Dr. Juliano Fernandes-Secretário Geral APU-PDGB |
Via facebook, assistimos uma Conferência de Imprensa, hoje em Lisboa, proferida pelo Dr. Juliano Fernandes, Secretário Geral de APU-PDGB, procurando sossegar as "consciências" com promessas inabilitáveis de que o Acordo de Incidência Parlamentar assinado entre PAIGC e APU-PDGB, será para levar até o fim desta legislatura.
O Dr Fernandes reconheceu que a Guiné-Bissau, praticamente, nunca teve um governo estável. E que, entretanto, tivéssemos de ir as eleições num contexto difícil. Criticou ainda, sem mencionar nomes, o uso desmesurado e sem precedentes no nosso país, de meios de campanha por parte de certos partidos proponentes, num contexto em que os professores não recebiam os respectivos salários, os hospitais completamente carentes, e em que o sistema nacional de saúde não funciona, etc, etc.
Disse Dr. Fernandes que recai sobre o APU a grande responsabilidade de assegurar a governabilidade do nosso país nos próximos anos. Avisa que não podemos (quem APU ou os guineenses?) deixar escapar esta oportunidade.
Face aos resultados, que opções a fazer?
A resposta do Dr. Fernandes foi de que o APU-PDGB teria que tomar uma opção de acordar com o partido "matematicamente" mais votado, que estivesse mais perto da maioria, sem olhar, no entanto, para este ou aquele, porque é bom ou mau. Segundo ele, o APU optou, contra ventos e marés, porque não deixa de ser por uma questão de justiça. E as questões, então, de estratégia política, ideológica ou de ideais de Kumba Ialá, não requeriam uma justa ponderação antes do acto?
Já está confirmado que tudo que gravita à volta dos números é romance para os "apuanos". O APU-PDGB revelou uma grande insensibilidade em relação ao facto de se ter frustrado os anseios políticos do seu eleitorado, logo ao virar da esquina.
Mas, a pergunta se persiste na boca do povo é a seguinte: APU-PDGB, sendo um partido centralizado na figura do seu líder e vocacionado e focalizado, inclusive, nas presidenciais, qual a garantia de o PAIGC apoiar a candidatura de Nuno Nabiam, logo à primeira volta?