segunda-feira, 30 de novembro de 2015

CONFERÊNCIA: INTERNACIONAL SOBRE CLIMA: PRESIDENTE JOSÉ MÁRIO VAZ PEDE APOIO FACE A “ENORMES RISCOS”

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, fez hoje um “vibrante apelo” aos parceiros do país, para que o protejam face às mudanças climáticas.

“Lanço um vibrante apelo aos nossos parceiros para que apoiem a Guiné-Bissau face aos enormes riscos que as alterações climáticas colocam”, referiu o chefe de Estado ao discursar na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP21), que decorre até 11 de dezembro, em Paris.
 
José Mário Vaz referiu que “é chegado o momento inadiável de alicerçar compromissos” à escala global, de forma a haver “uma partilha efetiva de responsabilidades”.

O chefe de Estado realçou que a Guiné-Bissau – com 80 ilhas e ilhéus e um território continental quase plano – é um dos países mais vulneráveis à subida do nível dos mares.

 
A Guiné-Bissau faz parte da aliança dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento e pretende continuar a constituir-se como “um sumidouro absoluto de gases responsáveis pelo aquecimento global”, acrescentou Vaz.

 A chave para a Guiné-Bissau cumprir esse papel são as florestas, que, disse José Mário Vaz disse, irão ter “uma gestão mais sustentada”Também na agricultura, o Presidente guineense confia em avanços, mas garantindo sempre que será uma atividade amiga do ambiente.
 
A COP21, que decorre entre 30 de novembro e 11 de dezembro, reúne em Paris representantes de 195 países, que tentarão alcançar um acordo vinculativo sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa.

 O acordo deve limitar, até 2100, o aquecimento da temperatura média global da atmosfera a dois graus centígrados acima dos valores registados antes da revolução industrial.
 
Até agora, mais de 170 países já apresentaram contributos para a redução de emissões, mas são ainda insuficientes para alcançar a meta proposta.

 Entre os assuntos pendentes estão a aceitação de um mecanismo de revisão periódica das contribuições nacionais e a existência de um só sistema, sem divisões entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, mas com flexibilidade no tratamento – tema que, juntamente com a responsabilização dos países maiores emissores, serão aspetos mais difíceis de resolver.
 
Fonte: lusa