terça-feira, 21 de junho de 2022

 

“COLEGA” É UM NOVO CONCEITO DE ESTADO?

O significado da palavra "colega" define pessoa que pertence a mesma colectividade, categoria, função ou profissão. Penso, portanto, que todos os cidadãos conhecem quem são os seus colegas. E mais, todos os políticos sabem distinguir pessoas e instituições, sejam públicas ou não.

Será que o povo não é quem mais ordena, melhor dizendo, o povo e o Estado já não pertencem a mesma colectividade? 

A meu ver, o problema está na interpretação da noção de Estado. Alguns confundem "disciplina militar" com regras administrativas. Para outros, o Estado nunca poderá confundir-se ou se emanar do povo, mas sim de uma classe social.

Na Guiné-Bissau, parece que há dois pesos e duas medidas na interpretação da noção de “colega”: 

O Madem não é colega, mas o PTG e outros partidos políticos já podem ser colega de alguns representantes das instituições públicas. Se a aproximação do Madem a uma figura pública é interpretada como promiscuidade política do tipo "partido-Estado", as relações de afinidades políticas, bem conhecidas, entre certas figuras públicas e o PTG não são promíscuas  e nem permitem que este novo partido se atreva a ditar as regras de jogo a quem quer que esteja na berlinda.

Dizia Amílcar Cabral "Nem tudo que brilha é ouro: dirigentes políticos - mesmos os mais célebres - podem ser alienados culturais."


domingo, 19 de junho de 2022

 PR EM ROTA DE COLISÃO COM SUA BASE ELEITORAL?

Nós sempre demonstramos apoio incondicional à Verdade e ao PR. Mas, se tivermos mesmo que optar, que fique claro: nunca hesitaremos em seguir atrás da Verdade, porque só ela nos libertará!

O regresso apoteótico do líder e Coordenador Nacional do MADEM-G15, Braima Camará, no sábado, dia 18 de Junho, pós a nu o nível de degradação das relações políticas entre o PR e a sua base eleitoral natural (o MADEM-G15). Prova dessa trivial desavença não foi só a decisão, sem razão aparente, de bloqueamento de salário e outras regalias inerentes, do deputado e líder da bancada parlamentar do MADEM-G15, Dr. Abdu Mané, muito antes da dissolução do parlamento. Os desabafos, também, da destacada militante do MADEM-G15, Dra. Sarathou Nabin, mulher guerreira e filha do Combatente da liberdade da pátria, Armando Ramos, na sua página do facebook, falam por si.


Vale a pena escutar as criticas pertinentes da Dra Sarathou Nabian


Ingratidão é filha da soberba!  

sexta-feira, 17 de junho de 2022

 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECOMENDA AO GOVERNO A REABILITAÇÃO DO “HISTÓRICO” LICEU KWAME NKRUMAH

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recomendou esta terça-feira, 14 de junho de 2022, a nova ministra da Educação e ao primeiro-ministro no sentido de se engajarem na recuperação do liceu nacional nacional Kwame Nkrumah, que está numa fase avançada de degradação, para que possa funcionar no próximo ano letivo.

Embaló fez essa recomendação na cerimónia de posse de quatro membros do governo que não tinham sido empossados, designadamente a ministra do Estado dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Carla Barbosa, e os três dirigentes do Partido da Renovação Social (PRS), nomeados ontem, Dionísio Cabi, ministro dos Recursos Naturais, Augusto Poquena, ministro da Energia e Indústria, e Martina Moniz  para a pasta da Educação Nacional. 

Os dirigentes dos renovadores ora empossados substituem os três dirigentes do PRS, incluindo o presidente em exercício do partido, que não estiveram presentes na cerimónia de posse dos membros do governo, na semana passada, o que terá  levado o chefe de Estado a exonerá-los.

O Chefe de Estado disse na sua curta intervenção que recebeu as imagens do liceu nacional Kwame Nkrumah, que está numa fase muito avançada de degradação, tendo recomendado a nova ministra da Educação Nacional e o chefe do executivo para se engajarem na recuperação do liceu para garantir  que possam funcionar no próximo ano letivo.

Questionado se tinha concertado com os renovadores (PRS) para a formação do governo ou a indicação de três dirigentes daquela formação política para o executivo, respondeu que concerta apenas com o primeiro-ministro, que “é o chefe do governo”.

“Este não é o governo dos partidos políticos. Se fosse o governo dos partidos políticos, obviamente seria do partido que ganhou as eleições legislativas, que não é o caso. Este é um governo da iniciativa presidencial. O presidente é Livre de escolher figuras a nível das formações políticas e fora das estruturas partidárias. A única pessoa com quem posso concertar é o primeiro-ministro, não os partidos políticos”, esclareceu.

Sobre as condições impostas pelos libertadores (PAIGC) para integrar no executivo, sobretudo no concerne à questão dos direitos humanos, explicou que o PAIGC não apresentou nenhuma condição para se integrar no governo.

Por: Assana Sambú

Fonte: O Democrata


segunda-feira, 13 de junho de 2022

SIM, SENHOR PRESIDENTE!

Diz uma letra da canção do rapper paulistano Criolo:

“Eu não quero viver assim a mastigar desilusão

Este abuso social requer Atenção, Foco, Força e Fé

Já falou um irmão,

Meninos mimados não podem reger a nação 




quarta-feira, 1 de junho de 2022

GOVERNO DE INICIATIVA PRESIDENCIAL

O vazio político criado com a dissolução da Assembleia Nacional Popular (ANP), sem Governo, desde 16 de Maio último, deu, de facto, azos para especulações e ilusões.

A expectativa é grande, mas as especulações e ilusões também. 

Muito embora tenhamos a consciência de que a formação deste Governo dependerá única e exclusivamente de Sua Excelência Senhor Presidente da República, isso não impede que se começa a avançar com cenários que procuram, sem escrúpulos, determinar a formação do novo Governo.

A prudência é fundamental nos momentos que restam para a leitura ou divulgação do novo Decreto Presidencial. Porque existem departamentos estatais extremamente sensíveis, cujos projectos podem afundar liminarmente se forem mudados os seus titulares. 

Não poderemos indicar as áreas em causa, sob pena de sermos acusados também de manipuladores, mas, nomear por capricho político poderá provocar anarquia administrativa em vez de dinamizar os sectores em causa. 

As áreas são eminentemente sociais e vai ser fundamental contar com informação dos conselheiros, penso. Na minha humilde opinião, não se deve suplantar projectos sociais com governos ou governantes focalizados em eleições. 

É preciso chamar atenção do facto de há departamentos de Estado mais abastadas do que outras e há as instituições estatais que nem conseguem executar a sua dotação orçamental, por capricho do Ministério das Finanças. 


A EQUIPA QUE GANHA NÃO SE MEXE!