HOSPITAL SIMÃO MENDES:
AS 10 RAZÕES DE INDIGNAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O Presidente do Sindicato de base do Hospital Simão Mendes, em Bissau, Braima Sambú, declarou hoje que os profissionais de saúde deste hospital prometeram continuar a greve enquanto suas reivindicações não forem atendidas.
O
presidente do Sindicato descreveu a situação profissional no hospital,
ressaltando que há muitos anos os doentes são obrigados a dormir no chão. Além
disso, o bloco operativo enfrenta problemas de infiltração de água. No serviço de
pediatria, o tecto desabou em cima de uma parteira. No consultório médico do
serviço de urgência, faltam móveis adequados para um gabinete médico digno desse nome. Em todos
o serviço hospitalar, não há condições, sejam elas infra-estruturais, profissionais ou
pessoais, para o atendimento dos pacientes que buscam aquele serviço. No
serviço de maternidade, o bloco está trancado devido à infiltração de água, que
se espalha pelo chão. No serviço de urgência, a marquesa quebrou e foi
retirada, e até o momento não existe uma nova marquesa para observação dos
doentes. Os profissionais de saúde recebem salários baixos, que muitas vezes
chegam com atrasos que variam de 9 a 11 meses. Existe uma grande insegurança
dentro do hospital Simão Mendes, com a circulação de muitos agentes de polícia da ordem pública, mas sem a
presença de guardas nos portões de entrada. Frequentemente, os profissionais de
saúde são agredidos pelos familiares dos doentes, sem motivo aparente, tanto no
serviço de urgência quanto na maternidade e no serviço de pediatria.
Nô Pintcha, diante ke caminho!