sexta-feira, 29 de maio de 2020


SERÁ QUE O P5 É UM PARTIDO POLÍTICO GUINEENSE?

Os aventureiros ditos diplomatas do P5 (União Europeia, União Africana CEDEAO e CPLP) atraídos pelo El Dorado guineense (recursos pesqueiros, naturais e minerais), teveram hoje o descaramento de vir manifestar a sua disponibilidade para ajudar os actores políticos guineenses a encontrar uma saída política no concernente a formação do novo governo.

Qual é a estratégia? Confundir a opinião pública sobre sua real intenção de intromissão nos assuntos internos do nosso país.

O costa-marfinense, Mr. Blaise Diplo-Djomad, representante especial da CEDEAO em Bissau, foi o aventureiro diplomata que, solitariamente, ousou dirigir-se ao Jardim do Éden e comer do fruto proibido. Contrariamente, o P5 (grupo de países com vocação neocolonialista) prefere actuar, em alcateia, para impressionar, pressionar e intimidar os actores políticos e as instituições nacionais.

É preciso recordar de que a unidade nacional e patriótica inspirada em Amílcar Cabral foi, há muito tempo, substituída no seio do PAIGC pela distinção salazarista entre indígena e civilizado. Não é por acaso que, outrora, os seus dirigentes políticos para decidir uma contenda político tinham como arma de arremesso às forças de defesa e segurança. Vedada esta prática cruel, encontraram hoje o expediente na intriga com os colonialistas do P5, para ganhar no controle da “opinião pública” ou publicada.