A PROPÓSITO DO CONSELHO DE ESTADO
De
1980 a esta parte, a constituição do Conselho de Estado era o paradigma maior
de banalização de cargos públicos, que progressivamente se consolidava no país.
Para se ter assento no Conselho de Estado, apesar de definida na lei a
procedência dos potenciais membros, a determinante essencial para que isso
acontecesse, era a discreta mas discricionária escolha do Presidente do
Conselho de Estado. Em consequência, na maioria de casos, os indigitados o
foram segundo o critério de job for the boys, alguns dos quais, analfabetos
até, e sem background político reconhecido. Com o advento da democracia,
paradoxalmente, agravou-se a banalização de cargos públicos. Após as eleições o
Estado vira lála, onde todos os partidos, mais que tudo, tratam é de conseguir
tchokir os seus no aparelho. Para isso valia e vale tudo. Mas como o afirmou o
jovem Binham, "Tudo na passa": esta semana tivemos um forte sinal
disso. Este conjunto de novos membros do Conselho de Estado é, a meu ver, o de
maior nível de instrução e experiência política que o país conheceu desde 1980.
Esta reserva de saber e experiência entregue ao Conselho de Estado, dá-nos a
particular satisfação de arvorarmos a esperança de que os conselhos serão
dados, a partir de agora, com competência, liberdade e segurança. Se assim não
acontecer, ao menos ficará o registo deste marco inovador.
FAÇAM A DIFERENÇA.
Mantenhas
Por Dr. Ernesto Dabo
Mas, se fosse Presidente da República da Guiné-Bissau, mesmo que por inerência, não daria confiança aos elementos como o DSP, identificados com arruaceiros e golpistas tipo Gervásio Silva Lopes, Carlos Santiago, etc.
Atenção: eles querem reeditar o "1 de fevereiro" e retirar os detidos envolvidos no crime.