quinta-feira, 20 de março de 2025

 

COBA DI DJANFA

O senhor de sempre, Botche Candé, enfrenta uma  insatisfação interna dentro do PTG facto que o tem levado, mais uma vez,  a buscar alternativas políticas fora da Plataforma Republicana.

Nestes últimos dias, o conflito entre Botche Candé e o núcleo duro de Sissoco Embaló intensificou-se com o escândalo de corrupção envolvendo a ex-ministra Fatumata Djau Baldé e seu parceiro Mana Saliu Lamba. Ambos foram acusados de desviar centenas de milhões de francos CFA, mas Baldé usou sua forte base de apoio nas regiões de Dulombi, Xitole, Mampatá e Quebo para forçar Sissoco Embaló a protegê-la.

Botche Candé exigiu sua exoneração imediata, mas foi impedido por Soares Sambú e Marciano Silva Barbeiro, que convenceram o ex-Presidente a manter a ministra no cargo para evitar uma crise política maior. Quando documentos comprometedores começaram a circular associando Botche Candé à venda irregular de adubo enquanto Ministro da Agricultura, ficou claro que ele estava sendo usado como bode expiatório.

O clima de confronto atingiu seu ápice quando Botche Candé confrontou Soares Sambú de forma agressiva, insultando-o publicamente e acusando-o de traição. A partir desse momento, Sissoco Embaló decidiu afastá-lo das grandes decisões estratégicas, aumentando ainda mais a sua revolta.

Luís D Intumbo acredita que a crise dentro da Plataforma Republicana não é apenas uma disputa de poder, mas um sintoma do colapso iminente do regime de Úmaro Sissoco Embaló.

O analista sustenta sua opinião no facto de Bothce Candé, que por anos foi um dos principais sustentáculos do regime de Sissoco Embaló, agora se movimenta para minar as bases da coligação Plataforma Republicana. Sua saída e possível aliança com Braima Camará e o API-CABÁS GARANDI representam um golpe devastador para o ex-presidente Sissoco Embaló, que corre o risco de perder sua estrutura política antes das próximas eleições.