sexta-feira, 13 de junho de 2025

 

INTERDITADAS "MISSÕES AO ESTRANGEIRO"?

Foi publicado um Circular Informativo n.º 22/GMF, de 15 de Maio de 2025, emitida pelo Ministério das Finanças, anunciado a suspensão das despesas com deslocações ao exterior, alegando falta de liquidez no Tesouro Público. Segundo o Ministro, a medida faz parte de um plano mais amplo de contenção de despesas públicas, visando o cumprimento dos compromissos assumidos com o Fundo Monetário Internacional (FMI), no quadro da oitava avaliação do Programa de Facilidade de Crédito Alargado.

Ontem, quinta-feira, o ex-Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, assumiu esta quinta-feira - dia 12 de junho, em Bissau, depois da reunião semanal do Conselho de Ministros - que foi ele quem orientou o Governo a suspender o financiamento de "missões ao Estrangeiro", garantindo que, em casos de viagens devidamente justificadas, os financiamentos poderão ser assegurados.

Apenas o ex-Presidente Sissoco pode viajar?


Entre 2020 e 2024, o ex-Presidente da República protagonizou um verdadeiro carnaval diplomático internacional, realizando mais de 130 viagens ao estrangeiro, muitas das quais sem agenda clara, sem resultados concretos e sem relatórios públicos de missão. O custo médio de cada deslocação ultrapassava facilmente 100 milhões de francos CFA, contabilizando aviões fretados, ajudas de custo, comitivas de luxo e estadias em hotéis de cinco estrelas. Um verdadeiro escândalo de proporções imorais para um país classificado entre os mais pobres do mundo.

O país foi gerido como um património privado, onde os recursos do Estado foram usados pelo ex-Presidente Sissoco para recompensar lealdades políticas, pagar favores e silenciar opositores, enquanto as populações vivem sem acesso a água potável, saúde básica ou escolas com telhados.

Conclusão: esta situação não é fruto do acaso, do FMI ou Banco Mundial, nem de fenómenos naturais, mas sim resultado direto de escolhas políticas desastrosas, da captura do Estado por redes mafiosas e da ausência de uma verdadeira cultura de prestação de contas.

Atenção quando o ex-Presidente Sissoco assume dizendo que tem poucos amigos e bons e que as suas viagens não são suportadas pelo Tesouro Público, estará a afirmar publicamente que é um marioneta  ao serviço de cartéis do narcotráfico com o objectivo de criação de um Narco-Estado na Guiné-Bissau.

Não é por acaso que o território nacional é usado como corredor de tráfico internacional de droga, com envolvimento documentado de altos oficiais do regime. As portas das fronteiras estão escancaradas, e o Estado funciona como facilitador do crime organizado, com efeitos devastadores sobre a soberania nacional.


Apili ka bu larga bu kurpu...

Bardadi di Partido ka ta pirdi!


Fonte: Anonima