A MILÍCIA DE SISSOCO ENCURRALADA
A
milícia de Sissoco, que assaltou o poder na Guiné-Bissau, no dia 26 de
novembro, encontra-se hoje cercada por
todos os lados pela comunidade internacional. Não foi candidata nas eleições de
23 de Novembro. Aproveitou-se da brecha criada pela derrota eleitoral e pela
subsequente fuga de Sissoco Embaló para se instalar no poder, lançando-se numa
verdadeira caça aos opositores do regime do padrinho desertor.
Tendo assaltado o poder, a milícia de Sissoco, orgulhosamente só, encontra-se agora completamente encurralada e condenada ao abismo. O seu plano foi rejeitado pelas exigências da CEDEAO, da União Africana, da União Europeia e das Nações Unidas, Qatar e o mesmo acontecerá com o FMI e o Banco Mundial. As autoridades de Transição, monitorizadas pelo ex-Presidente Sissoco, afirmam não temer o isolamento da comunidade internacional; do mesmo modo, dirão não temer o povo, vitima de um golpe que travou, pela força, um processo eleitoral legítimo, impondo a repressão e impedindo os guineenses de conhecerem os resultados quando se pré-anunciava a derrota do ex-Presidente Sissoco.
A milícia de Sissoco desconhece ainda o facto de não ter legitimidade, e muito menos competência política, para decidir seja o que for a nível internacional, nomeadamente a retirada, ou adesão, da Guiné-Bissau de uma organização internacional, como a CEDEAO.