LIBERDADE PARA TCHERNINHO
Tcherno
Bari e também conhecido como Tcherninho, foi o ex-chefe de segurança da
Presidência da República. Numa manhã de sábado, acompanhado pelo seu irmão mais
novo, Tanu Bari, ele se entregou ao Estado-Maior em Amura, onde está refugiado já, há mais de um mês. A fuga de Tcherninho visa escapar da saga incriminatória e mentirosa de Sissoco, nomeadamente, sobre tráfico de drogas.
Tanu Bari, que havia desertado dos quartéis e exilado em Portugal, viria ser perseguido por membros da guarda presidencial, dos quais fazia parte.
Ele acabou sendo capturado e morto. Seu corpo foi amarrado, colocado dentro de
um saco e jogado no rio Mansoa, perto da travessia de João Landim.
Há também informações sobre o desaparecimento de Braima Darame, conhecido como Fá Braima, um dos principais ajudantes de Tcherninho Bari. Também, o Spencer da Segunda Esquadra foi levado à fornalha pelo Quemo Sanhá. Além destes, dezenas de pessoas (jovens) que faziam parte da segurança presidencial estão detidas, ou simplesmente desaparecidas. O comandante Baute Yamta Na Man, de Para-comandos, estará a ser perseguido, neste momento, pelos carniceiros do regime.
Segundo Doka Ogiva, os supostos conspiradores e assassinos de Tanu Bari seriam:
Yaia Camara, Bodjan Candé, Quemo Sanhá, Benedito Mendes (Beto Zero 4), Djafuno, Braima Sambu, Samna Bua Nambera (o carniceiro-mor) e Alfredo (comandante do Grupo de Artilharia Terrestre-GAT).
A mando de Sissoco, acompanharam e dirigiram a operação: Tomás Djassi e Carlinhos Fernandes.
Em Bissau o cheiro é fétido e o silêncio é ensurdecedor. Mesmo assim, até o momento, a Presidência da República não se pronunciou para oferecer qualquer palavra de consolo à família enlutada de Tanu Bari.
Para quem gosta de ouvir, existe um ditado francês que diz: “Ninguém é forte o bastante só por ser sempre o mais forte.” Quem não compreende isso nunca vai entender nada.