sexta-feira, 28 de março de 2014

VÍRUS ÉBOLA CHEGA À CAPITAL DA GUINÉ CONACRI APÓS CAUSAR DEZENAS DE MORTES NO SUL


Conakry, - Quatro casos do vírus Ébola foram confirmados quinta-feira, em Conakry, os primeiros da capital da Guiné, onde a epidemia vinha se restringindo ao sul do país, disseram fontes médicas à AFP.

Os doentes foram imediatamente internados em centros de isolamento para evitar a propagação do vírus, contagioso e altamente letal, acrescentaram as fontes de Saúde, segundo escreve Stéphane Barbier para a AFP.
             
Esses novos casos são diferentes dos três de febre hemorrágica detectados em Conakry no último domingo, entre eles dois fatais. Depois de uma análise feita no Instituto Pasteur de Dakar, comprovou-se que nenhum dos três tinha sido causado pelo Ebola.
             
Um comunicado divulgado na tarde desta quinta-feira pelo ministério guineense da Saúde revelou que desde Janeiro foram contabilizados "103 casos suspeitos de febre hemorrágica viral, dos quais 66 afetados morreram", sobretudo no sul do país. O balanço anterior mencionava 88 casos.
             
A cidade de Gueckedu é a mais afectada, com 45 óbitos num universo de 61 casos, seguida pelas cidades de Macenta (12 mortes em 19 casos), Kisidugu (cinco, em sete) e Kankan (com apenas um falecimento).
             
Em Conakry foram registados cinco casos, um deles mortal, segundo fontes do governo. "Investigações estão a ser realizadas para obter mais detalhes", informou uma fonte oficial, que não se pronunciou sobre os casos de vírus ebola reportados pela AFP.
             
Análises feitas por institutos especializados da Europa e de Dakar, no Senegal, mostraram que pelo menos 11 dos casos de febre hemorrágica foram provocados pelo vírus Ebola.
             
Não existe vacina, nem qualquer tipo de medicamento para combater o Ébola. Apenas medidas preventivas podem controlar a sua expansão, como a instalação de centros de isolamento para os doentes e a desinfecção sistemática dos locais por onde as pessoas afectadas passaram.
             
Desde que a epidemia foi anunciada, há uma semana, autoridades sanitárias guineenses e organismos internacionais - como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a ONG Médicos Sem Fronteiras - têm multiplicado suas actividades na zona afectada. Toneladas de materiais de higiene foram enviadas ao país, onde também foram iniciadas campanhas de informação e sensibilização. Fonte: Aqui


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