O Ruanda foi escolhido como o «caso de teste» para o primeiro porto de drones do mundo. Estes mini-aviões de carga e sem piloto vão entregar medicamentos ou outros fornecimentos urgentes em áreas remotas, de difícil acesso, e assim proporcionar uma alternativa acessível ao transporte rodoviário neste montanhoso país do leste africano, explica a African Business Magazine.
Os arquitetos britânicos Foster + Partners, em associação com o Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, em Lausanne, e a sua iniciativa Afrotech, elaboraram propostas para uma estrutura de hub, com base na sua experiência na construção de aeroportos e em estudos de construção lunar ao lado da Agência Espacial Europeia.
A estrutura, em tijolo, e com uma pegada de chão mínima, destina-se a ser facilmente montada localmente. O plano inicial, de três edifícios e a ser concluído em 2020, permitirá à rede o envio de suprimentos para 44% do país. As fases subsequentes poderão ver mais de 40 portos de drones em todo o Ruanda, e a expansão para os países vizinhos.
Este porto também vai sediar outros serviços, como um posto de saúde, uma sala de correios, um centro de fabrico de drones e um centro de negociação de comércio eletrónico, permitindo-lhe tornar-se parte da vida da comunidade local.
Estão planeadas duas redes paralelas para o transporte: a Redline, para a entrega de suprimentos médicos, tais como unidades de sangue, ao longo de uma rota de 80 quilómetros entre várias cidades e aldeias; e a Blueline, para operar um serviço de entrega mais convencional, com o transporte de cargas maiores, como peças de reposição, equipamentos eletrónicos ou e-commerce, complementando e subsidiando a rede Redline.
Inicialmente, o projeto irá permitir o funcionamento de drones com três metros de envergadura, capazes de transportar uma carga útil de 10 quilos, conta a African Business Magazine. Mas, em 2025, drones com uma envergadura de seis metros, capazes de transportar cargas úteis de 100 quilos, deverão poder começar a voar a partir deste porto.
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