ARISTIDES GOMES PEDE
REFORÇO DA CONTINGENTE MILITAR DA CEDEAO – ECOMIB
O primeiro-ministro da
Guiné-Bissau, Aristides Gomes, pediu esta terça-feira, 22 de Outubro, o reforço
da Ecomib, força de interposição da Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental (CEDEAO), no país, após ter denunciado uma tentativa de golpe de
Estado.
“A Ecomib tem de ser reforçada. Não podemos
constituir um fator de podridão para a sub-região”, afirmou o primeiro-ministro
guineense, em declarações à Lusa por telefone a partir do Senegal.
Aristides Gomes denunciou na segunda-feira
à noite, numa publicação na sua página do Facebook, uma tentativa de golpe de
Estado para tentar impedir a realização de eleições presidenciais.
Na publicação, o primeiro-ministro revela
também que o autor daqueles atos “está devidamente identificado de forma
inequívoca e chama-se Umaro Sissoco Embaló”.
Umaro Sissoco Embaló, antigo primeiro-ministro
guineense e dirigente do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15),
é candidato às eleições presidenciais, marcadas para 24 de novembro.
Questionado pela Lusa sobre a denúncia que fez
na sua página no Facebook, o primeiro-ministro guineense disse que há um áudio
e que é um dos elementos que pode “constituir uma prova”.
“A pessoa indicada diz abertamente que devia
haver um golpe de Estado e o objetivo devia ser parar com tudo isso”, afirmou
Aristides Gomes, salientando que no áudio é ainda pedido para serem criados
distúrbios e uma situação para se constatar que não havia condições para a
realização de eleições presidenciais.
A Guiné-Bissau realiza eleições presidenciais
a 24 de novembro, estando a segunda volta, caso seja necessária, marcada
para 29 de dezembro.
“A maior parte dos guineenses não quer isto. A
rebelião não leva a nada. Há uma desilusão sobre essa via”, salientou Aristides
Gomes.
O primeiro-ministro disse que o país tem
imensos problemas de desenvolvimentos, retrocessos, mas os problemas não podem
ser resolvidos com o “uso da violência”.
“A nossa sociedade não iria seguir essa onda.
As pessoas querem tranquilidade, querem que a esperança seja concretizada”,
sublinhou.
Aristides Gomes destacou também o papel das
forças de defesa e segurança pela demonstração de “fidelidade” e disse que as
autoridades estão a fazer um dossiê para ser entregue aos serviços judiciais.
“Não há represálias. O que há é a reposição da
ordem constitucional”, disse.
As forças da Ecomib estão na Guiné-Bissau desde
2012 na sequência de um golpe de Estado militar e têm a missão de garantir a
segurança e proteção aos titulares de órgãos de
soberania guineenses. A Ecomib foi autorizada a 26 de abril de 2012
pela CEDEAO.
O objetivo da força de interposição é promover
a paz e a estabilidade na Guiné-Bissau com base no direito internacional, na
carta das Nações Unidas, do tratado da CEDEAO e no protocolo sobre prevenção de
conflitos daquela organização.
FONTE: Odemocrata
O MADEM-G15 DENUNCIA:
O embuste de Golpe de Estado, constitui mais uma tentativa do próprio Governo em desviar as atenções dos guineenses e da comunidade internacional sobre o envolvimento directo de Aristides Gomes no tráfico de droga, uma convicção reforçada agora com o mandato de captura internacional emitida pela justiça guineense contra o colombiano, Jhon Jaime Cano Zambrano, o seu Conselheiro Especial.
O MADEM-G15 DENUNCIA:
O embuste de Golpe de Estado, constitui mais uma tentativa do próprio Governo em desviar as atenções dos guineenses e da comunidade internacional sobre o envolvimento directo de Aristides Gomes no tráfico de droga, uma convicção reforçada agora com o mandato de captura internacional emitida pela justiça guineense contra o colombiano, Jhon Jaime Cano Zambrano, o seu Conselheiro Especial.