A BENGALA DO CEGO
Umaro
Sissoco Embaló não passou de um impostor e de um pilantra, sentado na soberania
da República da Guiné-Bissau durante seis anos. Desprovido de conhecimentos
académicos, costumava citar os conselhos de um velho amigo seu, dizendo aos
seus seguidores o seguinte: “um
vencedor, ao tomar posse do cargo, deve, como primeira atitude, libertar-se do
seu núcleo de apoiantes”.
Podemos considerar que Sissoco terá escutado essa parábola durante uma das suas vadiagens, pois a metáfora, em si, pertence a Maquiavel e dizia: “quando um cego recupera a visão, a primeira coisa que deita fora é a bengala que o sustentou na escuridão.”