sábado, 16 de março de 2019

O DELÍRIO DO APU-PDGB

Sr. Nuno Gomes Nabiam-líder do APU-PDGB
Após o escrutínio de 10 de Março, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) - que em nenhum momento  escondeu a sua incapacidade na gestão do processo eleitoral - atribuiu a APU cinco mandatos que transformou o seu líder, uma figura aparentemente tranquilo, num homem do momento na Guiné-Bissau. No caso do Nuno Nabiam, a aparência engana. O que significa que a tranquilidade da figura coabita com a inocência do homem. 

A semelhança do PRS, APU-PDGB, é um partido inspirado sobretudo nos ideais do imortal Kumba Yalá, Para dizer que os dois partido têm disputado o mesmo eleitorado. Pela primeira vez o APU concorre as legislativas e alcança os escassos cinco mandatos que vem "embandeirar em arco" e a auto-proclamar fiel da balança no parlamento, à ponto de assinar acordo com o arqui-inimigo do seu eleitorado (o PAIGC). Os militantes e simpatizantes do APU já protestam sobre o fim para que se reservaram os seus votos. Se APU quisesse, de facto, ser o partido fiel da balança, não assinaria, no meu entender, acordo de incidência parlamentar com nenhuma formação política. Fê-lo, inclusive, sem sequer consultar  os órgãos do seu partido.

É caso para dizer que os dirigentes do APU, no virar da esquina e sem olhar para trás,  decidiram trair o seu eleitorado, transformando a amizade pessoal com o líder do PAIGC (DSP) em assunto da governação. Agora, os cinco deputados têm cabeça a prémio, e ficarão politicamente moribundos. Ainda vão a tempo de fazer o "volte-face", caso queiram corrigir-se.