terça-feira, 24 de novembro de 2015

GUINÉ-BISSAU: GOVERNO REUNIU COM A COMUNIDADE MUÇULMANA SOBRE PROIBIÇÃO DO VÉU INTEGRAL

Bissau – Preocupação das autoridades guineenses face à proliferação do uso de véus islâmicos no país levou o Governo a reunir esta segunda-feira 22 de Novembro com a comunidade muçulmana.
 
Um encontro que foi presidido pelo Secretário de Estado da Ordem Pública, Luís Manuel Cabral, e no qual participaram representantes do Conselho Nacional Islâmico e o Conselho Superior dos Assuntos Islâmicos da Guiné-Bissau.

Falando em nome do grupo que reuniu com o Secretário de Estado, Tcherno Siradjo Bari disse que no mundo estão em curso vários conflitos, esta situação de conflituosidade justifica que cada Estado tem o dever se prevenir das consequências, no entanto é necessário respeitar a religião islâmica.
Neste âmbito, Siradjo Bari disse que concordava com a iniciativa do Governo em proibir o uso de véu integral por alguns membros da comunidade islâmica. “Fomos informados que o Governo quer tomar medidas, mas pelo respeito a nossa comunidade ele chamou-nos para pedir informação e consulta em relação ao assunto”, disse Bari.

Para Luís Manuel Cabral a situação de vulnerabilidade da Guiné-Bissau em termos de segurança obriga à prevenção da criminalidade e particularmente à circulação e acção de fundamentalistas islâmicos.

Face a estas ameaças Luís Manuel Cabral disse que os líderes religiosos concordaram com a posição do Governo em proibir o uso véu integral no país. “Não estamos contra qualquer prática religiosa, o que está em causa é o controlo das pessoas e a segurança interna do país” mas também porque “no ponto de vista operativo, ficamos com inquietudes, porque não sabemos com quem relacionam dia-a-dia”, disse confirmando que vai informar o chefe do Governo sobre as conclusões do encontro.

 Por fim Luís Manuel Cabral reconheceu que a situação é preocupante e lembrou que a Guiné-Bissau é um país laico, pelo que qualquer pessoa é livre de praticar a sua fé de acordo com as leis vigentes no país.

 
(c) PNN Portuguese News Network