PROGRAMA DO GOVERNO: PRS AVISA QUE NÃO PARTICIPARÁ NA SESSÃO PLENÁRIA DE 15 DE OUTUBRO
O líder da bancada parlamentar do
Partido da Renovação Social (PRS), Sola N’Quilim Nabitchita, afirmou esta
sexta-feira, 27 de setembro de 2019, que a bancada parlamentar do PRS não
participará na sessão plenária marcada para dia 15 de outubro para
apresentação e discussão e eventual aprovação do Programa do Governo e
Orçamento Geral de Estado.
Sola N’Quilim Nabitchita insiste,
indicando que o partido não vai legitimar nenhum governo que já
levou noventa dias de governação sem os instrumentos
fundamentais (o programa e OGE) para a sua governação, violando assim o
regimento da ANP e demais leis do país.
Na opinião do líder da bancada parlamentar
do PRS, o programa do governo de Aristides Gomes “é um programa é extemporâneo”
e como consequência, o governo que o lidera também “está demissionário”.
A reação do PRS numa conferência de
imprensa conjunta com o Movimento para Alternância Democrática (MADEM
G-15), para se posicionarem sobre mais um adiamento da sessão parlamentar
extraordinária inicialmente convocada para 19 de setembro para
apresentar, discutir e eventualmente aprovar os dois instrumentos de
governação. Sola N’Quilim Nabitchita referiu neste sentido que o
país está numa situação de muitas ameaças e muito particular da sua
história, pelo que é preciso informar a opinião pública nacional sobre o
que realmente está a passar-se no país.
“País está numa situação muito crítica porque no dia em que a Guiné-Bissau passar de um país de trânsito para o de consumo de droga, os cidadãos vão começar a cultivar esse produto, adoptar a tecnologia da sua manufaturação e o país deixará de ser uma nação simples, mas, sim, uma nação narcótica de droga de maneira que as altas figuras do Estado envolvidas neste assunto devem ser traduzidas à justiça”, notou.
Referiu ainda que não é possível
continuar a assistir à situação de droga na Guiné-Bissau cada vez que Aristides
Gomes é nomeado primeiro-ministro. E acusa os tribunais de pouco ou nada terem
feito em relação à situação de droga na Guiné-Bissau, porque a
inoperacionalidade dos mesmos resultou no desaparecimento da droga do tesouro
público, em 2005. Porém, o processo já estava fortemente acusado, mas
ficou depois engavetado.
Nesse sentido, Sola N’quilim Nabitchita
exortou o Ministério Público para acionar mecanismos para responsabilizar os
autores desta avultosa quantidade de cocaína apreendida no país, que de acordo
com N’quilim Nabitchita, envolve altas personalidades do Estado e do governo.
Por: Aguinaldo Ampa
FONTE: Odemocrata