segunda-feira, 1 de março de 2021

 CORRUPÇÃO NAS FINANÇAS?

Pergunto: como é possível um funcionário com direito de receber o seu salário desbloqueado depois de muitos anos, seja intimidado, por alguns funcionários do Ministério das Finanças, a prometer dinheiro para conseguir salário a que tem direito? Este tem sido o comportamento ignóbil por parte de certos funcionários desse departamento do Estado da Guiné-Bissau: “se você não deixar promessas em dinheiro, não terá salário”.

Não vão perder por esperar

Garanto-vos que se essas intimidações continuarem e os referidos salários não forem pagos no prazo de uma semana, publicaremos os nomes dos funcionários sem escrúpulos, ou a máfia, instalados no Ministério das Finanças.

Nota-se, no entanto, que neste nosso país, "uns são filhos outros enteados": os malfeitores entrincheirados no aparelho do Estado bloqueiam, sem motivo para tal, os salários dos funcionários de carreira,  e, ao mesmo tempo, são capazes de cometer indisciplinas financeira tais como danos causados em 2015 pelo Governo com operação Resgate aos Bancos. E agora, em 2021, com os pagamentos ao Grupo Malaika,  Geta-Bissau, os chamados credores do tesouro público, etc.

E, para além disso, há muito que o país tem vindo a fabricar milionários, à toa. Para nós, não se trata de um sentimento de inveja. O problema tem a ver com manifestações exteriores da riqueza por parte dos funcionários desta repartição do Estado. Pergunto: como pode um simples funcionário das finanças - hierarquicamente até mais baixo - justificar o património que ostenta? Em todo o aparelho de Estado, estas “habilidades de crescimento pessoal de funcionários” só são possíveis no Ministério das Finanças. Porquê que é assim?

Quem não conhece as mansões dos funcionários das finanças da Guiné-Bissau?

E como estes funcionários mafiosos das finanças facturam? Desde logo se criou com este “negócio lucrativo” uma rede de clientela que proliferam em redor do Ministério das Finanças, onde se negoceia tudo. Eles facturam, sem deixar rastos, no momento de pagamento dos títulos aos responsáveis financeiros das repartições de Estado e das empresas privadas.