quarta-feira, 12 de junho de 2019

ATENÇÃO: Angola fala grosso da actual crise política na  Guiné-Bissau.


O representante Permanente de Angola junto da União Africana divulgou uma mensagem no Conselho de Paz e Segurança, em Adis-Abeba com o seguinte conteúdo político: “(…) nos termos da Constituição da Guiné-Bissau, é prerrogativa do Presidente da República nomear o Primeiro-ministro, de acordo com os resultados eleitorais.” Para, de seguida concluir, sem se preocupar sequer com os termos processuais e regimentais do sistema político vigente na Guiné-Bissau, o seguinte: “a questão da eleição da Mesa da Assembleia Nacional Popular não pode constituir uma justificação politicamente aceitável para o seu adiamento.”

Com esta infeliz declaração, Angola acaba de provar a sua ignorância face às noções básicas da função burocracia das instituições em si e do funcionamento do sistema político semi-presidencialista ou parlamentar em vigor na Guiné-Bissau.

Um conselho de amigo para as representações diplomáticas acreditadas no nosso país cujo sistema político em que a chefia do governo cabe ao Presidente da República (presidencialismo): não se enveredar  para a ociosidade e voltar às carteiras para estudar o semi-presidencialismo enquanto sistema político, sob pena de pôr a circular boatos e opiniões subversivas e incitadoras de violência no nosso país.    

XÉ MENINO, 
NÃO FALA POLÍTICA,
NÃO FALA POLÍTICA,
NÃO FALA POLÍTICA.