O
DEMISSIONÁRIO
O
Sr. Aristides Gomes fora exonerado em finais de Outubro de 2019, do cargo de Primeiro-ministro,
tendo permanecido De facto até a
presente data no lugar e não De jure. Hoje, podemos até afirmar que sua permanência na chefia do governo resultou da sua insubordinação ao Decreto Presidencial,
ao desafiar a decisão - rodeado na altura pelos
membros do Governo - dizendo que só sairia “se fosse pela via da força”, alegando, inclusivamente, que havia "arranjos constitucionais" (que só ele sabia) que vedavam ao Presidente José Mário Vaz de tomar certas decisões.
O
Sr. Aristides Gomes sabe que o Decreto que o exonerou vigora, e que a sua figura não passa, no contexto político nacional, de uma carta fora
do baralho. E isso confirma-se pelo Decreto que nomeou o Dr. Faustino F.
Imbali, que, entretanto, teve que pôr o seu lugar à disposição, não sendo, contudo, despachado o seu pedido até a presente data pelo Presidente da
República.
O Sr. Aristides Gomes não tem margem de manobra perante o veredicto
das urnas. Portanto, só quer aparecer em camisa de playboy e continuar a alimentar a ideia de alguma sobrevivência política, e ludibriar a opinião pública com "ameaças" de que em caso da perda eleitoral
do seu candidato (Domingos Simões Pereira) iria apresentar a sua demissão aos
órgãos do seu partido (o PAIGC)”.