Abidjan,
20/03 - A Cotê d'Ivoire aceitou nesta quinta-feira a transferência de Charles
Blé Goudé, um próximo do ex-presidente Laurent Gbagbo, ao Tribunal Penal
Internacional (TPI), que o persegue por crimes contra a humanidade, soube-se
junto da presidência.
A
decisão, tomada em Conselho de Ministros, responde a um pedido do TPI feito em
Outubro de 2013.. Blé Goudé, ex-chefe dos "jovens patriotas", um
movimento pró - Gbagbo extremamente violento foi detido em Janeiro de 2013 no
Ghana, após um ano e meio de tentativas consecutivas de prisão de Laurent
Gbagbo.
Considerado
pelas ONG internacionais como responsável por numerosas violências, Charles Blé
Goudé, conhecido pelos seus actos violentos com o sobrenome "general da
rua" ou agora "ministro da rua" por sua capacidade de
mobilização.
O
TPI havia lançado publicamente a 01 de Outubro o mandado de detenção
inicialmente emitido a 21 de Dezembro de 2011.
A
jurisdição internacional suspeita Charles Blé Goudé, 42 anos, e quatro
acusações de crimes contra a humanidade, a saber morte, violação, perseguição e
outros actos desumanos, cometidos entre 16 de Dezembro de 2010 e 12 de Abril de
2011.
Ele
junta-se em Haia ao seu mentor Laurent Gbagbo, que está preso desde finais de
2011 a espera do julgamento.
Abidjan
já havia recusado a transferência aos Paises-Baixo de Simone Gbagbo, esposa do
ex-chefe de Estado, sobre a qual pesam os mesmas casos de acusação, porque a
justiça ivoiriense está agora com capacidade de assegurar o julgamento justo.
A
Côte d'Ivoire conheceu uma dezena de crise politico - militar, que culminou com
as violências pós-eleitoral de 2010-2011, quando Gbagbo havia recusado de
reconhecer a sua derrota na presidência de 2010 face ao actual chefe de Estado
Alassane Ouattara.
Mais
de 3.000 pessoas haviam então morrido. Fonte: Aqui