A decisão foi aprovada, esta terça-feira, pelo parlamento regional da Crimeia, por 78 dos seus 100 membros. Assim, segundo avança o jornal La Vanguardia, a Crimeia declarou independência para deixar de fazer parte da Ucrânia, país que tem sido palco de violentos nas últimas semanas.
A Crimeia declarou-se independente da Ucrânia. Segundo o jornal La Vanguardia, a resolução foi hoje aprovada por 78 dos 100 membros do parlamento regional da Crimeia.
A ação do parlamento parece visar criar um quadro jurídico para o território se unir à Rússia como um Estado soberano.
A declaração faz referência à separação do Kovoso da Sérvia, adiantando que "a declaração unilateral de independência de parte de um Estado não viola as leis internacionais".
As novas autoridades de Kiev não reconhecem o governo de Simferopol, que por sua vez considera ilegítimo o executivo central e continua a considerar como Presidente da Ucrânia o deposto Viktor Ianukovich, exilado na Rússia.
No próximo domingo, irá realizar-se um referendo, para a anexação desta península ucraniana à Rússia, onde serão colocadas duas perguntas: "Está a favor da reunificação da Crimeia com a Rússia como parte da Federação Russa?" e "Está a favor de que se volte a colocar em vigor a Constituição da Crimeia, de 1992, e do estatuto da Crimeia como parte da Ucrânia?".
Se o resultado do referendo for a favor da Rússia, "a república da Crimeia como um Estado independente e soberano solicitará a entrada na Federação Russa", adianta.
A Crimeia junta 60% de habitante russos, contra 25% de ucranianos e cerca de 12% de tártaros, pelo que poucos são os que duvidam da vitória do ‘sim’ à anexação da república autónoma ucraniana à Rússia.
A Crimeia pertenceu à Rússia e, no âmbito da União Soviética, foi anexada à Ucrânia em 1954. Fonte: Aqui