Bissau (Rádio Pindjiguiti, 11 de Março de 2014) – O Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau (RSSG), José Ramos-Horta, disse ontem, segunda-feira, que a ONU não é a solução para os problemas da Guiné-Bissau.
Falando aos jornalistas em Bissau, à margem da reunião de informação e sensibilização sobre a preparação de um novo acordo de envolvimento de Estados Frágeis e respondendo à algumas vozes que defendem a tutela do país pela Organização mundial, Ramos-Horta afirmou que a ONU pode simplesmente ajudar o país através das autoridades eleitas.
“A ONU não é a solução para os problemas da Guiné-Bissau. A ONU pode simplesmente apoiar a liderança guineense que sair das eleições. Uma liderança simples, humilde, com visão e coragem, que comunga os princípios que todos nós partilhamos, de boa governação, de tolerância, de inclusividade, não deixando ninguém de fora”.
“Tenho ouvido dizer tutela da ONU durante 5, 10, 15, 20 anos. Não é necessário, não seria a solução. Alguns falam de forças da paz, vemos tantas forças de paz no mundo. Portanto, a situação por exemplo, no Afeganistão, Mali e na República Centro-Africana continua problemática”, referiu.
Este Prémio Nobel da paz anunciou por outro lado que, o seu mandato, que devia terminar a 9 de Fevereiro último, foi prolongado para até Junho, depois do processo eleitoral. Fonte: gbissau.com