quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

 “KUTÓ FIU NA BIDÁ”…

A propósito do debate monocórdico, sobre o assassinato de Amílcar Cabral, moderado, ontem à noite, na TVGB, pelo jornalista João Upá Mendes, onde estiveram presentes o jornalista, Além Iero Embaló e o "historiador", Mário Ramalho Cissoco. Posso confessar que me deixaram muito desapontado.

Não podia acreditar que ainda haja alguém na face da terra que concluísse que a razão do assassinato de Amílcar Cabral fosse o “apartheid” dos cabo-verdianos, praticado em Conacri contra os nativos da Guiné-Bissau. O debate não tinha direito ao contraditório. Os dois analistas trataram de branquear, pura e simplesmente, a atuação do Colonialismo, do Governador António de Spínola e da PIDE/DGS. Os dois trapalhões tiveram mesmo o descaramento de culpar o PAIGC, em guerra, pela morte dos três majores em Chão Manjaco. Conscientemente, resolveram trocar os pés pelas mãos. Com que objectivo?

Mas, permitam-me que vos deixe esta garantia: se Amílcar Cabral fosse um bandido, como os trapalhões querem pintar, então, a luta dirigida por Ele seria uma empreitada inglória, sem heróis nem ídolos da nossa história recente.

Sobre o suposto historiador, Mário Ramalho Cissoco, falaremos no próximo episódio.