Um projeto guineense pretende intensificar a luta contra a mutilação genital feminina (MGF) no país com ações de formação para trinta jornalistas de órgãos de comunicação social comunitários a decorrer hoje e sexta-feira em Bissau, anunciou a organização.
"A maioria dos participantes são colaboradores de rádios e televisões comunitárias que praticam um jornalismo de proximidade com os grupos-alvo", refere uma nota do Djinopi -- Movimento Contra a Mutilação Genital Feminina.
O projeto quer fazer chegar a mensagem sobretudo junto de crianças e jovens em risco de mutilação, pais e outros membros dos agregados familiares, excisadoras, autoridades e líderes de opinião.
O Djinopi foi criado em 2010 com financiamento da organização não-governamental alemã "Serviço para a Paz no Mundo".
Além deste encontro com jornalistas, o Djinopi já promoveu outras ações de formação junto de polícias, autoridades religiosas e outros grupos da sociedade civil.
"Um dos resultados mais significativos do projeto são as declarações públicas de abandono da MGF por parte das comunidades onde se verifica esta prática, em vários bairros da capital e de outras localidades", acrescenta.
Os dados do Inquérito de Indicadores Múltiplos na Guiné-Bissau, documento estatístico relativo a 2010, indicam que metade das mulheres do país com idades compreendidas entre os 15 e 49 anos ainda estão sujeitas à mutilação genital.
De acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para as Crianças (UNICEF), a MGF é cada vez mais praticada em bebés e crianças com menos de quatro anos na Guiné-Bissau. Fonte: Aqui