COBA
DI DJANFA
O senhor de sempre, Botche Candé, enfrenta uma insatisfação interna dentro do PTG facto que o
tem levado, mais uma vez, a buscar alternativas
políticas fora da Plataforma Republicana.
Nestes últimos dias, o conflito entre Botche Candé e o
núcleo duro de Sissoco Embaló intensificou-se com o escândalo de corrupção
envolvendo a ex-ministra Fatumata Djau Baldé e seu parceiro Mana Saliu Lamba.
Ambos foram acusados de desviar centenas de milhões de francos CFA, mas Baldé
usou sua forte base de apoio nas regiões de Dulombi, Xitole, Mampatá e Quebo
para forçar Sissoco Embaló a protegê-la.
Botche Candé exigiu sua exoneração imediata, mas foi
impedido por Soares Sambú e Marciano Silva Barbeiro, que convenceram o ex-Presidente
a manter a ministra no cargo para evitar uma crise política maior. Quando
documentos comprometedores começaram a circular associando Botche Candé à venda
irregular de adubo enquanto Ministro da Agricultura, ficou claro que ele estava
sendo usado como bode expiatório.
O clima de confronto atingiu seu ápice quando Botche Candé
confrontou Soares Sambú de forma agressiva, insultando-o publicamente e
acusando-o de traição. A partir desse momento, Sissoco Embaló decidiu afastá-lo
das grandes decisões estratégicas, aumentando ainda mais a sua revolta.
Luís D Intumbo acredita que a crise dentro da Plataforma
Republicana não é apenas uma disputa de poder, mas um sintoma do colapso
iminente do regime de Úmaro Sissoco Embaló.
O analista sustenta sua opinião no facto de Bothce
Candé, que por anos foi um dos principais sustentáculos do regime de Sissoco
Embaló, agora se movimenta para minar as bases da coligação Plataforma Republicana.
Sua saída e possível aliança com Braima Camará e o API-CABÁS GARANDI
representam um golpe devastador para o ex-presidente Sissoco Embaló, que corre
o risco de perder sua estrutura política antes das próximas eleições.