Sory Djaló, candidato a Presidente da Guiné-Bissau, questionou a proveniência de dinheiro usado na campanha eleitoral de adversários e prometeu lutar contra a corrupção se for eleito chefe de Estado no dia 13 de abril.
Djaló, presidente do parlamento guineense, incompatibilizou-se com o Partido da Renovação Social (PRS) e decidiu candidatar-se a Presidente com o apoio do Partido da Reconciliação Nacional (PRN).
In Lusa
Djaló, presidente do parlamento guineense, incompatibilizou-se com o Partido da Renovação Social (PRS) e decidiu candidatar-se a Presidente com o apoio do Partido da Reconciliação Nacional (PRN).
Em declarações aos jornalistas, hoje em Bissau, Sory Djaló disse que não precisa de cartazes para ser conhecido no país como "muitos estão a fazer com dinheiro de proveniência duvidosa", apontou, sem referir nomes.
Neste particular desafiou os que acusa de estarem a "esbanjar dinheiro" na campanha eleitoral a explicarem ao povo a proveniência dessas verbas.
"Ninguém herdou riqueza dos pais neste país. Somos todos coitados. Quem tiver dinheiro em quantidade deve ser questionado: onde arranjou esse dinheiro", disse Djaló.
Para o candidato a Presidente da Guiné-Bissau "é grave" que os salários não estejam a ser pagos aos funcionários públicos quando os actuais governantes se apresentam à corrida eleitoral.
"Os que são governantes e ao mesmo tempo candidatos também deviam ser questionados. Onde foram arranjar tanto dinheiro que estão a gastar na campanha eleitoral", observou Sory Djaló, novamente sem detalhar nomes.
Enquanto presidente do parlamento, o candidato disse que tem um salário maior do que o dos governantes, mas aqueles aparentam ter mais dinheiro, pelo menos olhando àquilo que gastam na campanha eleitoral.
"Eu ganho mais do que todos eles. Estão a esbanjar esse dinheiro todo em nome de quê?", perguntou Djaló.
Se for eleito, promete firmeza para lutar contra a corrupção e a delapidação da riqueza do país em proveito próprio.
Nesse sentido, garantiu que aqueles que estão "dizimar a floresta e o peixe" da Guiné-Bissau "um dia serão julgados".
Realçando que existem provas dos "criminosos", Sory Djaló precisou que o abate de árvores e o roubo do peixe nos mares da Guiné-Bissau nunca aconteceu no passado tal como nos últimos meses.
"Já tivemos aqui governos de ditadura, mas nunca se viu o que se está a passar com as nossas riquezas como hoje", precisou Djaló.
In Lusa