sábado, 24 de agosto de 2019


O RESCALDO DAS PRIMÁRIAS NO PAIGC

Há um provérbio que diz: “amigo que virou inimigo, nunca foi amigo”. O Eng.º Cipriano Cassamá obteve escassos 67 votos, o que corresponde a 21%, aquém dos 242 (78%) do líder, Domingos Simões Pereira.

Era precisamente esta situação que Cassamá quis evitar com a exteriorização dos seus sentimentos políticos reprimidos, quando alguns militantes e amigos do PAIGC lhe interpelaram com a proposta da sua desistência. Se o líder do PAIGC, cão tinhoso, não tivesse participado, era hoje ele o candidato do PAIGC às presidenciais de 24 de Novembro.

E agora, a estratégia de Cassamá fica gorada? O que lhe valeu toda a rectidão pessoal em relação ao líder desde o Congresso de Cachéu e enquato Presidente da ANP na IX legislatura? Qual o destino dos materiais já adquiridos por ele para a campanha eleitoral?

A claque do líder do PAIGC já vem alegando, a boca pequena, de que fora o Cassamá quem instigou a briga entre o Presidente da República e o Presidente do PAIGC.

Moral da história: o apego (sentimental e emocional) à figura de líder político é oposta à política, enquanto conjunto de princípios e objectivos que servem de guia a todas as decisões e que fornecem a base de actividades em determinado domínio.