domingo, 14 de outubro de 2018

RECENSEAMENTO SEM KITS?

"Mesmo que eu fosse desempregado não iria correr atrás dos "kits ambulatórios". Nunca!" Isto é o que o povo tem estado a comentar neste processo que precisa de ser livre, justo e transparente. Contudo sabemos que se a Democracia e o desenvolvimento dependessem das eleições legislativas, o nosso país seria dos mais livres e desenvolvidos do mundo. 

Há um provérbio que diz Julgue cada dia pelas sementes que você planta. Os avanços e/ou recuos futuros estão a ser engendrados, de novo, neste preciso momento na Guiné-Bissau. O Governo do Dr. Aristides Gomes havia afixado  datas de 23 de Agosto a 23 de Setembro para o recenseamento dos eleitores e reafirmou a sua determinação em realizar eleições legislativas no dia 18 de Novembro. 

Como é sabido, o processo estima cerca de 900 mil eleitores. Mas, até a presente data, os registos biométricos têm sido do tipo ambulatório, onde se pode verificar, inclusive, cada "pastor" jogar/lutar pelo recenseamento do seu rebanho, correndo atrás dos agentes de recenseamento que saltitam de zona em zona. E cada mesa de recenseamento tende a ser dominada por agentes afectos a um determinado partido político. No universo previsto foram recenseados, até ao momento, apenas 10% de novos eleitores, faltando seis dias para o prazo limite avançado pelo Governo (dia 20 de Outubro). O Governo decidiu pedir emprestado 300 kits a Nigéria, tendo estado a operar-se com cerca 1/3 do previsto. Também o Governo do Dr. Aristides Gomes decidiu emitir cartões laminados em vez de cartões em plástico do tipo PVD (Policloreto de polivinila).

NEPOTISMO NO GTAPE?

Gabinete de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) é uma das entidades responsáveis para condução do processo eleitoral, focalizando o recenseamento e actualização dos cadernos eleitorais. Trata-se de um dos órgãos que devia primar, antes de mais, pela transparência. GTAPE deu um péssimo sinal de falta de transparência. Os seus responsáveis permitiram a prática de favorecimento de amigos (funcionários) na atribuição de privilégios no processo de aluguer de viaturas. Apenas as viaturas dos próprios funcionários do GTAPE tiveram a sorte de entrar no contrato (alugados). Como é possível tudo isso? É caso para dizer: os cães ladram e a caravana passa.


Mofinu larga Guiné!...