar o II mandato presidencial.




segunda-feira, 19 de maio de 2025

 

AMEAÇAS DI “KATCHUR DI GABU”

O Presidente do PRS, Dr. Fernando Dias subiu, ontem, ao palanque, para responder as ameaças do senhor Zé Carlos Macedo, Secretário de Estado de Ordem Pública.



No futuro bem próximo, Zé Carlos Macedo e Botche Candé podem acabar-se tornando fontes de conflito político-militar na Guiné-Bissau.

 

SISSOCOISMO EM QUÍNARA

O ex-Presidente Sissoco começou com o suborno dos eventuais eleitores para tentar garantir seu tão almejado segundo mandato. É importante destacar que ele nunca apresenta argumentos sólidos e válidos para convencer os eleitores a apoiarem sua candidatura, e, por isso, recorre sempre à compra de consciência, suborno e corrupção. Sem visão de desenvolvimento, ele até aproveita inaugurações de estradas para exaltar e idolatrar a sua pessoa, procurando imitar Muammar Gaddafi.

Além disso, nenhuma outra candidatura tem o direito de reunir pessoas e compartilhar suas ideias publicamente, apenas a dele. E ainda tem a audácia de afirmar que, “após ele, seus seguidores continuarão no poder por muitos anos”. Esta frase já foi dita por alguém em Bissau, nas vésperas do conflito político-militar de 7 de junho de 1998.



Quem semeia vento colhe tempestade!

sexta-feira, 16 de maio de 2025

 

EMBAIXADOR HÉLDER VAZ AGREDIDO

Aconteceu, há dias, uma situação lamentável no aeroporto de Lisboa com o Embaixador Hélder Vaz que foi agredido por um activista guineense, protestando contra o regime imposto na Guiné-Bissau, pelo ex-Presidente Sissoco Embaló.

Da parte do activista em questão até se podia esperar algo muito pior, mas a postura do Embaixador Vaz, no nosso entender, podia ser melhor, uma vez que decidiu expor-se, fazendo com que a acção fosse vista ou conhecida.

O próprio Embaixador estava segurando o telemóvel e filmando a cena como se fosse algo importante de registrar. Não era a primeira vez que ele passava por ataques desse tipo. Essa perseguição já aconteceu há algum tempo atrás, e ele, certamente, conhece essa situação. Por isso, seria melhor que ele tomasse mais cuidado para se proteger ao máximo.

Por favor, senhor Embaixador, a cena foi muito triste e ficará marcada nas páginas negativas da história da diplomacia guineense. Foi um ato humilhante que pode prejudicar a sua carreira.


Pergunto agora
: qual será a utilidade real do vídeo gravado por Vossa Excelência?

quinta-feira, 15 de maio de 2025

 

AOS GUARDIÕES DA CONSTITUIÇÃO

Para aqueles que são patriotas de verdade, que valorizam a história e os sacrifícios feitos pelo nosso povo para conquistar a liberdade, é vergonhoso apoiar a violência armada como forma de mudar os regimes políticos. Quem pensar na violência armada estará a violar os direitos e liberdade de cada cidadão.

Todos sabemos que qualquer ação armada nunca traz benefícios para quem a realiza. Mesmo que seja um coronel ou um general, ele não ficará no poder por muito tempo. Seu nome e o de seus apoiadores podem ser colocados na lista de pessoas proibidas de entrar ou viajar para outros países, por motivos de segurança, política ou por questões que possam prejudicar sua honra e reputação. Portanto, não vale a pena seguir esse caminho. Além disso, com base no que afirmou o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Biague Na Ntam, nosso povo já está cansado de conflitos e violência. A imagem da violência causada pelo conflito político-militar de 7 de junho de 1998, o assassinato do Presidente da República e do CEMGFA, em 2 de março de 2009, além de políticos e outras pessoas, ainda é lembrada em todo o mundo. Tudo isso não é algo que enaltece um patriotismo honesto. No entanto, mesmo diante dessa memória trágica e sinistra do nosso país, o actual CEMGFA tinha e tem a responsabilidade de falar, não só em prontidão combativa das Forças Armadas, como alertar, desde o início, ao principal violador da Constituição, o ex-Presidente Sissoco, sobre sua consequência para a paz e à estabilidade nacional.

REGIME GOLPISTA DE SISSOCO


Quem semeia vento colhe tempestade!    

quarta-feira, 14 de maio de 2025

 

KATCHUR DI GABU FALOU E DISSE


Ele é conhecido como José Carlos Macedo, Secretário de Estado da Ordem Pública, uma instituição do Estado responsável pela segurança pública. Uma questão que ainda persiste é o fato de que o pessoal operacional, que se encontrava em fase de “agente auxiliar”, ainda conta com um pendente com o Estado na média de cerca de dez anos de pagamento salarial. Essa situação não foi resolvida até hoje.

Após o Juramento da Bandeira em Cumeré, aproximadamente oito mil jovens recrutados nunca tiveram a oportunidade de ingressar no sistema e sem salário. Sabemos que a situação nos comandos policiais está bastante precária, mas qualquer manifestação sobre isso é proibida por lei. Só quem não quer ver é que não sabe que os novos agentes da Guarda Nacional estão numa situação difícil, entre a cruz e a espada. E qual tem sido a solução encontrada? Resignar-se, ficar em casa, pois, pelo menos assim poderiam ter um desempenho melhor para as suas famílias.

No entanto, o senhor José Carlos Macedo, que é o senhor todo-poderoso, ao invés de tentar resolver o problema, optou por aumentar a confusão. Ele comentou sobre o comportamento dos membros da Guarda Nacional e disse: “Vou fazer uma lista e enviar ao Ministério das Finanças para suspender os salários. Eles não aparecem para trabalhar, ficam em casa preparando conspirações e, no final do mês, continuam recebendo o salário. Isso não pode continuar assim.”

Quem semeia vento colhe tempestade!