BANDO DE PREDADORES
Incrível,
a actual direcção do PAIGC, parece um bando de predadores que decidiu antepor ao
legado de Amílcar Cabral, os pilares salazariatas de segregação dos cidadãos
guineenses entre civilizados e indígenas.
A
actual direcção do PAIGC inebriada de ideias salazaristas e antipatrióticas,
tomou o comando, logo na primeira hora, muito antes mesmo da CNE ter publicado
os resultados eleitorais, e porque que podia contar apenas com maioria relativa
(47 deputados), resolveu sequestrar os deputados do APU-PDGB, rubricando o
Acordo de Incidência Parlamentar, para se constituir a maioria necessária para
governar o nosso país.
Tendo
em conta às últimas recomendações da CEDEAO, foi dado ao PAIGC oportunidade
para estabelecer, de novo, acordos de incidência parlamentar, com o objectivo
de liderar um novo executivo, a efusão inicial que levara o sequestro de
deputados baixou. Até a data presente, não se vislumbra nenhuma luz ao fundo do
túnel.
Paradoxal
é o facto de, mais uma vez, o PAIGC ter dado mais um tiro no próprio pé. Jurou
a pé juntos que não vai reconhecer, em nenhum moento, a vitória do Presidente
Umaro Cissoco Embaló. Prova disso, entre muitos outros disparates, foram as várias
declarações vindas a público de apoiantes da ex-candidatura derrotada de
Domingos Simões Pereira, que nunca se dignou vir ao terreiro posicionar-se em
relação a tais ameaças. Outra prova, tem a ver com o facto de o PAIGC ter
metido, há dias, queixa contra a CEDEAO por reconhecer Umaro Cissoco Embaló
como Presidente da República da Guiné-Bissau. Mas, ao mesmo tempo, pretender, ele
próprio, liderar o novo Governo.
Eis
a pergunta que se impõe, neste momento: será que a actual direcção do PAIGC é
constituída por patriotas e continuadores de Cabral? A resposta é: não! A actual direcção do PAIGC é constituída por bando de predadores, teledirigidos pelo exterior.