Está oficialmente aberta a época de caça!
Em
Angola, na província do Kwanza Sul, confrontos entre militantes da UNITA e
MPLA, partido no poder, provocaram a morte a três pessoas. A polícia afirma que
os confrontos ocorreram pelo facto da UNITA não ter obedecido às ordens da
força de segurança, acusações desmentidas pela principal força de oposição no país.
A
tensão entre militantes da UNITA e do MPLA volta a ter novos contornos. Desta
vez o incidente ocorreu no Kwanza Sul quando os militantes da UNITA se
preparavam para assinalar a fundação do partido, como explicou à RFI o
secretário-geral, Vitorino Nhany: " a UNITA através do seu secretário
municipal pretendia deslocar-se a uma embala que faz fronteira com a província
de Benguela para celebrar a fundação do partido e quando chegaram ao local
quiseram saudar o regedor e informá-lo da realização de um programa para
assinalar o aniversário do partido, e ao mesmo tempo repor a bandeira que tinha
sido retirada por militantes do MPLA. Foi nessa altura que a UNITA foi
surpreendida por homens munidos de armas brancas e militantes do MPLA".
O
secretário-geral da UNITA afirma que dessa agressão três pessoas perderam a
vida e denuncia ainda vários estragos nas motas que faziam parte da comitiva:
" dessa agressão sofremos três baixas, sete motorizadas carbonizadas e
cerca de seis feridos".
A
polícia por sua vez avança que os confrontos se deram porque a UNITA não
respeitou as ordens e ainda pelo facto de ter cometido desacatos, acusações
negadas por Vitorino Nhany: " Num Estado democrático a polícia não tem que
autorizar a realização de um acto político. A UNITA já está autorizada
constitucionalmente e o próprio processo democrático autoriza os partidos a
levar a cabo as suas actividades."
RFI - Oiça Vitorino Nhany, secretário-geral da UNITA
A RFI tentou contactar as forças de ordem pública em Angola mas até ao momento não obteve qualquer resposta.