segunda-feira, 10 de junho de 2019


Confirmada  sexta vaga das paralisações na Função Pública não obstante a decisão governamental de descontar nos  vencimentos

Bissau 10 Jul 19 (ANG) – O Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guine (UNTG), na foto, disse hoje que a sexta ronda de greves, vai mesmo ser uma realidade entre os dias 11,12 e 13 do mês em curso mesmo com a advertência do Governo de que os grevistas vão ter os dias de paralisação descontados no vencimento.


Júlio Mendonça , em entrevista a  ANG disse que “todo o político responsável e que tem noção Estado não fala  à toua ou de uma forma tão banal como é o caso deste Chefe de Governo”, porque “ele, Aristides Gomes quando foi Primeiro-ministro em 2006 antes de sair deixou dividas que os funcionários de Estado inclusive dos professores novos ingressos e contratados nos liceus não receberam até hoje”.

“Agora um Estado responsável que sabe que tem obrigações para com os seus funcionários de pagar no final de cada mês e não o faz à tempo e hora, frustrando as expectativas das pessoas. 

Todos os funcionários já tinham a coragem de contrair empréstimos juntos aos comerciantes para depois pagar no final do mês, mas com este Governo hoje os funcionários não o podem fazer ou perderem crédito “,disse.

Mendonça frisou que existem muitas dívidas com deferentes instituições estatais que o Executivo não liquidou: casos dos jornalistas contratados dos Órgãos Públicos de Informação que já não recebem há quase seis meses.

Diz se mesmo assim  este Chefe de Governo tem a moral de dizer que vai descontar aos trabalhadores que aderirem a greve.

“Se querem fazer os descontos como manda a lei, primeiro devem cumprir a mesma, ou seja, que paguem todas as dívidas e a partir dali podem fazer os descontos. Estamos em greve porque o Governo não cumpre com o seu dever”, disse  salientando que Aristides Gomes como Primeiro-ministro é uma decepção para o Estado guineense.

Mendonça afirmou que  o país retrocedeu com o mandato deste Chefe de Governo,  e argumenta:”toda a crise que se viveu na Guiné-Bissau, o aspecto salarial já tinha sido ultrapassado”.

Disse que  Aristides não tem nenhum moral nem legitimidade de descontar nenhum tostão de um funcionário que aderiu a greve, porque estão a reivindicar porque não foram pagos.
Júlio Mendonça apela  aos trabalhadores a manterem serenos e tranquilos  e diz se  este Governo de Aristides tem mesmo a coragem, que avance com o desconto dos salários como prometeu.

O Governo anunciou recentemente em comunicado que doravante, as faltas cometidas devido a greve vão ser descontadas nos vencimentos.

As duas maiores centrais sindicais, a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné(UNTG) e  a Confederação Geral de Sindicatos Independentes(CGSI) promovem, há mais de um mês,  greves de três dias semanais na Função Pública, afectando as escolas e o sector da saúde, entre outros serviços estatais, sem o cumprimento da obrigação de serviço mínimo.

FONTE: ANG/MSC//SG