Foi uma demonstração de
desagrado com as sucessivas greves dos professores, resultantes do braço de
ferro entre estes e o Governo, que recusou pagar os seus salários, durante
vários meses, incluindo a quadra festiva até a presente data.
Face ao impasse entre
os professores e o Governo, os estudantes sentiram na pele e sabem que tudo
iria sobrar para eles. O presente ano lectivo 2018/19 poderá tornar-se nulo, e
quem fica a perder é quem ainda estuda. Por isso levantaram-se no dia 7 e 8 de
Fevereiro para expressar a sua indignação, bloqueando as principais vias
rodoviárias que dão acesso ao centro da cidade de Bissau. Queimaram pneus e
lançaram pedras e garrafas contra tudo. Avisaram; “Se estão a bloquear as
nossas aulas, então também nós vamos bloquear as actividades dos adultos”.
Atacaram as sedes de todos os partidos políticos e suas viaturas. Prometeram
não votar nas eleições deste ano se as suas situações não fossem resolvidas.
O Governo promete
investigar “infiltrados” na manifestação, mas não toma em conta que os ânimos
estão cada vez mais exaltados com população devido ao impasse com os
professores. Nas próximas manifestações participarão não apenas os estudantes,
incluirá também os pais e encarregados de educação dos jovens estudantes e os
próprios professores. Nesse dia o Governo do país ficará isolado e os seus
ministros arrastados pelas ruas de Bissau.
Foram 19 estudantes
ferido e cerca de 20 detenções.
Alertamos a dita
comunidade internacional pelo que tem estado a acontecer com os estudantes
guineenses, neste momento. Depois dizem que o guineense é violento.