sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

LEGISLATIVAS 2019 - DIRECTOR GERAL DA INACEP PROTESTA “EXCLUSÃO” DA EMPRESA NA PRODUÇÃO DE CADERNOS ELEITORAIS


Bissau, 25 Jan 19(ANG) – O Director-geral da Imprensa Nacional(INACEP), Empresa Pública, protestou ontem o que considera de “exclusão” da empresa na produção de cadernos eleitorais, visando eleições legislativas de 10 de Março próximo .

“A Inacep, enquanto Imprensa pública nacional avançou com uma proposta para a produção de cadernos eleitorais como tem acontecido nas eleições legislativas e presidenciais de 2014 conforme a lei”, disse hoje Vladimir Djomel em conferência de imprensa.

Aquele responsável alegou que a Inacep foi criada com o estatuto especial de confeccionar, em termos gráficos, todos os trabalhos do Estado da Guiné-Bissau.


“Foi nesse quadro que desde que o processo eleitoral iniciou no país esta instituição foi sempre responsável pela produção de cadernos eleitorais”, sustentou.

Vladimir Djomel salientou que foram convidados pelo Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral(GTAPE) a apresentar uma proposta visando a produção de cadernos eleitorais, acrescentando que a sua instituição apresentou as condições necessárias para o efeito.

“Enviamos a nossa proposta partindo da experiencia nas eleições de 2014 com uma factura na ordem de pouco mais de 57 milhões de francos CFA para a impressão de 55 mil exemplares necessários, de acordo com o número de cidadãos inscritos nos cadernos eleitorais”, disse.

O Director Geral da Inacep disse que tiveram informações de que a empresa “360 V2”, apresentou uma proposta visando imprimir 50 mil exemplares de lista de recenseados no valor de 72 milhões de francos CFA, ou seja, montante muito superior ao valor apresentado pela Inacep.

“A Incaep apresentou a sua proposta baseando na lei porque o Suplemento do Boletim Oficial número 31 do dia 7 de Agosto de 1978 e o decreto 22/78 e artigo número 4 ponto 2, alíneas a e b, determina que todos os trabalhos do Estado devem ser feitas pela Inacep e na eventualidade de não poder executa-los deve solicitar aos seus parceiros, nomeadamente a Casa de Moeda de Portugal e outras instituições estatais de outros países”,referiu.

Vladimir Djomel disse não compreender a decisão do GTAPE de atribuir a confecção dos cadernos eleitorais à empresa 360 V2, sem uma comunicação prévia à outra empresa concorrente, neste caso a Inacep.

“Temos ainda informações de que a empresa 360 V2 tem ainda propostas adicionais de 30 milhões de fcfa para a realização do mesmo trabalho porque irá dar emprestado as suas máquinas de impressão ao GTAPE”, revelou.

O Director Geral da Inacep promete avançar já amanhã, sexta-feira com uma providencia cautelar para impugnar o referido processo.

A ANG soube que 360 V2 é uma empresa privada de que é sócio gerente o antigo Director-geral da Inacep, Victor Cassamá.

ANG/AC//SG