terça-feira, 6 de dezembro de 2022

 BOLAAA, BOLA

BOLA STÁ NA BANTABA… 

Esta estrofe da canção do artista e intérprete Sidónio Pais, foi uma espécie de “grito de alerta” em como o Poder, embrenhado em sangue, suor e lágrimas dos nossos gloriosos combatentes, foi posto na rua, à disposição de qualquer um, cujo sistema passamos a chamar de Democracia.

Para quem quer saber e ver, este nosso país e povo tem uma característica sui generis. O povo é ordeiro e disciplinado, mas a extravagância e libertinagem vem dos seus atuais representantes políticos (pós-independência). 

Não basta concordar com os propósitos da 62.ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, sobre o acordo para formar uma força regional, visando lutar contra o terrorismo e as alterações anticonstitucionais na sub-região para se gabar de anti-golpista. É preciso saber, por outro lado, a serviço de que grupo, classe ou país, essa força irá atuar? Não satisfaz, de todo, a ideia da integração de um grupo de militares guineenses nessas forças. É fundamental saber, no nosso caso, qual será o papel das força armada nacional? Serão transformados em milicias?

Que tenha conhecimento, o militar não se jura a duas bandeiras (ou pátrias), e o que está em causa é a soberania, e não o indivíduo. Para isso, terá que ter o aval do futuro Parlamento, resultante das eleições legislativas que se avizinham.

Conclusão: contra todos as contradições e golpes anticonstitucionais é juntarmos forças internas contra a ingratidão de “qualquer um” em relação ao nosso passado histórico.