segunda-feira, 30 de setembro de 2013

NOVA PATRANHA DA CPLP…

Descreveu com sabedoria e elegância a situação política prevalecente na altura e que levou a precipitação do contragolpe de 12 de Abril de 2012, o Presente da República de Transição, Manuel Serifo Nhamadjo,  na 68. ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, com as seguintes palavras: “(…) Tivemos de lidar com essa, digamos assim, primeira tomada de posição, a um tempo, curiosa e dramática. 

De gente que preferia para a Guiné-Bissau a pior das situações possíveis, e sabem Vossas Excelências por quê? A resposta é esta: apostaram na degradação da situação política no meu país de modo a justificar suas teses, confirmar seus prognósticos, operacionalizar seus conceitos políticos de resolução da crise na Guiné-Bissau. De facto, tentaram por todos os meios aplicar a fórmula de “quanto pior fosse para a Guiné-Bissau, tanto melhor”. Sim, tanto melhor seria efectivamente, mas apenas para os seus interesses. Com essa posição radicalizada, realmente conseguiram atingir quase todas as cordas sensíveis de um povo humilde, mas que dificilmente aceita humilhar-se perante seja quem for.”

Perdem em todas as frentes. Mas, ainda sonham uma réstia de esperança. Qual será? 
Agora é impingir-nos - direta ou indiretamente - o fator de instabilidade política: Carlos Gomes Júnior! Com que finalidade? Criar caos e anarquia total na nossa terra. Ou seja, turvar a paz reinante a fim de justificar a urgente necessidade de envio das forças colonizadoras, e que preferem chamar de forças de interposição, com as contribuições dos seus países. E já, com isso, estarão inclusivamente a criar pretextos chantagistas de sempre para virem contestar os resultados das futuras eleições.

A luta continua e a vitória é certa!

domingo, 29 de setembro de 2013

INGERÊNCIAS DA CPLP…

O seu rosto em triângulo invertido, queixos grandes, os cataventos despontando encima, maiores que o comprimento da sua cabeça, como os da lebre, que figura nos faz recordar esse pigmeu angolano? 

Baixinho como a sua própria mente… George Chicoty parece uma figura alienígena. Figura-mistério propício para o pesquisador britânico Rupert Matthews… Ou será preciso chamar  Search for Extraterrestrial Intelligence (SETI), órgão de vigilância por vida extraterrestre, para detetar se a figura, com aspeto humano, não terá vindo de uma das luas de Júpiter? 

O cérebro parece de um disco giratório que se colocava no “gramofone”. A voz tem vibração idêntica a do aparelho, uma evacuação verbal anormal que sai por um orifício afunilado em forma de uma corneta, que se chama boca. Parece ter-se-lhe ocorrido danos emocionais grave que não permite ouvir falar da Guiné-Bissau, saca logo a pistola! 

Regala sempre os olhos de pânico, certamente reavivado por emoções hostis a Guiné, quando fala do meu país. Dizem até que tem filhos com mulher guineense que encontrara na juventude e enquanto estudante da UNITA, em Cote D’Ivoir. 

A senhora era filha do nosso tio que muito cedo emigrou, de nome Apock e que teve uma crise fulminante em Bissau e faleceu na década de noventa!

A agulha do “gramofone” de Chicoty encravou-se na teoria da legitimidade política. Não avança mais! Vira o disco e toca o mesmo! Está tao obcecado que não consegue separar os “filhos do maligno” dos “filhos do reino”, a cabaça da comida, o país ou soberania de um povo das teorias e das ideologias políticas, etc., etc., Nas costas da Guiné-Bissau, num ajuntamento de sete ministros da CPLP, à margem da última Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, entre muitas barbaridades, disse - como se a CPLP fosse alguma organização de consulta sub-regional das Nações Unidas - que "Todos reconhecemos que a situação na Guiné é uma situação crítica e todos os parceiros têm que trabalhar de maneira coordenada. Temos a CEDEAO que é um parceiro bastante importante e vamos ver como é que de um lado podemos concertar os passos que vamos levar para a Guiné-Bissau e como vamos materializar no terreno". Nem se deu ao trabalho de se olhar ao espelho. Portanto, nem todos reconhecem o que se passa em Moçambique entre o Governo e a Renamo. Este assunto virou tabu na CPLP. Teleguiada por Portugal, Angola e Cabo Verde, a CPLP resolvem desafogar os seus ressentimentos encima de nós. 

O caso egípcio estava ai diante dos seus olhos, sem claques a pedir retorno à ordem constitucional. Somos o “bobo da corte” da CPLP onde espalha as suas palermices e futilidades. E para disfarçar a ingerência política nos assuntos da competência soberana do meu país, a claque formatada e teleguiada pelos mundo da máfia deu voz ao recém-nomeado e caduco Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Rui Machete, para defender a ideia da inviabilidade de condições para a realização das eleições no dia 24 de Novembro. Atitudes que não admitiriam nos seus próprios países. 

