quinta-feira, 26 de setembro de 2013

“NA KAMBANSA NO KA NA KAMBA…”

As sucessivas crises internas no seio do PAIGC, sempre se resvalaram para o país inteiro. Com marcações e reagendamentos, voltou a adiar o seu VIII (8)  congresso previsto para 10 de Outubro próximo. No balanço de 40 anos depois da prepotência governativa, perdeu a confiança do povo, que passou a conquistar apenas com recurso ao “banho eleitoral”. 
Método fraudulento que encontraram para se permanecer no poder, e que a “comunidade internacional” ignoraram sempre, preferindo reconhecer os resultados eleitorais como sendo participativas, livres, justas e transparentes. A propósito da questão do “banho eleitoral”, recordo-me da controvérsia surgida no início da década de noventa, em que Manuel Saturnino da Costa, perguntava a oposição relutante em matéria de fraude eleitoral, se o ato tinha sido realizado de noite ou no escuro? Vejam só como altas figuras políticas dirigiam à nação! A história mostrou-nos que a tese da legitimação política, custe o que custar, nunca deu bom resultado. E as consequências nunca são imediatas. O ato da votação não pode confundir-se com o tempo das vindimas em Portugal. Ele é, sem dúvida, a semeadura que se transformará, misturado com a terra e regada pela chuva em apanha de amanhã. Se hoje for fraudulenta teremos governo corrupto e falacioso. Situações, portanto, propícias para atração da violência e a instabilidades políticas.
Já se vislumbra um futuro sombrio com que o PAIGC pretende brindar o país. Financiado pelos partidos amigos e individualidades com ligações duvidosas tende a reeditar uma liderança engendrada a partir do exterior. Há um pivô na linha da frente a mexer no assunto: o sabichão,  Huco Monteiro
E tudo indica que o congresso escolherá o caduco Carlos Correia, que por sua vez procurará “moderadamente” agradar gregos e troianos (sobretudo SONANGOL, GALP E CPLP), repescando para primeiro-ministro, aquele que sempre foi o “guigui bonito” de José Eduardo dos Santos e Cadogo Jr., Domingos Simões Pereira. Muito dinheiro foi injetado. Está-se a espera de uma campanha agressiva em prol desta estratégia, caucionada, inclusive, por alguns países vizinhos.  
Consta que a maquiavélica estratégia tem aquiescência de altas figuras da transição. Pois, sabemos hoje o tamanho de sua “gula de poder”.  O que desde já lamentamos. Gente que tudo fizemos, mas tudo mesmo, para convencer sobre a necessidade de pilotagem do período de transição. São essas pessoas, hoje, que decidem mudar para uma rota que de certeza nos levará, mais uma vez, à ruina?