Pelo
menos cinco soldados morreram hoje num ataque levado a cabo por um grupo armado
no nordeste do Cairo, indicou o porta-voz do Exército egípcio, que atribuiu a
autoria do atentado à Irmandade Muçulmana.
As
vítimas, membros da Polícia Militar, encontravam-se num posto de controlo na
zona Manfet Mustarad, no início da estrada que liga o Cairo à cidade de
Ismailiya.
Os
atacantes abriram fogo contra os militares cerca das 05:00 locais (03:00 em
Lisboa), pouco depois da oração muçulmana da madrugada.
Segundo
explicou o porta-voz do Exército, Ahmed Ali, em comunicado, os homens armados
colocaram ainda duas bombas nas imediações do posto de controlo com o objetivo
de causar mais perdas humanas quando chegassem as equipas de socorro.
Efetivos
da proteção civil localizaram os engenhos e desativaram-nos.
"Estes
atos terroristas cobardes só aumentam a nossa perseverança nesta guerra contra
o terrorismo", advertiu o mesmo responsável.
Há
apenas dois dias, um oficial das Forças Armadas egípcias morreu e três soldados
ficaram feridos num outro ataque contra um autocarro militar no leste do Cairo.
O
porta-voz militar responsabilizou também pelo ataque a Irmandade Muçulmana,
organização declarada como terrorista pelo governo interino do Egito em
dezembro último.
Em
comunicado, citado pela Efe, a Irmandade Muçulmana negou estar implicada no
ataque, condenou-o e expressou as suas condolências à família do oficial, como
fez em anteriores ocasiões.
Além
disso, acusou as Forças Armadas de responsabilizarem sempre a organização por
"razões políticas, sem provas e antes de iniciarem qualquer
investigação".
Desde
o golpe militar de 03 de julho, que depôs o islamita Mohamed Mursi, dirigente
da Irmandade Muçulmana, têm aumentado os ataques contra as forças de segurança
egípcias. Fonte: Aqui