sábado, 7 de novembro de 2015

EBOLA: FIM OFICIAL DA EPIDEMIA NA SERRA LEOA


Um dos países mais afectados na África ocidental, a Serra Leoa foi oficialmente declarada neste sábado, livre da epidemia de Ebola responsável pela morte de milhares de pessoas. A notícia anunciada pela Organização Mundial de Saúde(OMS) foi motivo de celebração nas ruas de Freetown, logo a seguir à meia-noite.

A epidemia de Ebola que assolou vários países da África ocidental em fins de 2013 , teve dramáticas consequências sanitárias e económicas, em particular para a Serra Leoa.

Tida como uma das graves epidemias desde que o virus foi identificado na África central em 1976, a mesma provocou mais de 11.300 mortos, dos quais cerca de 4000 na Sierra Leone, num total de 29.000 casos recenseados. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o número de casos de Ebola na Serra Leoa poderia ter sido superior.

O fim oficial da epidemia do Ebola na Serra Leoa foi anunciado por Anders Nordstrom da OMS, na presença do presidente serra-leonês Ernest Bai Koroma. Um país é declarado isento da propagação da febre hemorrágica decorrente da patologia do Ebola , quando entre dois períodos de 21 dias __ duração máxima da incubação do virus da doença__ não se registam novos casos, a seguir à um segundo teste negativo num paciente curado.

Não obstante , os especialistas realçam que os riscos de contracção do Ebola podem persistir para além dos 42 dias, devido à presença do virus nalguns líquidos corporais , nomeadamente o sémen (esperma), onde ele pode sobreviver durante nove meses.

Os outros países vizinhos da Serra Leoa, igualmente afectados pela epidemia de Ebola foram a Guiné-Conakry, onde se detectaram os primeiros casos, e a Libéria.

A Libéria foi declarada oficialmente livre da transmissão do virus da doença no dia 3 de Setembro de 2015. Novos casos foram identificados na Guiné-Conakry, designadamente na comuna de Forécariah, próximo da fronteira com a Serra Leoa. No seu último relatório, a OMS informou que 382 pessoas permaneciam sob vigilância sanitária na Guiné-Conakry, das quais 141 são tidas como pacientes de alto risco. Fonte: RFI