INTERDITADAS "MISSÕES AO ESTRANGEIRO"?
Foi
publicado um Circular Informativo n.º 22/GMF, de 15 de Maio de 2025, emitida
pelo Ministério das Finanças, anunciado a suspensão das despesas com deslocações
ao exterior, alegando falta de liquidez no Tesouro Público. Segundo o Ministro,
a medida faz parte de um plano mais amplo de contenção de despesas públicas,
visando o cumprimento dos compromissos assumidos com o Fundo Monetário
Internacional (FMI), no quadro da oitava avaliação do Programa de Facilidade de
Crédito Alargado.
Ontem, quinta-feira, o ex-Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, assumiu esta quinta-feira - dia 12 de junho, em Bissau, depois da reunião semanal do Conselho de Ministros - que foi ele quem orientou o Governo a suspender o financiamento de "missões ao Estrangeiro", garantindo que, em casos de viagens devidamente justificadas, os financiamentos poderão ser assegurados.
Apenas
o ex-Presidente Sissoco pode viajar?
Entre
2020 e 2024, o ex-Presidente da República protagonizou um verdadeiro carnaval
diplomático internacional, realizando mais de 130 viagens ao estrangeiro,
muitas das quais sem agenda clara, sem resultados concretos e sem relatórios
públicos de missão. O custo médio de cada deslocação ultrapassava facilmente
100 milhões de francos CFA, contabilizando aviões fretados, ajudas de custo,
comitivas de luxo e estadias em hotéis de cinco estrelas. Um verdadeiro escândalo
de proporções imorais para um país classificado entre os mais pobres do mundo.
O
país foi gerido como um património privado, onde os recursos do Estado foram
usados pelo ex-Presidente Sissoco para recompensar lealdades políticas, pagar
favores e silenciar opositores, enquanto as populações vivem sem acesso a água
potável, saúde básica ou escolas com telhados.
Conclusão:
esta situação não é fruto do acaso, do FMI ou Banco Mundial, nem de fenómenos
naturais, mas sim resultado direto de escolhas políticas desastrosas, da
captura do Estado por redes mafiosas e da ausência de uma verdadeira cultura de
prestação de contas.
Atenção quando
o ex-Presidente Sissoco assume dizendo que tem poucos amigos e bons e que as suas
viagens não são suportadas pelo Tesouro Público, estará a afirmar publicamente que é um
marioneta ao serviço de cartéis do narcotráfico com
o objectivo de criação de um Narco-Estado na Guiné-Bissau.
Não
é por acaso que o território nacional é usado como corredor de tráfico
internacional de droga, com envolvimento documentado de altos oficiais do
regime. As portas das fronteiras estão escancaradas, e o Estado funciona como
facilitador do crime organizado, com efeitos devastadores sobre a soberania
nacional.
Apili
ka bu larga bu kurpu...
Bardadi
di Partido ka ta pirdi!
Fonte: Anonima