segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

ATIVAÇÃO RÁPIDA DA FORÇA… 

A presidência da CEDEAO, através da Ministra dos Negócios Estrangeiro, Suzi Carla Barbosa (visão.sapo.pt), lançou hoje apelo aos chefes de estados membros da CEDEAO para a ativação rápida de força de restauração de ordem constitucional que também combaterá o terrorismo.

O nosso perfil não coaduna com golpistas nem com terrorismo. Almejamos um Estado de Direito e Democrático, um país com sistema parlamentar em pleno funcionamento das instituições democráticas. Um sistema, portanto, em que não se pode legitimar nenhuma iniciativa nas costas do povo (dos deputados da nação).

Em nome da paz e da tranquilidade das nossas populações não subscrevemos envios grupos armados (colonos) dentro dos nossos territórios. A experiência histórica mostrou-nos que engenharias semelhantes fora do parlamento nunca funcionaram (exemplo do Senegal em 1998 e Angola em 2012).  

Pergunto: toda esta azáfama de envio de forças não será o prenúncio de anarquia militar na Guiné-Bissau? Será que já entrou na moda forças vocacionadas para áreas específicas, a defender território, constituição, terrorismo, ou contra exploradores, corrupção, etc.? 

A urgência na formação de tais forças da CEDEAO não será o apanágio exclusivo da Guiné-Bissau?

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

 TRAUMA PSÍQUICA DO DSP  

Pergunto: o que poderá explicar o facto de uma formação partidária que tem declarado, publicamente, possuir agenda própria, embarcar em caprichos políticos do DSP?

Resposta: personalidade somítica de certos dirigentes políticos.

  

Inconformado com os resultados nas eleições presidenciais de 2019/20, e das decorrentes contestações no Supremo Tribunal de Justiça, para disfarçar a sua incompetência na gestão partidária, o Presidente traumatizado e caduco do PAIGC, sempre prometeu vingança à Comissão Nacional das Eleições. Não é por acaso que o DSP se lançou contra a CNE que sempre acusou de favorecer o seu arqui-inimigo.

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

 BOLAAA, BOLA

BOLA STÁ NA BANTABA… 

Esta estrofe da canção do artista e intérprete Sidónio Pais, foi uma espécie de “grito de alerta” em como o Poder, embrenhado em sangue, suor e lágrimas dos nossos gloriosos combatentes, foi posto na rua, à disposição de qualquer um, cujo sistema passamos a chamar de Democracia.

Para quem quer saber e ver, este nosso país e povo tem uma característica sui generis. O povo é ordeiro e disciplinado, mas a extravagância e libertinagem vem dos seus atuais representantes políticos (pós-independência). 

Não basta concordar com os propósitos da 62.ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, sobre o acordo para formar uma força regional, visando lutar contra o terrorismo e as alterações anticonstitucionais na sub-região para se gabar de anti-golpista. É preciso saber, por outro lado, a serviço de que grupo, classe ou país, essa força irá atuar? Não satisfaz, de todo, a ideia da integração de um grupo de militares guineenses nessas forças. É fundamental saber, no nosso caso, qual será o papel das força armada nacional? Serão transformados em milicias?

Que tenha conhecimento, o militar não se jura a duas bandeiras (ou pátrias), e o que está em causa é a soberania, e não o indivíduo. Para isso, terá que ter o aval do futuro Parlamento, resultante das eleições legislativas que se avizinham.

Conclusão: contra todos as contradições e golpes anticonstitucionais é juntarmos forças internas contra a ingratidão de “qualquer um” em relação ao nosso passado histórico.