terça-feira, 16 de abril de 2019


SITUAÇÃO CRÍTICA EM TRIPOLI/lÍBIA:

Confrontos entre milícias e exército nacional ameaçam estabilidade no país

Nações Unidas, países do G7 e Human Rights Watch apelaram já à suspensão dos movimentos militares em Trípoli. ONU garante que conversações entre as partes com vista à paz no país, agendadas para 14 de abril, se mantêm.  
O exército nacional líbio (ANL) do marechal Khalifa Haftar, que controla o leste do país, denunciou, este  sábado (06.04), o raide aéreo sofrido pelas suas forças, a cerca de cinquenta quilómetros da capital de Trípoli, sobre a qual lançou um ataque. "Nós denunciamos firmemente o raide aéreo na região de Al-Aziziya" efetuado por um avião que descolou de Misrata (oeste), disseram os serviços de comunicação do exército nacional líbio. 
Na quinta-feira (04.04), as forças leais ao marechal Haftar lançaram uma ofensiva para tomar a capital líbia, onde as forças do GNA liderado pelo seu principal rival, Fayez al-Sarraj, ordenou aos seus militares que os repelissem. De acordo com a ANL foram alvejados civis no raide aéreo, embora não tenha relatado baixas. 
Estes são os primeiros combates significativos entre as duas partes desde a instalação do Governo de União Nacional na capital líbia, no final de março de 2016.

Comunidade internacional preocupada

Em Dinard, França, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos sete países mais industrializados do mundo (G7) apelaram à cessação "imediata" de "todos os movimentos militares em direção a Tripoli". Este sábado (06.04), Heiko Maas, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, e porta-voz do G7, disse que o grupo está de acordo em "usar todas as possibilidades à sua disposição para pressionar os responsáveis pelo conflito, especialmente o General Haftar, para evitar mais uma escalada militar".
Esta sexta-feira (05.04), naquele que foi o último dia da sua visita ao país, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse, no aeroporto, que deixava a Líbia com "o coração pesado e uma profunda preocupação".
Guterres, que chegou ao país esta quarta-feira (03.04), foi apanhado de surpresa pela tensão entre as milícias e o exército nacional. Uma vez que, no dia seguinte à sua chegada, o marechal Khalifa Haftar, homem forte da fação que controla o leste da Líbia e que disputa o poder do país, ordenou às suas forças do exército nacional que avançassem em direção a Trípoli. No dia seguinte, o secretário-geral da ONU reuniu-se, em Bengazi, com Khalifa Haftar numa tentativa de evitar este avanço.
Também o Conselho de Segurança da ONU pediu a suspensão dos movimentos militares das forças do comandante Khalifa Haftar, lembrando que "não pode haver solução militar para o conflito" e que vai "exigir responsabilização por mais conflitos".
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LANÇAMOS, POR ISSO, ESTE VIBRANTE APELO, E EM ESPECIAL, AO GEN. UMARO CISSOKO NO SENTIDO DE USAR A SUA MAGISTRATURA DE INFLUENCIA PARA LIBERTAÇÃO DOS NOSSOS CONCIDADÃOS PERDIDOS NAS TERRAS LÍBIAS.