Ex-PM Dr. Artur Sanhá |
Esta é o resumo da entrevista do ex-Primeiro-ministro Dr. Artur Sanhá à chegada ao aeroporto de Dakar/Senegal, (via facebook), antes da votação ocorrida no do dia 10 de Março. Argumentou o político que os 4 (quatro) anos passaram sem resultados políticos palpáveis. Durante esse período, o povo ficou dividido, desorganizado e dessintonizado. Falou do cenário do PRS ganhar as legislativas e não ponderou que o MADEM-G15 pudesse obter um óptimo resultado. Mas, para ele, o pior cenário seria a vitória do PAIGC. Ponderou que com a vitória do PAIGC, quem seria o Primeiro-ministro é lógico que fosse o cabeça de lista, Eng. Domingos Simões Pereira. Assim sendo, recordou Sanhá que todos nós assistimos os sentimentos de aversão política existentes entre JOMAV e DSP (entre Presidência da República e o PAIGC).
O ex-Primeiro-ministro Artur Sanhá, disse ainda, caso o DSP for nomeado Primeiro-ministro, temos questões pendentes com relação ao processo de "Resgate" e vários relatórios de auditorias feitos. Pergunta: como esta situação poderá ser gerida pelos partidos políticos, Assembleia da República e a Procuradoria da República? Para ele, tudo isso poderá trazer de novo, à ribalta, quezílias políticas anteriores. E nesse caso, a Mesa Redonda não chegará , não haverá financiamento estrangeiro, não haverá fábricas, nem política de habitação, saúde, educação, etc. A crise aumentará e a estagnação económica.
E conclui dizendo que encara com bons olhos a solução encontrada pela ONU para Timor Leste, em que se criou o programa de Transição Assistida para antiga colónia portuguesa do oriente.
Acredita Sanhá que só com estabilidade, bom relacionamento pessoal e institucional entre Primeiro-ministro e Presidente da República, poderá a Guiné-Bissau beneficiar de ajuda externa.
Na outra vertente, a recandidatura do DSP como cabeça de lista pode ser encarada como uma afronta ao PR. Os jovens estão a aprender com ele a desrespeitar o PR. Portanto, quando chegar a vez dele, faremos o mesmo.