INTERFERÊNCIAS DA CÚPULA MILITAR
NO
PROCESSO ELEITORAL
A
liderança das Forças Armadas da Guiné-Bissau tem-se mostrado cada vez mais sinistras e tenebrosas para com o povo, especialmente neste período de eleições. O CEMGFA,
General Biague Na Ntan, tem lançado discursos televisionados repletos de
ameaças de morte, referindo-se a eventuais perturbações da paz. Ele (CEMGFA) se gaba de defensor da Constituição da República, mas nunca demonstra vigilância sobre o
seu cumprimento, sobretudo por parte dos outros órgãos da soberania, como sendo o caso do
ex-Presidente e candidato Sissoco Embaló, que, na teoria e na prática, dilacerou, em seis anos do seu mandato, a Constituição da República da Guiné-Bissau.
Além
da denuncia sobre a suposta campanha do Vice-CEMGFA, Mamadu Nkrumah, nas
casernas militares a favor do candidato Sissoco Embaló, o próprio CEMGFA,
General Biague Na Ntan, realizou uma reunião, no dia 16 de novembro, com
diversas figuras e anciãos da etnia Balanta, em Cumeré, como se aquelas
instalações militares fossem um tribunal militar, tentando, assim, justificar
na praça pública a detenção tribalista de cerca de seis dezenas de militares, pertencentes
a essa mesma etnia.