Os dois politiqueiros da nossa praça |
Senhor Nuno Nabiam, permita-me, com toda a consideração e respeito, dirigir-lhe estas amargas palavras que vêm do fundo da minha ignorância. Não quis acreditar nos boatos a seu respeito e à opção de colagem com o verme invejoso, tribalista e salazarento que está ao seu lado na foto. Esperei para ver com os meus próprios olhos. Anta, és I abô, mé, Nuno? Afinal, o senhor é também um vira-lata? Ser potencial candidato a Presidente da República não constitui motivo para eleger o seu rival como inimigo eterno. Estou a referir-me ao seu ódio cego contra o actual PR. A outra questão que me tem causado insónia nestes dias é o facto do senhor ter dirigido a minha casa, pedindo voto para o seu partido. Será que o senhor se recorda? Penso que não sofre de amnésia política. Não digo o meu nome, mas para seu conhecimento sou e moro em Biambi, uma pequena povoação de Binar. Eu escutei as palavras do seu Mestre Kumba Yalá e segui atrás de si. Senhor Nuno Nabiam peço-lhe que não menospreze a minha inteligência a ponto de pensar que não sei distinguir o trigo do joio, o APU-PDGB do PAIGC. O que o senhor fez não tem outro nome que não seja traição política. Como apuano e eleitor, sinto-me apunhalado pelas costas. Agora lhe peço, com toda a gentileza, que me devolva o meu voto desperdiçado no APU. Escuta-me bem, não estou a pedir dinheiro, mas sim o meu desejo político expresso pelo voto nas urnas.
Querem transformar o povo guineense em refém do estenderete Acordo de Bruxelas, lançando ameaças de que Domingos Simões Pereira será, de acordo os estatutos do PAIGC, o próximo Primeiro-ministro. Pergunta: Na kuma, nho Nuno? Kê bu fiança nam na bu mercenários? É melhor calar-se antes que as moscas entrem na sua boca.
Não é chantagem, mas afirmo e reafirmo que caso o Nuno não me devolver o meu voto, não votarei nunca mais na vida na sua candidatura e muito menos no APU.