O Chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, aproveitou a cerimónia de abertura de mais um ano parlamentar para justificar a sua decisão de demitir o procurador-geral da República e o presidente do Tribunal de Contas.
No entender de Vaz, mesmo perante várias denúncias e evidências de corrupção e derrapagens na gestão dos fundos públicos por parte do anterior Governo, as duas instituições e seus respectivos responsáveis, agora demitidos, não estiveram à altura das suas responsabilidades.
”São várias as vozes, desde o cidadão comum a algumas figuras da nossa sociedade, que se ergueram para denunciar derrapagens na execução orçamental e a multiplicação de despesas não tituladas, bem como actos de corrupção em vários setores económicos. Mas, para alguns sectores da nossa sociedade, estas denúncias não passam de rumores, invenções, calunias e até de invejas”, acusou-
O PÇresidente recuou ainda no tempo para lembrar que a sua última intervenção no hemiciclo guineense foi na perspectiva de acautelar algumas situações que punham em causa a transparência na governação.
Foi daí que, sublinhou Mario Vaz, "a Assembleia Nacional Popular, tinha uma responsabilidade pertinência e acrescida”.
O Parlamento iniciou mais uma sessão ordinária para a discussão de vários diplomas e pretende apresentar os resultados do inquérito da Comissão Eventual, criada para investigar as acusações do Presidente, segundo as quais o Governo de Domingos Simões Pereira estava infestado de actos de corrupção.
Espera-se ainda que no decorrer desta sessão, o actual Executivo apresente o seu programa de governação e o respectivo orçamento de Estado para o próximo ano. Voz da América