quinta-feira, 12 de outubro de 2023

 A PROPÓSITO DO CONSELHO DE ESTADO

De 1980 a esta parte, a constituição do Conselho de Estado era o paradigma maior de banalização de cargos públicos, que progressivamente se consolidava no país. Para se ter assento no Conselho de Estado, apesar de definida na lei a procedência dos potenciais membros, a determinante essencial para que isso acontecesse, era a discreta mas discricionária escolha do Presidente do Conselho de Estado. Em consequência, na maioria de casos, os indigitados o foram segundo o critério de job for the boys, alguns dos quais, analfabetos até, e sem background político reconhecido. Com o advento da democracia, paradoxalmente, agravou-se a banalização de cargos públicos. Após as eleições o Estado vira lála, onde todos os partidos, mais que tudo, tratam é de conseguir tchokir os seus no aparelho. Para isso valia e vale tudo. Mas como o afirmou o jovem Binham, "Tudo na passa": esta semana tivemos um forte sinal disso. Este conjunto de novos membros do Conselho de Estado é, a meu ver, o de maior nível de instrução e experiência política que o país conheceu desde 1980. Esta reserva de saber e experiência entregue ao Conselho de Estado, dá-nos a particular satisfação de arvorarmos a esperança de que os conselhos serão dados, a partir de agora, com competência, liberdade e segurança. Se assim não acontecer, ao menos ficará o registo deste marco inovador.

FAÇAM A DIFERENÇA.

Mantenhas

Por Dr. Ernesto Dabo

Mas, se fosse Presidente da República da Guiné-Bissau, mesmo que por inerência, não daria confiança aos elementos como o DSP, identificados com arruaceiros e golpistas tipo Gervásio Silva Lopes, Carlos Santiago, etc. 

Atenção: eles querem reeditar o "1 de fevereiro" e retirar os detidos envolvidos no crime.