domingo, 7 de junho de 2020


BANDO DE PREDADORES

Incrível, a actual direcção do PAIGC, parece um bando de predadores que decidiu antepor ao legado de Amílcar Cabral, os pilares salazariatas de segregação dos cidadãos guineenses entre civilizados e indígenas.

A actual direcção do PAIGC inebriada de ideias salazaristas e antipatrióticas, tomou o comando, logo na primeira hora, muito antes mesmo da CNE ter publicado os resultados eleitorais, e porque que podia contar apenas com maioria relativa (47 deputados), resolveu sequestrar os deputados do APU-PDGB, rubricando o Acordo de Incidência Parlamentar, para se constituir a maioria necessária para governar o nosso país. 

Tendo em conta às últimas recomendações da CEDEAO, foi dado ao PAIGC oportunidade para estabelecer, de novo, acordos de incidência parlamentar, com o objectivo de liderar um novo executivo, a efusão inicial que levara o sequestro de deputados baixou. Até a data presente, não se vislumbra nenhuma luz ao fundo do túnel.

Paradoxal é o facto de, mais uma vez, o PAIGC ter dado mais um tiro no próprio pé. Jurou a pé juntos que não vai reconhecer, em nenhum moento, a vitória do Presidente Umaro Cissoco Embaló. Prova disso, entre muitos outros disparates, foram as várias declarações vindas a público de apoiantes da ex-candidatura derrotada de Domingos Simões Pereira, que nunca se dignou vir ao terreiro posicionar-se em relação a tais ameaças. Outra prova, tem a ver com o facto de o PAIGC ter metido, há dias, queixa contra a CEDEAO por reconhecer Umaro Cissoco Embaló como Presidente da República da Guiné-Bissau. Mas, ao mesmo tempo, pretender, ele próprio, liderar o novo Governo.  

Eis a pergunta que se impõe, neste momento: será que a actual direcção do PAIGC é constituída por patriotas e continuadores de Cabral? A resposta é: não! A actual direcção do PAIGC é constituída por bando de predadores, teledirigidos pelo exterior.