Vejam lá a macaquice desses larápios, que até já estão desavindos uns com os outros, no tocante a situação política na Guiné-Bissau…
A luta continua…

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

“NA KAMBANSA NO KA NA KAMBA…”

As sucessivas crises internas no seio do PAIGC, sempre se resvalaram para o país inteiro. Com marcações e reagendamentos, voltou a adiar o seu VIII (8)  congresso previsto para 10 de Outubro próximo. No balanço de 40 anos depois da prepotência governativa, perdeu a confiança do povo, que passou a conquistar apenas com recurso ao “banho eleitoral”. 
Método fraudulento que encontraram para se permanecer no poder, e que a “comunidade internacional” ignoraram sempre, preferindo reconhecer os resultados eleitorais como sendo participativas, livres, justas e transparentes. A propósito da questão do “banho eleitoral”, recordo-me da controvérsia surgida no início da década de noventa, em que Manuel Saturnino da Costa, perguntava a oposição relutante em matéria de fraude eleitoral, se o ato tinha sido realizado de noite ou no escuro? Vejam só como altas figuras políticas dirigiam à nação! A história mostrou-nos que a tese da legitimação política, custe o que custar, nunca deu bom resultado. E as consequências nunca são imediatas. O ato da votação não pode confundir-se com o tempo das vindimas em Portugal. Ele é, sem dúvida, a semeadura que se transformará, misturado com a terra e regada pela chuva em apanha de amanhã. Se hoje for fraudulenta teremos governo corrupto e falacioso. Situações, portanto, propícias para atração da violência e a instabilidades políticas.
Já se vislumbra um futuro sombrio com que o PAIGC pretende brindar o país. Financiado pelos partidos amigos e individualidades com ligações duvidosas tende a reeditar uma liderança engendrada a partir do exterior. Há um pivô na linha da frente a mexer no assunto: o sabichão,  Huco Monteiro
E tudo indica que o congresso escolherá o caduco Carlos Correia, que por sua vez procurará “moderadamente” agradar gregos e troianos (sobretudo SONANGOL, GALP E CPLP), repescando para primeiro-ministro, aquele que sempre foi o “guigui bonito” de José Eduardo dos Santos e Cadogo Jr., Domingos Simões Pereira. Muito dinheiro foi injetado. Está-se a espera de uma campanha agressiva em prol desta estratégia, caucionada, inclusive, por alguns países vizinhos.  
Consta que a maquiavélica estratégia tem aquiescência de altas figuras da transição. Pois, sabemos hoje o tamanho de sua “gula de poder”.  O que desde já lamentamos. Gente que tudo fizemos, mas tudo mesmo, para convencer sobre a necessidade de pilotagem do período de transição. São essas pessoas, hoje, que decidem mudar para uma rota que de certeza nos levará, mais uma vez, à ruina?

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

"Cadogo Jr": o ás da batota

CONHEÇO BEM a Guiné-Bissau. O país e muitos dos seus protagonistas políticos. Por isso quando vejo o antigo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, vulgo "Cadogo", apresentado em Lisboa como exemplo das virtudes democráticas e da legalidade, o mínimo que posso fazer é sorrir. Convém ser claro e directo: "Cadogo" representa o pior da Guiné-Bissau, personifica a corrupção, as negociatas onde os seus interesses pessoais se sobrepõem a qualquer outro, as "chapeladas" eleitorais, a venda a retalho de um país, pouco se importando com o bem-estar do seu povo. Esse é o verdadeiro "Cadogo", o sócio dos plutocratas angolanos, das empresas portuguesas e sabe-se lá mais de quem... Foi com ele no poder que a Guiné-Bissau escancarou as portas ao narcotráfico e que a tribalização minou os frágeis alicerces de um estado já há muito debilitado. É esse "Cadogo" que, com o descaramento e impunidade próprios de quem sente as costas quentes e de quem está habituado à fraude eleitoral, proclama a sete ventos que "desta vez irei ganhar as eleições com 80 por cento do votos". Uma frase que diz tudo, que denuncia as intenções de um vulgar "batoteiro" habituado a jogar com as cartas viciadas... É este o candidato de um certo poder político português, sempre curvado e venerando perante os interesses económicos e expansionistas de uma Angola, e que sacrificou uma estratégia de defesa da língua e do espaço lusófono às tropelias e negociatas de um bando de meliantes a quem a política não passa de um meio para, tanto cá como por lá, encherem os bolsos à custa de um país abandonado à sua sorte.

“INTRIGUISTAS DO PAIGC…”

Nas eleições presidenciais cabo-verdianas de 7 de Agosto de 2011, havia uma espécie de primárias no seio do PAICV. O partido quase que tinha que optar ou por Aristides Lima, candidato apoiado, de forma “não assumida” pelo presidente cessante, Pedro Pires, e Manuel Inocêncio Sousa, candidato genuíno do partido, apoiado, claramente, pelo Primeiro-ministro, José Maria das Neves.
Foi nesse quadro, e no calor do intenso debate eleitoral, que o Primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria das Neves, durante o comício do candidato do seu partido, em Vila Nova, revelou um grande segredo, dizendo que“Amílcar Cabral foi assassinado por dirigentes do PAIGC por causa das intrigas, da sede de poder e da falta de respeito pelos valores”.  Na altura surgiram reações de todos os quadrantes da vida política e social cabo-verdiana. Houve mesmo pedido de explicações públicas por parte da oposição. Mas a quem parecia ter servido o barrete era o comandante Pedro Pires que desconfiado, respondia: "Não acredito (que me visem). De toda a maneira, ouvi na televisão o que foi registado e tomei boa nota disso. Não entendo que queiram atingir-me, até porque seria a última pessoa a ser atingida, porque eu, nessa altura, encontrava-me a 400 ou 500 quilómetros do sítio (Conakry, onde Cabral foi morto). Não faz sentido que se queira trazer-me para essa questão.” Ué? Será que as intrigas, “gula de poder” e falta de respeito pelos valores, precisavam de percorrer todos esses quilómetros para se isentar da culpa por participação no crime? Um velho sábio da Guiné segredou-me um dia debaixo da frondosa copa de uma mangueira, que as coisas funestas, sejam elas anões ou gigantes, viajam de borla, e até com o vento, visando sempre o mesmo fim: destruição e morte!