JUÍZES DO STJ PARA
ANTULA, JÁ!
A
minha interrogação vai hoje, diretamente, para o Chefe de Estado Maior General
das Forças Armadas (CEMGFA), General Biaguê Na N’Tan. Acredito que as Forças
Armadas não são uma instituição alheia ao contexto eleitoral, sendo que o
CEMGFA é um observador atento deste mesmo processo. Ele tem acompanhado de
perto a organização, nos últimos dias, das candidaturas para as eleições que se
avizinham, pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
A
pergunta, então, é a seguinte: desde já, quem, neste preciso momento, constitui
o fator principal da instabilidade na Guiné-Bissau, uma vez que para as
eleições de 23 de novembro, só participarão as coligações e partidos políticos
que apoiam Sissoco Embaló para o II mandato?
Dizem
que os políticos desejam um Estado de direito democrático, mas isso não é
possível porque não temos forças armadas democráticas e republicanas. A tese
parece confirmar-se, visto que as forças
armadas se transformaram no maior protetor do regime de Sissoco Embaló e da
desorganização processual do STJ. Mesmo assim, os juízes, enquanto elementos da
instabilidade política no país, não serão despachados para o cemitério de
Antula, como havia jurado, com a mão no peito, executar, o General Biaguê Na N’Tan.
De pá e enxada, já está na hora de cumprir a promessa, Senhor General!